12° CAPÍTULO

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Ângelo Fontana


A espreita, observei cauteloso e em silêncio a polícia coloca-la na viatura.

Eu estou com a mão enfaxada segurando no volante e começo a seguir a viatura ao acelerar meu veículo, mantendo certa distância para não ser pego os seguindo.

Eu havia passado no hospital hoje, pois não aguentava mais de tanta dor nas costas e na mão, eu estava adiando isso, mas eu iria acabar morrendo se não fosse tratar dos cortes. Tive que desembolsar uma grana desgraçada para subornar o médico e ele não denunciar a porra do meu estado lastimável as autoridades.

Eu não sei por que estou tendo certos tipos de comportamentos. Eu só fui impulsivo uma vez, e foi quando eu matei pela primeira vez. Mas não sei, está tudo errado quando se trata dessa meretriz dos olhos bonitos.

Eu vim aqui para vê-la pessoalmente, não me contentava em vê-la somente pelas imagens da câmera que foi instalada em seu quarto.

Tinha uma câmera instalada no melhor quarto do bordel, o quarto onde ela atendia seus mils demônios. Aquelas imagens eu não conseguia ver nem fudendo... e a vadiazinha fudia pra caralho e não era comigo.

Lavínia Fadel... eu vejo tudo e ouço tudo o que você faz. Eu já descobri toda a sua história. Sei de cada vírgula do seu sofrimento e ainda que eu te mate. Eu vou me vingar de todos.

Confesso que fiquei muito feliz quando voltei aos negócios e os homens que trabalham para mim me disseram que pela minha ausência durante esses meses, eles tiveram que cumprir a agenda de assassinatos, como meus matadores sabiam que no caso da Lavínia eles não podiam nem sequer mexer nas pastas com os dados, eles me contaram que o pai dela havia ligado e que queria a filha morta, não tiveram saída a não ser ver algumas características da moça e tiveram que cumprir o contrato na base da encenação. Eles contaram que encontrou uma moça parecida com a Lavínia e tinha o mesmo peso e altura, então queimam a moça até ficar irreconhecível, e enviaram o corpo para o velho.

Eu esperava que por enquanto o velho estivesse satisfeito, mas eu ainda desconfiava que ele poderia investigar. — Mal de matador que pensa em cada detalhe quando não se é feito o serviço por ele, ou quando simplesmente temos um pai avarento que venderia a própria filha por algumas libras. —

Eu podia muito bem rapta-la, mas eu ainda precisava saber onde o garoto estava.

Chegando no início da ponte, percebi que a viatura havia estacionado e estacionei também. Aquela ponte não levava para a delegacia.

Quantas pessoas mais eu terei que matar para manter essa corujinha segura?

Observei os próximos passos e não demorou para entender o que aqueles dois infelizes pretendiam fazer com a Lavínia. Vi um policial do banco da frente sair, olhando em volta como um filho da puta e logo entrou no banco detrás onde a Lavínia estava.

O motorista não demorou para se enfiar no banco detrás também e eu fechei os olhos, coçando minha testa.

Me diz, Ângelo. O que aconteceria se você não desse falta da sua faca?

Respiro fundo, abrindo o porta luvas do meu carro e pegando um binóculo. Trago até meus olhos e aumento o zoom, vendo o que porra esses filhos da puta estão fazendo com os olhinhos de coruja.

— Hm... vejamos só. Eles estão puxando a alça do vestido dela. _Observo tudo com atenção e não demora e estou com minha arma na mão, mirando na cabeça de um e atirando, furando o vidro do meu carro e do carro da viatura. Ajo de pessa e miro no outro que olha para trás e recebe um tiro na cara.

A MERETRIZ - Predestinada a morteOnde histórias criam vida. Descubra agora