A MERETRIZ - Predestinada a morte

50° CAPÍTULO

🚨ALERTA DE TORTURA☠️,
SURTOS😏 E
FOGO🔥

Itália - Génova

Ângelo Fontana

"É usando o que faz e onde faz ao nosso favor... O foco é passar despercebido."

Essa era a frase que a Lavínia havia grifado no livro que trouxe comigo para queimar junto com ele, eu iria hoje colocar um fim em muita coisa que sonda minha vida. Acredito cegamente que foi essa bendita frase que desvendou a ela meu paradeiro, ela era inteligente demais para perder qualquer informação como essa, e é com essa frase desse maldito livro que irei fazer o mesmo, afinal de contas o aprediz hoje iria comprovar que superou o mestre, e o local escolhido para praticar atos demasiadamente penosos e sangrentos era exatamente o calabouço aqui em Génova na Itália onde esse miserável me torturou há meses atrás. Nesse quesito eu seria extremamente recíproco e é claro que devolveria na mesma moeda, mas numa lentidão mais lenta, bem lentamente. Para isso meu corpo estava tranquilo e acabo de tomar alguns remédios para garantir que a dor dos cortes cicatrizando em minha pele não me atrapalhe de tortura-lo como planejei o voo inteiro. Eu hoje daria jus a minha personificação do demônio sem pudor e sem compaixão. Sua sentença seria condenável ao ponto de manda-lo de volta para o lugar de onde ele nunca deveria ter saido para se atirar na terra e contamina-la, o inferno.

A noite está perfeita para a carnificina, para a continuação do nosso massacre e o derramamento de sangue dos nossos demônios, prometi a corujinha dos olhos bonitos e penetrantes que matariamos todos eles e hoje sucedia o fim dos piores entre eles, o meu pai e eu me via ansioso para isso. Faltaria apenas a cafetina, essa seria alvo fácil, hoje que era dia do peixe grande. O céu estava tão límpido que as estrelas brilhantes sobressaiam na escuridão, seria honrodo mata-lo sobre uma lua tão esplendorosa. O calabouço já se encontrava organizado como ordenei aos meus matadores que deixassem para quando eu chegasse, eles providenciaram tudo que eu precisaria e da maneira como eu desejava, caminhar pelo local fez-me sentir-se grandioso e com um poder indestrutível, era diferente a sensação de entrar aqui hoje sendo o torturador do meu pai e não a vítima como vinha sendo por toda a minha vida, eu respirei fundo completamente satisfeito e pronto para a despedida onde o mandaria direto para o seu verdadeiro lar, o inferno, pois na terra só situava-se espaço para um único demônio, eu. Ele já havia concluído seu último itinerário e meus matadores o trouxeram para cá, inclusive ele está agora algemado e amordaçado em uma sala cercado por matadores e com as suas chances nulas de sair desse lugar com vida.

Estou mantendo a postura, apesar de ficar ansioso para começar logo, no entanto, a corujinha ainda não chegou, recebi uma ligação há duas horas de um dos matadores que foi busca-la alegando que a Lavínia queria tomar um banho antes de vir, pedi para falar com ela e não teve como negar nada a ela, se ela precisava de um banho, ela tomaria seu banho tranquilamente e eu a esperaria bonitinho para nos livrarmos juntos de mais um porco nojento que nos fez tamanho mal, igual fizemos com meu sogrinho. Tínhamos todo tempo do mundo.

Eu já cuidei para que minha irmã por parte do miserável que chamo de pai fosse liberada e voltasse para viver sua vida de forma sossegada e como já vinha vivendo, esperava sinceramente que esse dia não tenha a deixado com traumas, mas foi necessário sua presença e seus gritos de pavor por socorro apresentando-se real para ele, meus matadores na Indonésia encapuzados não fizeram nada além de assusta-la, e eu precisava dela para paralisar meu pai antes que ele fizesse mais atrocidades com a Lavínia, a mulher que eu amo, se ele escondeu a moça, era claro que ela era importante para ele, então precisei ir na ferida provando que a minha irmã estava na minha guilhotina, mas eu não passaria ordens para mata-la depois que ele foi pego pelos matadores, só busquei o assombrar para faze-lo me temer de uma vez por todas. Era a Lavínia em perigo e eu não me importava de usar de qualquer artifício para tê-la comigo de volta.