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Melina

Porra! Estou começando a ver a estrada. Devo seguir rumo a ela. Minha cabeça dói. Passo meu dedos levemente. Não ouço mais a voz de Cristian.
Minha cabeça está sangrando. Problemas do serviço. Vai valer a pena quando eu descobrir a verdade. Coloco o pé sobre a pista gelada. Meu corpo se arrepia. Olho pros dois lados procurando qualquer sinal de carro. Mas é em vão. Não há ninguém.

Sinto uma mão puchar meu cabelo para trás, grito e me debato. Sou levada de volta a dentro da floresta.

– você é muito desobediente! - a voz de Cristian está grave. Ele deve ter corrido mais do que eu já que sai na frente.

– você está mentindo para mim. - ladro sem paciência. Encarando seu olhos verdes. Há um corte no seu terno.

Ele me levanta e me coloca sobre seus ombros como se eu fosse uma pena.

– eu não sou estou mentindo! Estou omitindo é diferente. - ele fala abaixo de mim.

Me debato de novo e sinto...ele me bateu? Ele bateu na minha bunda? Como se eu fosse uma criança?

– fica quieta por. Favor. Estou pensando.

– pensando em como vai mentir pra mim? O que vai contar dessa vez? - ladro.

– Eu não menti pra você Melina. - ele me coloca no chão. Nossos rostos estão próximos.

O ar ficou frio e denso. Um passo em falso e nois dois caímos.

– então me conte a verdade droga! Porque todos me conhecem aqui? - O empurro mas a parede de músculos não se abala.

– eu vou dizer a verdade. Você se lembra da sua infância? Você se quer parou pra pensar quem é o resto das pessoas que possuem seu sobrenome?

– eu não...

– Você parou pra brincar de casinha. Terminou sua faculdade pra sentir que era alguém normal. Mas eu sei a verdade. A verdade é que sempre faltou algo. - ele diz duro. - mas você não se incomodou em procurar.

Movo minhas mãos. Seu rosto vai para o lado.

– você...me bateu? - ele volta a me encarar. Um sorriso sarcástico repuxa seus lábios.

– bati. - digo sem paciência. - vai fazer o que, atirar em mim?

O homem tensiona o maxilar.

– na verdade eu achei bem exitante. - ele avança pra frente.

– o...o que? - tropeço em meus próprios pés caindo de bunda na terra novamente.

– se liberte Melina. Você sabe que não é uma garotinha frágil. Você é mais do que isso.

Ele...tem razão? Eu não estou amedrontada. Eu não sou assim...desde quando?

– eu te conheço. Você se esqueceu de mim mas eu não me esqueci de você. A garota que eu amei era feroz. Ela está aqui. Por isso me desobedeceu, correu de mim. Mas está lutando contra isso. - ele se abaixa. Seu corpo sobre o meu.

Estamos perto de mais. Perigoso de mais. Essa aproximação faz as palavras borbulharem em minha mente.

Você se esqueceu de mim.

O que isso quer dizer? A garota que eu amei? Tem algo. Mas eu não consigo.

– diga o quão horrível consegue ser. Eu não vou fugir. Me mostre. - Nossas testas se juntam.

– eu...não sei o que você quer. - perco o fôlego encarando seu olhos verdes intensos.

– você sabe. Tem que saber. Se esforce. Eu nunca menti em nenhuma palavra. Pode fugir agora e continuar seu faz de conta, ou pode ficar comigo e descobri quem você é de verdade. A escolha é sua.

Ele saí de cima de mim. Se sentando ao meu lado. Me levanto e ele me encara sem expressão.

– vai me deixar ir embora? - pergunto seria.

– não vou te obrigar a ficar mais. Eu tentei. Mas não está funcionando.

– certo.

Me viro sentindo a emoção me tomar. Encaro a rua vazia que fica a alguns passos a frente. Eu posso correr. Ele não vai me impedir. Posso ir embora...

~

Votem! Bjss.

A moça do necrotério. Onde histórias criam vida. Descubra agora