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Melina

É. Eu estou maluca. Sempre soube que eu era sem sorte.
Encaro o homem e bufo após assimilar a frase.

– você é um fantasma! Eu estou maluca.- o homem parece estar se divertindo.

– eu nunca disse que estava morto. Vocês diceram. - franzo o cenho diante da acusação.

Isso não é possível quer dizer...eles checam o pulso das pessoas andes de colocarem ela na funerária. Elas deviam estar mortas. É assim que funciona.

– como...como isso é possível? - passo a língua sobre meu piercing labial.

As vantagens de tê-lo é que sempre que tenho ansiedade ele me ajuda. Confesso que apanhei após furar a boca com 16 anos escondida...mas foda-se. Melhor pedir perdão do que permissão...como dizia o Estavu.

– na verdade foi até fácil. Me diga...qual seu nome... blueberry?. - sério que ele fez isso. Que piada ruim.

– hahaha. Você tem quantos anos? 13? - reviro os olhos.

– 28. Mas eu breve terei 29. E você 15? É bem pequena. - ele me analisa por inteiro e sinto meu corpo aquecer.

Quer dizer...eu tenho 1,65. Mas esse cara tem o quê? 1,90? Fala sério. Tenho que erguer a cabeça. E esse terno...o faz parecer maior.

– 23. - sussurro. - Meu nome é Melina Bryon.

O homem pensa por alguns minutos.

– blueberry combina mais. Aproposito é exatamente a mesma cor. - ele se aproxima passando a mão no meus fios soltos novamente. As pontas se enrolam em seus dedos compridos. – mas...Mel. me deixa curioso. Me dá vontade de te provar...

– sinceramen... - sou interrompida por um barulho de explosão.

Meu corpo entra em estado de choque quando sinto cheiro de queimado. Encaro o homem a minha frente procurando sinal de supresa. Mas ele está calmo...calmo de mais. Ele tem alguma coisa haver com isso! Pisco lentamente e derrepente vários outros homens invadem a sala.

Várias armas são apontadas pra mim e eu arregalo os olhos erguendo os braços em rendição. Eu não quero morrer aqui. Mas seria engraçado. Morrer no lugar que já tem vários mortos? Não?

É piada ruim de novo. Desculpem.

– abaixem essa porra! Vocês estão assustando a minha mulher. - a voz dele fica mais grossa e eu sinto um calor crescer.

Droga Melina! Você tem problemas? Isso não é atraente.! Não. Você está quase sendo morta caralho. Mas ele disse sua...?

Os homens imediatamente abaixam as armas e eu arqueio as sombracelhas. Ele me dá uma piscadela.

– vamos querida? - ele vai me sequestrar? Sim isso parece um sequestro.

O moreno me guia com as mãos nas minhas costas até a parede que foi desmoronada. Do lado de fora vários carros pretos estão parados. Ele não é alguém comum. Isso é visível.

– pra onde nós vamos? - questiono quando ele abre a porta de uma porshe.   Me fazendo sentar ao seu lado. Há um motorista na frente.

– pra nossa casa. - dou uma risada seca.

– fala sério! ‐ olho o lugar que costumava ser pacífico.

Já era. Eu vou ser demitida. Se...eu sobreviver até lá.

– eu estou falando bem sério blueberry. - o encaro. Ele está próximo.

Nossas respirações estão abafadas. A algo naqueles olhos que me tiram o fôlego. Uma atração perigosa.

– você sabe que eu tô vivo. Não pode ir embora...prometo que não vai demorar. Você vai ficar bem. Mas agora...Melina Bryon você me pertence. - o homem diz cada sílaba com mais intensidade.

Duvido da minha sorte. A essa altura não há como voltar atrás. Tem determinação fluindo dele. E se eu estivesse no lugar dele...possivelmente faria o mesmo.

Eu sou uma pessoa egoísta.

– isso é irônico. Eu vou ficar bem com...você? - Minhas palavras transbordam sarcasmo.

Ele é um fugitivo isso está óbvio. Ele está se escondendo.

– eu não vou te machucar. Prometo.

Vários carros nos seguem.

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Votem! Bjss

A moça do necrotério. Onde histórias criam vida. Descubra agora