4 anos antesMelina
Encaro Cristian. Ele está em silêncio dormindo. Mas através do meus meios. Acabei por fazer ele ingerir um pouco de tranquilizante através de um beijo...ele vai me matar depois mas eu vou provar que ele está errado. Meu tio não vai me machucar.
Pego um papel em sua cômoda. E deixo um bilhete.Cuide dela pra mim.
Deixa a arma ao seu lado. Eu não preciso dela hoje. Ele precisa entender que eu sei me virar sozinha. Com ou sem armas.
~
Chego no galpão escolhido. Meus homens estão todos aqui. Vai dar certo...vai dar certo. Caminho com meus mais fiéis, Bruno e Andrea estão usando ternos dessa vez.
- roupas legais. - faço piada.
- patroa legal. - Bruno comenta.
Todos os meus homens foram contratados de acordo com suas histórias e abilidades. Homens presos por injustas causas ou que estavam simplesmente procurando propósito.
- eles vão chegar logo. A compra será realizada em 20 minutos. Podemos ir embora em seguida. - Andrea diz.
- ótimo. - até lá o tranquilizante deve ter perdido o efeito. Chegarei em casa e Cristian verá que meu tio não é pior que o pai dele.
- tem certeza que quer fazer isso cara a cara? - entramos no galpão e Bruno me encara.
- já disse. Vai dar certo. Ele não pode me matar. E vocês estão aqui para evitar isso. - arqueio minhas sombracelhas.
- claro. Claro. - Andrea dá de ombros.
- O Cristian sabe de tudo isso? Ele não gosta muito do seu tio. - me sento em uma cadeira preta. No galpão há alguns comboios de droga. D.M.A.
Drogas alucinógelas e altamente fortes. O motivo do sucesso é apenas seu vício. Se uma pessoa consumir uma dose pequena nunca mais vai querer parar.
- esse negócio é meu. E pra quem eu vendo também diz respeito a mim. Além disso Brendow não pediu uma quantia alta. Não dá pra duplicar assim.
- cruzo as pernas.Alguns minutos depois um de meus homens avisa que tem movimentação por perto. Ele está chegando. Não vejo Brendow desde que decidi mudar de cidade e viver com Cristian. A última conversa que tivemos ele me contou sobre meus pais.
Vejo a figura emergir do outro lado. Ele tem exatamente 20 homens o protegendo. Seus olhos me encaram em negação.- eu não deveria ter te ensinado isso. Querida sobrinha, a quanto tempo. - a voz de Brendow ecoa pelo lugar.
- tio. Vejo que veio testar a suas abilidades como professor. - me levanto e Bruno me impede de me aproximar.
- algo assim. O pagamento já foi feito.
Encaro meu celular. 4 mil dólares. Está certo. Transferência concluída.
- claro. São suas. - a empilhadeira trás uma caixa grande.
As aparências enganam. A droga que criei só pode ser duplicada até 5% de sua fórmula original. Uma caixa dessa deve dar pra ser consumida em 20 dias. Se não vender para viciados completos.
- posso ver antes de levar? - Brendow se aproxima da caixa que tem o seu tamanho.
- Claro. - Tiro uma faca do bolso e coloco meus pés na madeira. Subo na caixa abrindo apenas uma pequena parte. Me agacho mostrando o pó azul.
Já viram minha obsessão sim?
- quer sentir? - sorrio pro meu tio que encara a quantidade na faca.
- não. Vou dispensar. - ele volta pra trás e eu me levanto. Desço de cima da caixa com ajuda de Andrea.
- tudo certo. Agora é só pegar e ir embora. - mecho as mãos.
- claro. Mas tenho um aviso. - ele usa essa voz quando brigava comigo.
Sinto um mal estar repentino. Droga. Vamos lá Melina. Não seja fraca.
- diga. - tento dar meu sorriso mais confiante.
- estou dizendo isso apenas porque você é da minha família. O Neville está se mechendo. E eu estou do lado de quem tiver mais dinheiro. - e assim meu tio vai embora, levando consigo a caixa. Seus homens o seguem.
- o que...ele quis dizer...? - encaro a porta de saída.
- devemos ir embora. Agora. Estou recebendo um alerta. Tem alguém aqui. Droga. Alguém entrou aqui. Porra. - Bruno me pucha e Andrea anda ao seu lado.
- os carros. - corremos em direção a entrada. Mas quando abrimos a porta estamos cercados.
- vai, vai, vai. - Bruno se põe a frente de mim.
- e vocês?
- agora! - Andrea berra.
Meus outros homens correm pelo local. Ouço o barulho de tiro atrás de mim. Um deles me pucha pro andar de cima. Corro pelos degrais. Sinto meu coração bater pela boca. O homem me coloca dentro de uma sala. E fecha a porta.
- fique aqui Senhorita Melina.
Franzo o cenho...senhorita? Meus homens me chamam de chefe. Pego a faca que estava escondida debaixo da minha saia.
- você... - com um movimento rápido jogo a faca na perna do homem que grita. - vagabunda.
- impostor. - corro até a porta mas o cara está bloqueando.
Vamos lá. É só dar um soco. Você sabe fazer isso. Fecha a mão droga. 1...2...3. Bato no homem que sai do meio. Corro até o corredor. Há duas saídas. Ou eu saio pela porta da frente. Ou pela dos fundos. A dos fundos não dá. Vai ter que ser a da frente. Lá embaixo ouço barulhos de briga que se misturam com o som de tiros.
Corro pela escadaria do lado oposto da que eu vim. Mas sou empurrada. Rolo escada a baixo. Minha cabeça bate no chão.- você bate como uma garotinha. - Faço careta me colocando de pé.
Estralo meu pescoço. Vamos lá Cristian te ensinou algumas coisas. Use as Melina. Cristian...desculpa.
~
Votem! Bjss.
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A moça do necrotério.
RomanceAqui vocês irão encontrar a história de uma garota que trabalha em um necrotério. Em um dia entediante um corpo lhe chama a atenção. Seria esse o início da história de amor? Ou o final..? Os Neville uma máfia que contrabandea armas. OS Bryon uma fa...