MelinaAcordo com o barulho de chuva. O dia amanheceu nublado, depois de fazer minhas higiene visto uma calça moletom branca e uma regata da mesma cor. Havia uma escova fechada no banheiro, resolvi usar essa. Saio do quarto e olho o corredor. Está vazio.
Desço os degrais da escada até que uma figura grande e prepotente aparece. Cristian. Encaro o relógio. 05:20. Ele também acorda cedo. Ele está em frente ao fogão. Cheira panquecas de chocolate. Me sento em uma cadeira comprida em frente a mesa de madeira.
– bom dia querida. - ele diz sem se virar, seu tom é rouco. Ele parece ter acabado de acordar. Seu pijama é peculiar.
– bom dia. - minha voz saí um fio.
Calça e blusas pretas escrito "Stranger Things". Ele gosta...? Quando Cristian se vira vejo seus olhos verdes me analisarem e logo voltarem pra sua pilha de panquecas. Ele pega um outro prato e coloca sobre a mesa, a minha frente. Deixa exatamente 5 panquecas pra mim e a calda na xícara pequena.
– tem veneno aqui? - questiono em implicância.
– eu não sou tão esforçado. Se quisesse matar alguém não faria isso 5:25 da manhã. - seus fios escuros caem sobre os olhos. Ele parece uma bagunça.
– menos mal? - o cheiro é bom.
Ele abre sua geladeira cinza e tira uma caixinha de suco natural. Sabor uva. Estranhamente é meu sabor artificial favorito. Ele pega 2 copos e se senta a minha frente.
– você acorda cedo. - comento distraidamente enquanto mordo um pedaço da panqueca. E. Porra. É bom.
– é. Parece que sim. - sua resposta é evasiva. Ele começa a comer depois de colocar os sucos nos copos.
– é bem diferente. Normalmente sequestradores não alimentam suas vítimas. - mordo a bochecha.
– você não é minha vítima. - ele continua a encarar seu prato.
– mas você me sequestrou. - ele arqueia as sombracelhas parecendo contrariado.
– é. - ele continua a comer em silêncio.
Percebi que agora não há seguranças por aqui. É só nois dois. Se eu quisesse fugir deveria ser agora...
– eu vou te explicar algumas coisas. - ele passa a língua sobre o lábio inferior.
– claro.
– eu participo de um negócio ilegal. - ele diz devagar.
– vende drogas então? - apoio a cara no rosto.
– eu vendo armas. Bem...drogas? - ele sorri de canto. - eu não sou tão imoral assim. Mas conheço alguém que fazia isso.
– e onde essa pessoa está agora? - seu maxilar trava.
– Enfim. Meus compradores são pessoas que as vezes podem ser um pé no saco. Por isso tinha tantos homens aqui ontem. E provavelmente terá hoje também. - ele dá de ombros pra minha pergunta.
– você não vai ficar aqui vai? - encaro ao redor.
– a partir das 17:00 eu não fico em casa. Meu horário é apenas manhã. - ele se levanta e recolhe seu prato e seu copo.
O colocando na pia e lavando, na mesma hora. Aprecio a sua coragem, odeio esse serviço.
– e o que eu faço então? - ele para seus movimentos.
– agora...eu tenho uma pergunta. - mordo a bochecha.
– diga.
– o que você faria agora se estivesse na sua casa? - estreito meus olhos.
– bem...eu estaria fazendo cookies. Enquanto assisto algum vídeo no YouTube. - ele se vira e franze o cenho.
– você faz...cookies? - ele parece surpreso.
– olha. Eu sei...cozinhar. - Faço cara feia.
– certo. E depois? - ele continua sua investigação.
Eu penso por alguns instantes. E a verdade é que eu não tenho amigos. E a única coisa interessante na minha vida era o trabalho. Mas não vou deixá-lo saber disso.
– eu...iria pro...parque. Andar de bicicleta. - ele parece querer rir e eu o fulmino com o olhar.
– você não...tem cara de quem anda de bicicleta. - ele se inclina sobre a mesa e nossos rostos ficam perto.
E é verdade. Eu aprendi a andar de bike só quando eu tinha 13 anos.
– e eu tenho cara de quê? - mordo o lábio.
– linda. Tem a cara linda. - ele enrola um dos meus fios entre os dedos. Sinto meu corpo aquecer.
– mas definitivamente esporte não parece sua praia blueberry.Não posso negar. Ele está certo. Droga.
Ele me dá uma piscadela e se afasta. Saindo da cozinha. O sigo e vejo que ele está se sentando em um sofá na sala.
~
Votem! Bjss.
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A moça do necrotério.
RomantikAqui vocês irão encontrar a história de uma garota que trabalha em um necrotério. Em um dia entediante um corpo lhe chama a atenção. Seria esse o início da história de amor? Ou o final..? Os Neville uma máfia que contrabandea armas. OS Bryon uma fa...