Unholy Girl - Entre a loucura e o prazer...

A troca!

Passado

- Oi querida! Como você está?- ele para a minha frente junto com a mulher, são o mesmo casal que vi no meio do massacre na fazenda.

Eu estou sentada em uma cadeira, com os pés e mãos amarradas. Caralho, meus braços estão dormentes e minha cabeça pesada.

- Onde estou?- gemo com a minha cabeça rodando, sinto ela doer, bem onde fui atingida.

- Ah, é a sua casa amor! Não lembra da sua querida mamãe? - a mulher se abaixa a minha frente e sorri como uma psicopata.

Levanto a cabeça e observo a mulher, vejo que ela é parecida com alguém que eu conheço, mas minha mente esta confusa e não consigo organizar meus pensamentos.

Ela levanta, ficando por trás de mim e levanta um espelho. Arregalo os olhos vendo duas de mim, só que uma um pouco mais velha, que porra é essa?

- Viu querida, nós somos iguais, você é minha preciosa filha! - os olhos dela brilham sádicos e seu sorriso me arrepia - É uma pena não lembrar de mim, mas não se preocupe, mamãe vai te fazer lembrar! - ela fala baixo em meu ouvido e sua voz sombria me causa calafrios.

- Você morreu! - afirmo aonda tonta e balanço a cabeça para organizar meus pensamentos - você está morta, porra! - é apenas um sonho, penso, isso não pode ser real!

- Quem te disse isso? Quem falou que eu estava morta a você? - ela volta a minha frente e se abaixa novamente me olhando irrirada.

- Meus pais! - afirmo, Carl me disse que ela morreu no manicômio quando eu tinha doze anos.

- Eles mentiram amor, mentiram sobre tudo! Sobre você, sobre mim, sobre a cabana e sobre seu tio! - a voz dela lembra uma cobra, baixa e traiçoeira - foram eles quem te tomaram de nós e te levaram para longe! Foram eles quem me mandaram para aquele manicômio! - ela rosna com raiva e se levanta.

- É mentira, eu lembro de tudo! - rosno - lembro de você apanhando daquele desgraçado, lembro dele me fodendo como um filho da puta! - sinto meu sangue ferver, como ela pode tentar me colocar contra as unicas pessoas que cuidaram de mim?

- Foram eles quem mexeram na sua cabeça, te tiraram de mim e te esconderam, mas seu pai me achou - ela aponta para o homem atrás dela e sorri apaixonada - ele me tirou do manicômio e me levou para casa!

- É mentira! Carl não mentiria para mim! Porque ele faria isso? Só para cuidar da porra de uma criança fodida? - rosno querendo matar esses filhos da puta.

- EU TENHO PROVAS! - ela grita raivosa e seus olhos estão vidrados.

A mulher sai da sala mal iluminada e suspiro observando o lugar. Além do homem em pé dentro da sala posso ouvir vozes do lado de fora e reconheço todas. Meu peito aperta em imaginar que eles estão presos também, mas as risadas que ouço em seguida me dizem o contrário, eles não são prisioneiros.

- Quem são vocês? - rosno sentindo meu peito queimar, não acredito que eles estão envolvidos nessa merda.

- Sua familia querida, sua família verdadeira, de sangue! - ele ri se aproximando. - eles a tiraram de nós e a esconderam, mas para a nossa sorte você apareceu naquela fazenda! - ele sorri.- você não deveria ter fugido do seu pai, eu quase a matei e seria uma pena! - então foi ele quem me perseguiu - Você é a herdeira da nossa linhagem, a dona da Bratva, a dona da Rússia!

- O que está falando? Está doido? - questiono surpresa e ele ri.

Sasha havia me dito que a herdeira era a Anastácia. Será que ela sabia e só estava me provocando?

- Nós temos alguns problemas psicológicos amor, mas nada que não possamos lidar! - ele abre um sorriso sádico e me olha vidrado como um psicopata. - agora só falta pegar sua irmã, mas logo logo ela se juntará a nós!