7° CAPÍTULO

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5 MESES DEPOIS

Lavínia Fadel

— Draw the cat eye, sharp enough to kill a man... _Cantei puxando o risco do meu delineado com maestria e fui com o delineador para o outro olho. — You did some bad things, but I'm the worst of them... _Fiz o delineado e descansei o item de maquiagem na penteadeira, segurando no móvel e quase beijando o espelho ao fazer um biquinho. — Sometimes I wonder which one will be your last lie... _Cantei, me exibindo e limpando resquícios de batom vermelho no cantinho da minha boca. — They say looks can kill and I might try... _Arrumei meus seios no decote do vestido. — I don't dress for women... _Percebo que a porcaria da calcinha marcava no meu vestido justo. — I don't dress for men. _Enfiei os dedos na alça da calcinha e a deslizei por minhas pernas. — Lately I've been dressing for revenge. _Com o próprio salto do bico fino, aparei a calcinha quando deslizou para baixo e ergui meu pé, dobrando o joelho e encostando o salto quase em minha bunda, recolhendo minha calcinha e a jogando no espelho da penteadeira.

Instigada, levei as mãos para o alto e comecei a sentir a música conduzindo o meu corpo, então não demorou para que eu estivesse dançando de forma sensual para o espelho, me exibindo, tocando o meu corpo e jogando os cabelos cheirosos entre um lado e outro.

De repente, senti mãos grandes chegarem por trás e elas vieram espalmar em minha barriga, puxando-me com brusquidão para o meu corpo chocar no seu, e eu senti o seu pau sendo pressionado em minha bunda.

— Gostosa. _O cliente sussurrou em minha orelha e a sua mão deslizou para entre as minhas pernas. Eu sorrio de olhos fechados, o ouvindo cheirar os meus cabelos de forma profunda. Eu passei horas no salão lavando, tinha que apreciar mesmo.

— Seu tempo acabou. _Estou rindo, segurando o pulso da sua mão entre as minhas pernas que procurava o meu clitóris entre os lábios.

— Uma pena. _Ele puxou a mão da minha buceta e eu vislumbrei do espelho ele apertar meus seios com força, arrancando-me um gemido arrastado. — Eu vou, mas eu volto.

Mordo os lábios, o deixando ver a imoralidade em minha face.

— Cedo ou tarde, você sempre volta. _Cochichei maliciosa e passei a língua em volta dos seus lábios.

Ele me deu um tapa na bunda e se afastou, indo arrumar sua gravata no espelho da penteadeira.

— Minha mulher está um porre. _Indagou, olhando-me. — O que me recomenda levar hoje?

— Flores.

— Chocolates também?

Sorrio.

— É, chocolatinhos tambem. _Eu trago o dedão à minha boca e cerrei meus dentes brancos e caros na minha unha, umas garras escuras. Isso aqui é maravilhoso para arranhar as costas dos clientes.

O empresário veio até mim, pousando as mãos em minha cintura. O melhor cliente até hoje. Carinhoso, atencioso e até que trepava bem, pena que não aguentava cinco minutos. O pobrezinho tinha ejaculação precoce.

— Você é tão linda. _Elogiou.

Ele fitei sua boca. Ele tinha 43 anos e era um fofo.

— Com certeza eu sou. _Pisquei para ele.

Beijando-me na bochecha, ele se distanciou e foi pegar seu terno. O vejo puxar a carteira do bolso e tirar várias notas e jogar na cama. Ele olha para trás.

— É um presente.

Eu balanço a cabeça, sorrindo igual pinto no lixo. Ele pensava que me ofendia me dando grana à parte.

A MERETRIZ - Predestinada a morteOnde histórias criam vida. Descubra agora