24° CAPÍTULO

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Itália - Génova

Ângelo Fontana

Ao desembarcar do meu jato e está novamente em solo Italiano, especialmente na cidade de Génova mais uma vez, sorrio retirando meus óculos escuros e respiro fundo, caminhando até o carro alugado que me espera para me levar ao meu verdadeiro destino.

Dessa vez eu estava preparado, armado até os dentes e pronto para dizimar quem fosse que se atravesse a chegar perto, meu clã da Itália estava fazendo o meu patrulhamento, sabendo que todos são totalmentes treinados para matar, isso me deu mais confiança para voltar ao país, eles me seguiria a cada passo que eu desse aqui em terras italianas.

Eu falhei na última vez que me atrevi a vir aqui sozinho, eu estava aflito e angustiado, desesperado de fato por acreditar que seria tarde demais quando ela me ligou chorando para vir as pressas ao hospital.

Mas dessa vez eu não iria vacilar um passo. Dessa maldita vez o meu pai estaria fudido se chegasse perto, ele nunca mais iria me pegar tão desprevinido e vulnerável, esteja eu no pior momento nefasto que um homem posso enfrentar na vida. Minha segurança não era mais banal e minha vida ainda tinha razão para continuar intacta, eu não iria me entregar a morte. E a razão estava aqui na Itália.

Dentro do carro, recolhi meu celular e abri as imagens da câmera no quarto dela, da Lavínia, a corujinha usando uma coleira. Eu poderia passar horas ali me divertindo com a lindinha tentando se desfazer e se livrar da coleira e levando choque a cada pressão que colocava na ação de tentativa de eximir o acessório, acessório esse que combinou de uma forma sublime com sua pele alva.

De repente, o cemitério virou meu lugar preferido. Só pelos absurdos libertinos que fizemos sobre o túmulo do meu amigo.

Eu poderia está no fim do mundo, no entanto, eu ainda estaria de olho nela. Eu não descartava a possibilidade dela ser capturada, por que agora sim era real, o pai dela descobriu que o corpo desfigurado e queimado enviado como sua filha não era na verdade o da Lavínia. Eu estaria em alerta e não me importava de parecer um doente perante a ela.

Homens meu na Síria haviam investigado o bicheiro do pai dela, me mandaram fotos de vários momentos do miserável conversando com profissionais que cuidava da verificação de óbitos e autópsia para identificação de cadáveres. Ou seja, eu não estava errado quando suspeitei que ele iria sim averiguar se o corpo era da sua filha. Essa porra está me cheirando muito mal, e quando estiver bem podre e eu ficar diante da verdadeira verdade para o pai dela querer vê-la morta, é onde eu vou cair matando com toda a ira dos meus demônios que conduzem o meu ser.

Esse indigente está pensando que a Lavínia está sozinha agora.

Mal sabe ele que eu estou preparando-a para mata-lo. Não só a ele, mas todos que estiverem nesse rolo todo e entrarem no nosso caminho.

Nos dias em que ficarei aqui, ordenei que os meus homens lá na Suíça, a protegendo, a ensinasse a lutar e a empulhar todos tipos de armas que trabalhamos, isso quando a cadelinha estivesse melhor da gripe. No cemitério, eu notei que ela não sabia posicionar a arma de forma segura e na mão dominante. Eles eram altamente treinados, exatamente como todos que trabalhavam comigo, eu confiava no treinamento que eles a daria, mas não neles. Se tem uma coisa que não devemos substimar é a confiança nas pessoas.

Eu não quero a Lavínia uma bonequinha frágil de porcelana, estou a protegendo do mundo por que ainda não a ensinei que ela é uma guerreira e que esse mundo pode ser dela se assim ela quisesse.

Ainda que nós dois nos adiassemos, eu preciso dela e ela precisa de mim. Eu tenho a força e o poder para a transformar na mulher que ela é, mas que tem receio de colocar pra fora.

A MERETRIZ - Predestinada a morteOnde histórias criam vida. Descubra agora