O teste!

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- Oi velho! - sorrio vendo a cara de desgosto dele.

- Velho é o teu rabo! - ele resmunga - quando vai me chamar de vovô?

- Quando você estiver gemendo atrás de mim! - sorrio vendo a cara de nojo dele.

- Você não muda não é Violet? - ele resmunga terminando de montar o fuzil.

- E você gosta não é vovô? - ironizo e sigo até a cabine. 

- Quem são esses nos alvos? - ele questiona com a testa enrugada franzida.

- Meus amigos! - sorrio e monto minha M1911 com calma. Amo essa arma, foi Carl quem me deu e foi amor a primeira vista.

Os tiros ecoam pelo porão, fazendo um barulho alto, meu avô usa uma M16 para fuzilar um ditador, que ele odeia, mas que já está morto a tempos. Foi ele próprio foi quem tirou a vida do dito cujo, mas parece que o ódio ainda perdura.

- Você tem um teste hoje gracinha! - ele ri misterioso apontando o rifle para mim.

- O teste é eu morrer? - aponto a M1911 para a testa de Elijha e acerto.

- Não gracinha, você vai roubar um carro! Um assalto a mão armada, o carro de alguém que está prestes a entrar nele. Quero uma lamborghini! - ele sorri

- Vai se foder, velho, se eu bater um carro desses meus pais me matam! - rosno e miro na testa da Sasha e acerto o tiro com precisão.

- Não se preocupe, se o bater será tirado do seu fundo para a faculdade! - ele ri e acerta o meu alvo no peito.

- Nem fodendo! - rosno vendo ele fazer buracos em Colt  - Vou ser torturada por Carl caso mexa lá! - pisco segurando a vontade de meter uma bala nesse velho filho da puta!

Eu ainda não tinha atirado nele, não tive coragem, aí vem esse desgraçado e faz de Colt uma peneira!

- Vai nada, aquele idiota te ama demais para te machucar! - ele cansa de destruir meu alvo e coloca a arma sobre a bancada.

- Tudo tem limite! - rosno apontando a arma para ele, ele não deveria ter atirado em Colt.

- Você não entendeu gracinha, é uma ordem! - seus olhos azuis cravam em mim me desafiando a atirar.

- Filho da puta! - rosno e volto minha atenção para Frédéric, fazendo buracos em sua testa até as balas acabarem.

Saio de casa as dez a fim de encontrar a porra do carro. Sei onde tem vários já que é em uma boate de luxo e com certeza vou conseguir roubar uma já que são filhinhos de papai e não vão reagir!

Porque não posso só fingir que roubei de alguém e pegar qualquer carro estacionado? Porque o filho da puta do velho esta me vigiando com a AW L96A1 dele, e o velho tem um tiro de precisão de três quilômetros então, se eu falhar é certeza que ele vai atirar em mim.

Trago do cigarro e vejo meu alvo, são duas da manhã quando finalmente algum idiota sai da boate. É um homem mais velho que eu coisa pouca, quando ele entra na rua de trás da boate onde os carros ficam estacionados e eu estou, ando atrás dele a passos calculados, vendo seu corpo tremer de vez em quando com soluços. Vejo o ponto vermelho na nuca dele e sei que é o velho me avisando que está de olho.

- Perdeu, mané! - aviso encostando a arma nas costelas dele  - nem pense em gracinhas, minha arma está carregada!

- Por favor não atire! - ele treme, que maricas!

- É só obedecer! Passa a porra da chave! - ordeno e ele estica a mão, vejo o corpo dele tremendo de medo e imagino que vá mijar nas calças. Pego a chave e cutuco sua costela - agora anda! Vamos, porra, mexa essas pernas, caralho! - ele tropeça para a frente quase caindo - continua andando até voltar para a boate, se chamar a polícia eu te encontro!

Unholy Girl - Entre a loucura e o prazer...Onde histórias criam vida. Descubra agora