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Melina

Meus homens escolheram alugar uma casa mas eu e Hestia vamos ficar no hotel. Esse parece seguro, creio eu.

– você faz o cheque? - entrego algumas notas para Hestia.

– Claro. Pagando bem...que mal tem? - Hestia se vira caminhando até a recepção.

Caminho até o espaço com mesas. É um lugar bonito...em outras circunstâncias poderia ter sido romântico. Droga. Encaro a rua movimentada.

– com licença... - uma voz masculina me chama.

Viro meu rosto e meus olhos se arregalam quando noto. É o Diego.

– é você mesmo! Melina. - meus lábios se tornam uma linha reta.

– Diego... - pisco devagar.

Tanta gente no mundo...porque eu tinha que encontrar justo ele? Porra.

– você está ótima. Apesar do... - ele aponta pro meu corte na cabeça.

– claro. - dou de ombros.

O homem se senta a minha frente e eu franzo o cenho.

– o que te trás aqui? - O que ele está fazendo...?

Diego é o meu ex namorado. Droga. Porque eu namorei com ele?

– estou procurando meu namorado. - comento dando ênfase em cada palavra.

– entendo...sabe. Desculpa por terminado com você. Eu fui obrigado. - dou uma risada sarcástica.

– eu realmente não ligo. Tudo bem. - mecho os dedos devagar.

– realmente...? - ele parece sorrir.

– claro claro. - reviro os olhos.

– eu fico feliz. Seu cabelo continua azul. - ele aponta.

– Diego...com todo respeito. Se é só isso você poderia...ir. embora. - balanço a cabeça.

– eu...queria me despedir. - ele se levanta.

– se despedir? - arqueio as sombracelhas.

– sim. Eu vou me casar em breve. - faço uma careta.

Sério...? Ele acha que eu ligo...? Um completo imbecil...o cara literalmente é um frouxo.

– Parabéns. - meus pés se mechem em ansiedade.

Porque ele não vai embora? Droga. Vaza. Bem...se não vai ele...vai eu. Me levanto também. Mas pra minha surpresa o homem se aproxima. Movo minha mão enfiando no casaco que abriga minha arma.

– eu senti sua falta. - o homem tenta me abraçar. Movo a arma até que ela esteja mirada no seu pau.

– eu não senti. Eu estou aqui atrás do meu homem...eu acho melhor você tirar suas mãos grundentas e suadas de cima de mim. - O homem me larga e se afasta devagar.

Devolvo a arma pro lugar. E o homem sorri nervoso.

– sério? Você agora usa armas? - ele fica tenso.

– V.A.Z.A. - sibilo.

Ele se vira e vai embora. Começo a respirar novamente. Droga. Idiota. Idiota. Idiota. O que ele faz aqui afinal?

~

Me sinto zonza. A última coisa que me lembro é de entrar no quarto e capotar na cama...então que sensação é essa?

Abro meus olhos e minha visão embaça. Porra. Alguém está tentando me sufocar com o travesseiro. Movo meus joelhos e braços tentando tirar a pessoa de cima de mim. Acerto sua barriga e a pessoa grune. Rolo pro outro lado da cama. Me movo rapidamente pegando minha arma embaixo do colchão. Mas sinto algo em volta do meu pescoço. Um cinto. Estão tentando me matar com a porra de um cinto. Meu ar começa a ir embora.

Me jogo pra frente caindo no chão a pessoa rola também. O ar começa a voltar aos poucos. A arma. Caiu debaixo da cama. Tento engatiar até ela.

– não se mecha tanto! - a voz é desconhecida.

O homem  pucha meus pés mas eu acabo por dar um chute em seu rosto. Movo os braços e finalmente a arma está na minha mão. Me viro e encaro a face de um homem que não sei quem é. Tudo que sei é que ele está disposto a acabar comigo. Isso basta.

– soube que você nunca matou ninguém. Vai começar agora? - o homem zomba.

Ele aperta meu machucado na barriga e eu grito. Tento manter meu pulso firme mas o homem tenta tirar a arma da minha mão a todo custo.

Droga. Se eu não atirar vou morrer. E Cristian nunca ficará livre. Não vou permitir isso.

Meus dedos se movem. Aperto o gatilho. O barulho dura pouco. Sangue jorra em meu rosto. O cérebro do homem explodiu. Meu peito bate forte. Tiro seu corpo inerte de cima de mim. Encaro minhas mãos trêmulas. Eu o matei. Eu matei alguém. Alguns minutos depois Hestia aparece correndo em minha direção.

~

Votem! Bjss.

A moça do necrotério. Onde histórias criam vida. Descubra agora