A mercê!

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Ethan

- Cara, eu juro que se fosse você me casaria com ela! - Gustavo ri de mim e eu não sei o porquê contei a ele sobre a noite passada, onde uma ladra entrou em minha casa e me derrubou com a porra de um golpe. Eu, um agente treinado pelo FBI fui derrubado por uma garota!

- Fui pego desprevenido! - minto me defendendo. Um homem precisa manter o seu orgulho.

- Mesmo assim, olha o seu tamanho porra, parece uma geladeira e foi derrubado por uma garota e com apenas um golpe! - ele continua rindo e fazendo piadinhas até pararmos na porta do inspetor-chefe.

- Bom dia Holly! - sorrio para ela vendo seus grandes olhos castanhos por trás dos óculos grossos de grau se arregalarem para mim e suas bochechas ficarem vermelhas. Gosto de provocá-la, de ver sua reação quando me olha.

Holly me fascina com sua inocência e timidez. Sou um cara que gosto de mulheres soltas, que flertam e sabem o que querem sem ficar fazendo cu doce. Mas ela é diferente, sua timidez não é forçada, ela é assim naturalmente e talvez seja isso que me atraia nela, a verdade por trás dos seus olhos, a inocencia estampada!

- B...bom di... dia senhor Stevens! - sua voz sai baixa, e Holly baixa o olhar tímida e isso me excita pra caralho.

- Bom dia Hollyzinha! - engulo um rosnado quando Gustavo se engraça para ela.

- B... bom dia, senhor Roberts. - sinto ciúme ao ouvir sua doce voz respondendo esse filho da aputa.

Não sei porque me incomoda ver outros caras conversando com ela. Holly não é nada minha, nem mesmo amiga, apesar de nos conhecermos a cinco anos desde quando ela começou a trabalhar aqui. E, desde que vi seus grandes olhos castanhos cor de mel, e sua inocência, me senti atraído pra caralho, apesar de não tentar nada com ela. Sei que só vou brincar com ela e quando ela me entregar sua inocência eu vou largar dela, vou me cansar, então nem tento, não quero machucá-la, Holly não merece!

- Vamos, deixe-a em paz! - o empurro para dentro da sala e ele ri. Holly também não merece esse filho da puta na vida dela.

- Bom dia senhores! - David o inspetor-chefe nos cumprimenta assim que passamos pela porta, mas pela sua cara vejo que não está com bom humor.

O cumprimentamos e nos acomodamos nas cadeiras acolchoadas do seu escritório.

- O que descobriram sobre o assassinato do advogado Robert Williams? - ele nos olha com raiva.

- Nada! - respondo calmamente.

- Como assim? - ele rosna.

- Não tem nada! O assassino sabia o que estava fazendo. Sem câmeras, sem rastros, DNA, nada. - informo.

- Somos a melhor entre as equipes de investigação do FBI e você está me dizendo que não tem uma maldita câmera nessa cidade que pegou o filho da puta! - ele esbraveja

- Sim, senhor! Eles hackearam as câmeras e tudo daquele dia foi apagado!

- Como? Como porra fizeram isso? - David Batkins está vermelho e rosnando como um animal e sinto vontade de rir de sua cara.

- Eles são bons! - dou de ombros.

- Quero que saia dessa sala e só volte a porra da agência quando tiver um pista sobre o filho da puta, Stevens! Ou nem precisa voltar! - ele me ameaça e sinto vontade de revirar os olhos - e isso vale para você também senhor Roberts, já estou cansado desses casos sem soluções. Como porra um assassino não deixa pontas soltas? Já fazem cinco anos que o caçamos e nada!

- Sim senhor! - é só o que tenho a dizer no momento.

Também me sinto frustrado por não conseguir pegar o filho da puta. Ele é bom e tenho certeza que tem cúmplices. Mas ninguém é perfeito e uma hora ele vai deixar uma pista.

Unholy Girl - Entre a loucura e o prazer...Onde histórias criam vida. Descubra agora