45

1.6K 153 11
                                    


Melina

Encaro Karin. Ele está com os olhos roxos e sua cabeça sangra. Reviro os olhos.

– droga! É só falar. Posso ficar aqui a noite toda. - pego um martelo.

Levanto as mãos e em seguida bato o martelo em um dos seus dedos. Ouço o barulho de seu grito de horror junto ao seus ossos quebrando.

– ei. - pucho o cabelo do homem e vejo seus olhos raivosos me encarar. - não seja tão rebelde. Eu sei que você não gosta tanto do seu chefe quanto faz parecer.

Bufo. Ok. Coloco o martelo na mesa e dessa vez pego uma lâmina.

– vamos lá. - choramingo. - me diga algo!

Cravo a faca em uma de suas pernas. O homem se remeche e seu sangue jorra nas minhas mãos.

– puta maluca! - estreito meus olhos.

Me coloco de pé. Desfiro um tapa na cara do homem.

– porco sujo! - cuspo em seu rosto.

Saio de perto dele e me sento na mesa metálica.

–  sabe...eu fiz faculdade de bioquímica. Você não sabe o que é ser maluca! Então me diga onde está o Cristian ou eu vou trazer ácido e despejar no seu pau. Bye bye efeito masculino! - mecho as mãos. Meu tom é sério.

– porra. Eu não sei! Me informaram apenas o local. Deveríamos levar ele vivo! - sorrio.

– pra onde o levou? - grito.

– o local de entrega. Eu deixei em uma casa. Mas ele provavelmente não esta lá. - bato palminhas.

– ótimo. Me diga onde... - sorrio.

– você vai me matar assim que eu contar. - ele me encara com um olho meio aberto.

– eu vou te matar de qualquer jeito. A única diferença é que ou eu faço isso rápido. Ou bem...lento. - meu tom é seco. O homem começa a chorar.

– e o nome do seu comparssa. Qual? - mordo a bochecha.

– Dimitri.

– boa. Muito bom. Local..Kain. local. - sibilo.

– a rua da Broadway. 571. Casa no topo da colina. 7 km até a estrada. - ele diz.

– bom..muito bom. Quando Santiago chegar no inferno mande notícias minhas. - pego minha arma branca.

– não, não, não.... - miro na direção do seu peito.

Beng. O sangue respinga. O homem se engasga com o próprio sangue. O assisto morrer. Dimitri. Você será o próximo.

~

Encaro o computador. Bruno achou a localização de Dimitri através de câmeras nas rodovias.

– ele não parece um alvo tão fácil. De acordo com o que sabemos ele já fez muitos trabalhos sujos no lugar de figurões. - Andrea recita.

– porra! - Hestia diz.

– sem problemas. Já temos um lugar. Só preciso matar ele e ir embora. - dou de ombros.

– tem certeza? - Bruno me encara.

– claro. - mordo os lábios.

– de acordo com a informação ele está em uma casa na beira do lago. - Andrea diz mas agora sua atenção está em Hestia.

Que se sentou em uma cadeira e está balançando. Estes dois são uma graça. Sorrio levemente.

– certo. Vocês podem descansar. - suspiro cansada.

Caminho até o andar de cima da casa abandonada. Meus homens balançam a cabeça levemente quando passo por eles. Subo os degrais, passo pelo corredor e por fim entro em um dos quartos.

A casa é um pouco empoeirada. A cama estrala quando me deito. Encaro o teto azul. Eu gosto desse detalhe, presiono a mão sobre minha barriga. Acabo por gemer. Droga. Isso ainda está feio. Encaro minha mão. Estou sangrando de novo. Me levanto caminhando até o banheiro. Os pontos abriram. Será se tem alguma agulha por aqui...? Desse jeito vou acabar morta antes do tempo. Olho uma gaveta. Há algumas pílulas. E misteriosamente uma agulha. Coloco na linha. Encaro o corte. Isso vai doer...mordo um pedaço da toalha enquanto tento costurar minha barriga. Lágrimas começam a sair.

~

Votem! Bjss.

A moça do necrotério. Onde histórias criam vida. Descubra agora