Nosso lar!

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Colt

Cinco anos depois

Lembrar do passado, de tudo o que passamos juntos me trás dor e arrependimento. Lembrar do sangue dela em minhas mãos, sabendo que a culpa era minha, me fazia sentir o mais desgraçado dos homens, indgno de ainda respirar, indgno de esquecer.

Eu precisava lembrar daquela cena, do sangue quente dela jorrando em minhas mãos, do seu último suspiro em meus braços, dos seus olhos magoados antes de se fecharem. Precisava lembrar, precisava da dor, precisava do sofrimento para poder ser melhor, por ela, por Zoe!

Eu deveria ter ido contra Elijha, deveria ter escolhido ela, deveria ter feito tanta coisa, dito tanta coisa, mas não podia! Não podia ir contra os Zambounis, contra meu próprio pai. E não podia abandonar a mulher que me trouxe a este mundo. Eu não tinha escolha!

Violet foi como um furacão em minha vida, ela me tomou para si e me fez desejar algo que eu nunca poderia ter, ela nunca seria minha, mas assim que coloquei meus olhos nela sabia que estava completamente fodido. Eu a amei desde o primeiro olhar, a amei a cada maldito segundo em que ela respirava e sofria a cada vez que tentei afastá-la de mim, porra, eu deveria ter cuidado dela, deveria ter tentado!

Deveria, mas não podia!

Quando Elijha usou do seu poder para ameaçar minha mãe, que estava convalescendo em uma cama, com um câncer que certamente a mataria caso ele fizesse a mãe dele retirar os recursos, não pensei duas vezes em deixar meus sentimentos por Violet de lado e obedecê-lo, indo embora. Passei cada minuto daquele ano ao lado da minha mãe, cuidando e a protegendo, mesmo que meu coração tivesse ficado em Londres, com ela.

O homem que se dizia meu pai soube que eu havia "fugido" da escola e me mandou de volta, não tolerava que seus filhos fizessem o que bem queriam, apesar de nunca controlar o desgraçado do Elijha, o filho da amante, sim, Elijha era o bastardo não eu, mas a amante traiçoeira conseguiu nos explusar da casa, tirar tudo que era nosso por direito.

O que a porra de uma boceta não fazia!

Quando voltei Elijha deixou claro o que aconteceria caso eu me aproximasse dela novamente e eu tentei, tentei de todas as formas afastá-la de mim, fingi que não a conhecia, zombei dela, disse coisas que não deveria, fiz coisas que não deveria e no fim sempre acabávamos juntos, ela sempre vinha até mim!

Ela era como um ímã, como uma força invisível que me puxava para ela e mesmo que eu tentasse fugir sempre acabávamos juntos de alguma forma. Violet sempre deixou claro seus sentimentos por mim, sempre me mostrou que só bastava eu escolher ficar com ela e ela estava pronta, ela sempre se entregou a mim, mesmo depois de forçá-la a mim naquela noite, mesmo machucada tentando fugir do desgraçado do pai, ela atirou contra Elijha e me salvou.

Eu sou um desgraçado, filho da puta, ajudei a prendê-la, sob ameaças agora do meu pai, que fez alianças com o pai dela. Eu deveria ter lutado até o fim, deveria ter protegido ela até o fim, mas agora era tarde, não havia como reparar meus erros!

Quando soube o que aqueles desgraçados fizeram com ela, liguei para os pais dela e dei o paradeiro. Fui até aquela porra de manicômio e detonei aquela porra, matei centenas de soldados e a mãe dela foi para o inferno juntamente daqueles filhos da puta, mas é claro que o pai dela é Elijha conseguiram escapar!

Alan e Frédéric me ajudaram, eles gostavam dela, e só fingiam aturar Elijha por que seus pais os obrigavam, eram apenas negócios, nossa familia era isso, apenas negócios.

Mas, no fim, conseguimos resgatá-la e os pais a levaram, Violet não lembrava de nada e eu não me aproximei mais dela, mesmo querendo muito!

Desde aquele dia eu não a perdi de vista. Contratá-la como assassina de aluguel foi ideia de Carl, eu tinha a agência de assassinos de aluguel, nós tínhamos um contato em comum na CIA, minha mãe, e acabou rolando. Mas, aturar a porra das fodas dela, era como se eu fosse a porra de um masoquista filho da puta! É claro que eu não via ou ouvia o que ela fazia, mas sabia, porque, como a safada que era, a desgraçada fazia questão de me contar.

Unholy Girl - Entre a loucura e o prazer...Onde histórias criam vida. Descubra agora