57° CAPÍTULO

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Lavínia Fadel

Acordar, passar a mão no espaço do Ângelo Fontana ao meu lado da cama foi horrível por não sentir sua presença. Resmungando, sentei na cama e o procurei com os olhos de curuja que esse pilantra sempre diz que eu possuo.

— Ângelo?

O chamei e nada, nenhum som. O seu quarto impecável se encontrava vazio. Afastei os lençóis, sentei e calcei as pantufas, seguindo para o banheiro fazer minha higiene matinal, a primeira coisa que pensei ao ver nossas escovas de dentes juntas foi que não nos separariamos mais nunca, e isso deixou muito morninho o meu coração. A segunda coisa que pensei ao ver camisinhas no banheiro foi a nossa burrice em não usarmos em todas as vezes que ficamos juntos, se eu não me previnisse e ele não pudesse ter filhos, eu certamente já estaria grávida desde o dia em que invocamos o diabo em nossos corpos ao fazermos um sexo satânico no cemitério.

O sorriso é inevitável enquanto faço xixi, mas logo o riso some e percebo que a droga da minha menstruação desceu, e me daria um abraço com cólicas moderadas, implicaria meu humor, me deixaria com mais vontade do infeliz e participaria das minhas atividades pelos próximos três a quatros dias. Ótimo, só espero não me humilhar ao desgraçado por ele ser o único que sabe o que fazer para aliviar a barra da noivinha dele insaciável.

Imediatamente, tiro minha camisola e entro na ducha em temperatura morna, lavando minha alma logo pela manhã. Encho minha mão em concha do sabonete líquido do Ângelo de nome Gentlemen's Club Castelbel, sorrindo largo ao usufluir dos seus produtos, espalhando pelos meus braços com suavidade, mas é passando a droga do sabonete em meus seios e me hidrantando que quase escalo mais as paredes, o cheirinho delicioso de óleos essenciais invadia meus sentidos, uma fragrância amadeirada e aromática não me dava dúvidas que o cheiro desse ordinário estaria comigo o dia todo, um aroma tão refrescante e masculina e que me daria sim um toque de sofisticação na pele. Aquele pescoço... ombros largos...coxas...

Que droga!

Eu estava endoidando para tocar agora seu abdômen e arranhar suas costas. Principalmente agora que ele está sem ataduras.

Fechando os olhos e ouvindo o som das gotas fortes da água, minhas mãos por si só deslizavam dos meus seios sensíveis até um ponto entre minhas pernas mais sensível ainda, e quando me dou conta estou com uma mão abraçando meus seios e os dois dedos do meio da outra mão acariciando meu clitóris num deslizamento entre os lábios da minha buceta de sobe e desce gradativo, sem qualquer pressão, com leveza escorregando as pontas dos dedos até meu coração bater em meus ouvidos e meu ventre parecer mais pesado.

Vivenciando e sensível ao cheiro do Ângelo embebedando minha pele, os gemidos desarvorou dos meus lábios separados insatisfazível, então inclinei meu rosto para trás, sacudindo meus cabelos ensopados e dei a língua as pancadas da água morna, olhando para baixo, vendo o meu braço abraçado aos meus seios numa poça d'água, solto meus seios e a grande quantidade d'água cai com brusquidão no chão, excitada uso essa mão para espalmar na merda da parede esfumaçada pela temperatura da ducha e me agacho com a outra mão entre as pernas, masturbando-me ao rebolar os dedos em meu clitóris, o esfregando com força até que minhas pernas tremessem e meu peito não aguentasse bater tão forte.

— Porra! _Trinquei os dentes, engolindo os gemidos enquanto me via gozando. — Eu vou te matar... Ângelo... eu juro que vou te matar.

A verdade é que estou mortífera de saudades por que o infeliz tem me negado sexo tem uma semana e eu estou subindo pelas paredes. Eu não sei o que ele está pretendendo com isso, ele vem, se insinua, me atiça e simplesmente vira-se para o outro lado da cama, como foi o caso ontem, eu estava tremendo de vontade no começo e tremendo no final igual uma cadela raivosa. É um filho da puta da pior espécie, um cafajeste dos piores se acha mesmo que vou implorar.

A MERETRIZ - Predestinada a morteOnde histórias criam vida. Descubra agora