18° CAPÍTULO

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Ângelo Fontana

Entrando na sala, fui estender a mão para a diretora.

— Bom dia, sou o Ângelo Fontana. Eu falei com a senhora hoje pela manhã.

— Claro! Bom recebe-lo em nossa instituição. Sente-se por favor. _A senhora de cabelos brancos gesticulou para a cadeira e sentou.

Eu tomo assento e abro o meu terno.

— Fico feliz que abriu uma exceção para me receber. Eu realmente estou desesperado.

— Pode ficar tranqüilo. Eu analisei tudo o que disse e corri atrás para saber mais e sim, o Faruk Fadel está nesse internado. _Revelou.

Abruptamente, levanto-me e uno as mãos na boca. Eu o encontrei.

Eu sabia que eu conseguiria.

Plantar escutas no escritório da cafetina foi um tiro certo. Eu ouvi toda uma conversa com seu sócio a respeito dos familiares das garotas que a infeliz sequestrou e as prostituiam. Eles eram uma gangue de bandidos traficando mulheres, vendendo mulheres e as prostituindo.

Usando do seu negócio clandestino para ganhar muita grana com as garotas que sequestravam na saída dos aeroportos do mundo inteiro, se elas estivessem acompanhadas de crianças pequenas era melhor ainda, pois sabiam que podiam conseguir através deles que as garotas fizessem o que eles queriam.

O caso da Lavínia não tinha nada a ver com ser uma refugiada do seu país e que foi atrás da vida mais fácil, como essa cafetina filha da puta me fez acreditar.

A Lavínia foi raptada ainda no seu país, teve o irmão com quem pretendia fugir arrancado dos seus braços e aqui na Suíça passou a ser prostituida. Esses filhos da puta não perdem por esperar... eles vão pagar por cada lágrima que ela derramou. Por cada infeliz que ela foi obrigada a trepar... por tudo... definitivamente tudo!

De pressa, virei-me para a senhora e a olhei ansioso.

— Me deixe ver o garoto... Conversar com ele? _Pigarreio, tentando numa ação frustrada de afastar o maldito cisco em meu olho.

— Isso é contra as normas da instituição. E como eu disse ao senhor, temos ordens para que nada desse tipo ocorra. _Ela falou e eu notei algo estranho. A mão dela estava baixa e ela olhava para as pernas uma vez ou outra.

Percebendo que ela tentava contato com alguém, peguei por baixo da mesa e joguei a mesa de madeira para o lado, a assustando e tomando a porra do seu celular, vendo o caralho da mensagem que ela digitava para a miserável da cafetina.

— Pelo visto terei que fazer do meu jeito. _Não foi uma ameaça oculta. Joguei seu celular no chão e o quebrei com a sola do sapato, o espremendo como faria com a cara dessa desgraçada. Retiro o meu celular do bolso e ligo para um dos matadores. Imediatamente ele atende e eu o interompo, muito frustrado por levar as coisas para esse lado. — Eu preciso que você mande o clã da Suiça ao endereço que vou mandar por mensagem.

A ligação para ele parecia está no viva voz, pois ouvi mais homens falando.

— O que aconteceu? _Era o 27.

Encarei a diretora e puxei minha arma das costas, mirando na face dessa vaca antes que ela fizesse a besteira de apertar no botão que soaria o alarme. Nego com a cabeça, muito puto da vida com essa conivente com toda essa sujeira.

— Temos um resgate para fazer num internato cheio de seguranças. Eu estou com a diretora como refém e ela tem cara de que vai morrer e não dirá onde o menino está. _Revelo furioso e impaciente.

A MERETRIZ - Predestinada a morteOnde histórias criam vida. Descubra agora