35° CAPÍTULO

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Lavínia Fadel

Na academia, às 16h da tarde, os três matadores estavam tirando meus coros, literalmente. Estou lutando com os três e tentando com todas as minhas forças não cair no chão de tão cansada e fraca que eu estou, esses doidos não me deram nem 5 minutinhos de descanso. Querem me matar.

De repente, fui acertada com um soco no estômago, um soco tão forte e brusco que me arrancou um grito árduo e lágrimas dos olhos imediatamente, com a visão desfocada, não teve como, não consegui dar um passo e cai de joelhos no chão, segurando meu ventre. A cólica infeliz veio tão miseravelmente intensa que meus dentes trincaram, os ossos retroceram em minha carne, e minha visão embaçou. A dor no baixo ventre foi quase o início prematuro da minha morte, uma maldita cólica menstrual veio de forma horripilante, e trêmula, me contorci sentando e me jogando de lado no chão da academia, eu tive que engolir com dificuldade as náuseas vindo com tudo em minha garganta, por um momento eu achei que iria desmaiar de tanta dor.

— Lavínia. Tudo bem? _O matador 27 se ajoelhou preocupado, tocando-me no braço.

Eu o olho com lágrimas nos olhos, e solto um gemido alto de dor aguda, intermitente e por um instante incapacitante, me contorcendo toda ao dobrar os joelhos para lidar com a cólica infernal provocada pelo golpe que recebi de um deles.

— Ai, minha barriga. _Gritei com pesar, quase tendo um mal súbito por pressionar meu ventre.

Repentinamente, ouvi passos de sapatos de muitas pessoas invadindo a academia e olhando por baixo por está deitada no chão, vi sapatos sociais preto de couro e calças sociais também preta, estavam todos uniformizados, e erguendo o olhar com lágrimas de padecimento, concluí que era os seguranças do Ângelo Fontana. Respirei fundo, controlando-me e com uma dor surreal na barriga, vendo o total de 6 seguranças extremamente fortes tirando a camisa, mostrando os músculos inegáveis e vindo obstinados em direção aos três matadores que lutaram comigo, eu fiquei aflita, reconhecendo perfeitamente o que merda iria rolar ali, sem poder intervir, eu assisti três dos seguranças do Ângelo imobilizar os três matadores, enquanto os outros três seguranças começavam a espancar os três matadores, os arrancando urros.

Bruscamente, apertei os olhos com força e ouvi o barulho aterrorizante de socos, escutando também os três gemerem agonizando pelos golpes.

Não aguentando mais ouvir aquele som de tortura, o susto por assistir aquilo fez com que a cólica em meu ventre fosse embora subitamente, então eu os olhei. Nem mesmo quando os seguranças cansaram pararam de bater fortemente no estômago dos três matadores, eu fiquei horrorizada ao espalmar as mãos no chão e sentar-me devagar com receio da dor que não veio, eu enxergava os matadores cuspindo sangue.

— Por favor... Já chega! _Gritei apavorada com tamanha violência e agressividade. Eles os espancavam sem parar.

Os seguranças os soltaram atendendo meu pedido e eu avistei diante dos meus olhos os três matadores cairem detados no chão, se contorcendo de dor igual eu havia ficado.

Furiosa, elevei o olhar para o segurança que virou-se para mim ao recolher sua camisa branca do chão.

— Ordens do senhor Ângelo. _Revelou robotizado e com uma frieza que me causou arrepio. De pressa, meu olhar desviou para a câmera no alto da academia. Que droga! O Ângelo assistiu tudo. — Ele mandou a gente dar umas porradas em você também... _Avisou e com tudo meus olhos voltaram para ele, estou escandalizada. — Mas depois ele dispensou as ordens.

— Seu chefe é um maluco de pedra. _Fico incrédula com a forma dele resolver as coisas mesmo estando longe. Nem parece o cara que me deu neve num potinho e dormiu agarradinho comigo a noite toda.

A MERETRIZ - Predestinada a morteOnde histórias criam vida. Descubra agora