25° CAPÍTULO

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Lavínia Fadel


Suando feito uma condenada, precisei de pausa e me joguei no chão da academia, deitando-me e ofegante, sentindo o suor escorrendo por minha testa e pescoço.

— Uou! _O matador 2 parecia elogiar meu desempenho no soco. Eles me fizeram socar até cansar um bendito saco de pancada preso nas correntes no teto da academia.

Erguendo minhas mãos trêmulas pela energia que perdi, puxei a luva de proteção e resmunguei, avistando duas unhas minhas quebradas na carne.

— Água? _O matador 1 se agachou ao lado do meu corpo, ele estava sem camisa e usava apenas um shorts de tecido mole daqueles de treino, todos na verdade estavam com esses trajes de treino, quer dizer... todos estavam com a falta de trajes. Era uma resistência do caralho não olhar o corpo bem definido de todos os três matadores me treinando como se eu fosse outro deles, eles não tinham dó e nem misericórdia, estavam me destruindo desde que melhorei da gripe, e essa porra tem uma semana já. Minha mão é segurada e eu sou induzida a sentar no chão, olhando completamente sem ar para o matador que me estendia uma garrafinha de água trincando de gelada. — Beba para continuarmos. _Declarou em tom que não me deu brecha para qualquer discussão de tentativa de negação da minha parte.

Pego a garrafinha morrendo de sede e bebo de forma desesperada, a água escorrendo e lavando meus seios é uma deliciosa maravilha para o maldito calor e cansaço que sinto em cada molécula do meu corpo.

Enciumado, vi o Faruk que nos assistia treinar vir as pressas com uma toalhinha de rosto me secar com cuidado o meu pescoço que queimava ardentemente pela maldita coleira que o Ângelo colocou contra a minha vontade. Esse infeliz de merda.

Eu sorrio, olhando para meu irmãozinho e abraçando seu braço, o beijando-o ainda sem fôlego. O Ângelo o salvou e o trouxe pra mim. Isso era tão inacreditável que me deixava nas nuvens pelo meu irmão está aqui comigo. Eu era definitivamente grata a ele, e seria pelo resto da vida.

— Minha irmã... se não aguenta mais bater no saco, você pode bater nos três. _O Faruk propôs e eu sorrio com fraqueza, amando a ideia e respirando de maneira desregulada.

— Você acha que eu posso bater nos três? _Pergunto fraca.

— Eles não são forte como o tio Ângelo. Os braços dele é fininho igual as patas de um cachorro Pinscher. É uns gravetinhos, minha irmã. _O Faruk falou em tom brincalhão e eu gargalhei.

Os três matadores se juntaram e ficaram em linha reta bem na nossa frente, vendo-me sentada no chão e o meu irmão ajoelhado atrás de mim secando o suor da minha testa.

— Vou proibir de você vir assistir sua irmã levando um pau da gente nas proximas semanas. _O matador 1 indagou ofendido.

Estou rindo muito.

— Minha irmã vai ficar forte igual o tio Ângelo e ela é quem vai dá um pau nos três.

Estou surpresa com a fala do meu irmão me enfiando num precipício, tanto que cresço os olhos.

Forte igual o rei do inferno é quase impossível. Mas obrigada, meu irmão pela confiança depositada nessa magrela aqui.

— Isso eu quero ver. Sua irmã é pequenininha e magrinha, não tem postura para derrubar nenhum de nós. _O matador 1 estava comprometido em me esculachar, parece que sentiu na bunda pelo meu irmão o chamar escancaradamente de fraco.

Fico incrédula com a perspicácia desse filho da puta.

— A magrinha aqui aguenta mais do que você pensa. _Digo irritada. Não falem para uma magrela que ela é magrela, a gente já sabe disso.

A MERETRIZ - Predestinada a morteOnde histórias criam vida. Descubra agora