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Melina

O lugar começa a encher. Tento esconder minha coxa mas só acabo me mechendo mais.

– pare de se mecher ou eu vou achar que você quer sentir o que não te cabe. - ele sussurra em meu ouvido.

Umas das mãos de Cristian aperta minha cintura enquanto a outra desce pra abertura da minha coxa.
Suas mãos são grandes ele paira ela sobre o lugar nu. Fico parada vendo meu corpo aquecer em antecipação.

– Criss. - uma garota de cabelos castanhos entra na sala e vem em nossa direção.

Ela para alguns passos longe. Usa um vestido vermelho curto e brilhante. Igual seus olhos, eles possuem uma cor azulada linda. É. Ela é linda realmente.

– olá Coral. - dessa vez ele que se meche.

Droga. Quem é essa afinal? Cris? Sério. Que apelido ruim...

– Já está acompanhado pelo que percebo. Mas aceita uma bebida? - a garota sorrir nervosa.

– hoje não. - ela dá um balançar de cabeça.

– tudo bem então. Qualquer coisa pode me chamar! Você já sabe onde. - ela se vira indo embora. Ainda sem olhar no meu rosto. Vejo sua silhueta bem desenhada sumir.

Ele já sabe? Porque? É aqui que ele vem de noite? Fala sério? Franzo o cenho.

– Aí Criss você vem aqui sempre? - encaro suas mãos em meu corpo e faço cara feia mesmo que ele não possa ver.

– as vezes. - seus dedos alisam minha coxa e eu tento fugir do toque mas seu aperto na minha cintura impossibilita.

– está com ciúmes Blueberry? - ele sussurra perto de meu ouvido.

– porque teria? Você é só alguém que me sequestrou. Não se ache tão importante. - minha voz saí mais afetada do que gostaria.

Eu não estou com ciúmes. Não. Se ele quiser pode beber com ela até cair. Eu não ligo.

– eu gosto de te ouvir mentir. Mas não se preocupe...nunca passou de uma bebida querida. - me viro um pouco apenas para ver seu rosto totalmente sério.

– já que estão todos aqui. Vamos começar. - Rich diz.

Me viro de volta para frente. Seu toque ficou mais possessivo.

– O último carregamento de armas havia sido roubado a 2 semanas atrás. O nosso amigo Cristian. - ele aponta para nós. - o achou. E resolveu a situação.

Ouço várias pessoas baterem palmas. Mas Cristian está tenso. 2 semanas atrás...foi exatamente o dia que eu falei da foto. As pessoas que ele havia matado eram os traidores?

– Você tem certeza que matou todos? - uma voz seria e grossa diz. Procuro em meio a baixa luz. Até que encontro um homem velho.

A uma garota mais nova sentada ao seu lado. Ela parece assustada. A mão do velho descansa no meio das suas pernas.

– bem...se duvida tanto deveria ter sido você resolver isso. Pablo. - Cristian diz atrás de mim e a sala fica em silêncio.

– é apenas uma dúvida. Afinal aqueles eram os seus conhecidos. - o homem me encara e decse o olhar para onde a mão de Cristian repousa.

– não. Aquele era o pessoal do meu pai. Pra mim nunca foram nada. - Seu tom é seco. Um arrepio me percorre.

Eu não deveria gostar tanto do seu autoritarismo. O pessoal do pai dele...? Quem seria seu pai?

– pessoal vamos nos acalmar. É uma ocasião de festa. Estamos festejando a nossa familiaridade e os negócios sim? - Rich tenta amenizar o clima pesado.

– Afinal quem é essa garota? - o homem que deve se chamar Pablo, me encara.

– a minha garota. Apenas isso que precisa saber Pablo. - fico tensa agora com a atenção do resto da sala.

– certo. Então essa é a famosa Bryon? - o velho da uma risada grotesca.

– cuidado com o que diz. - um homem que não sei o nome fala.

– não. É engraçado, já ouvi tantas histórias sobre os Bryon e agora tem um aqui na companhia do Neville depois de 4 anos sem notícias? Quer dizer...isso não é suspeito?

O que ele quer dizer...? Porque todos parecem me conhecer?

– cala. A. Boca. - Cristian sibila atrás de mim.

– não. Todos aqui tem medo de você apenas porque seus homens são muitos. Mas eu não tenho. Sozinho você é um covarde. E preste bastante atenção se eu vir uma Bryon sozinha primeiro vou fazer ela de puta e depois vou mandá-la pra 7 palmos abaixo do chão. - Cristian me solta e eu acho que isso é uma brexa pra mim me levantar.

Sinto repulsa das palavras de Pablo. Sinto raiva. Muita raiva. Cristian se levanta também.

– sendo assim receio não ter escolha. - o vejo pegar algo em seu terno. - mas antes, saiba que você não serve nem pra dar prazer em uma mulher. Quem dirá fazê-la de puta. Respeite elas no inferno. Porco. Sujo. - o evento a seguir é rápido.

Cristian saca uma arma e atira sem exitar. O corpo de Pablo caí inerte no chão e a garota ao seu lado não grita, ela apenas sorrir.

~

Votem! Bjss.

A moça do necrotério. Onde histórias criam vida. Descubra agora