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Melina


40 minutos depois chegamos em uma casa grande. Ele é rico. Nisso eu acertei ao menos.

– eu preciso saber o nome do homem que me sequestrou. - peço calmamente.

Mesmo que na verdade eu não esteja nem um pouco calma.

– para você pode ser meu bem. Mas pros outros é Senhor Cristian Louis Neville. - Neville...eu já ouvi esse nome.

– certo. Essa cantada foi cafona. - reviro os olhos.

Entrando no lugar há várias pessoas de terno e algumas mulheres de vestidos longos mas simples. Parece que todos são funcionários mas...eles não ousam me olhar nos olhos. Cristian me guia degrais acima.

– a casa é grande. Você não precisa dormir comigo...por enquanto. Meu quarto ficará ao lado do seu. - finjo não ouvir sua frase.

– sonhe com isso. - começo a andar mais rápido enquanto olho as pinturas na parede.

– com certeza irei...saiba disso. - ele me alcança facilmente e sussurra em meu ouvido.

– você é sempre atirado assim? - o encaro com o cenho franzido. Ele sorri e vejo uma covinha.

– não me entenda mal blueberry, não fique com ciúmes. Eu apenas...te achei quente. - ele se vira pra minha sorte.

– sei...hum..eu vou ficar presa aqui então? - digo desanimada.

– não exatamente. Olha você vai ficar segura. - ele diz como se fosse óbvio.

– isso é irônico vindo de você. É suspeito também. Um fugitivo.

Ele não diz nada e eu mordo os lábios em apreensão. Droga. Entramos em um quarto. E o silêncio é sepucal.
Cristian se vira e encara meus lábios. Seu corpo fica tenso derrepente.

– se você continuar lambendo esse troço eu vou te fazer lamber outra coisa Melina. - sua voz fica rouca.

– você não respondeu minhas perguntas. - ele um faz som de frustração.

– não eram perguntas e sim afirmações. Eu estou sendo perseguido sim. Isso é tudo que posso contar. - viro o rosto caminhando pata fora do quarto.

– Qual é blueberry! Não fica virando as costas pra mim. Isso é feio. - Cristian grita atrás de mim e eu lhe dou o dedo do meio.

– feio e você sequestrar alguém. Feio é você se recusar a me contar o motivo de eu estar aqui! - berro descendo as escadas. Os homens e mulheres que estão no andar de baixo param.

– sabe...assim! Eu fingir que morri. Tomei uma pilula que faz o coração parar por alguns segundos. E depois fugi. Foi isso. - ele pucha meus braços e eu o olho feio.

– por que você fugiu? - estreito os olhos. Mas ele dá de ombros.

– eu vou ter que sair um pouquinho. Me espera, sim? - ele sorri.

– eu meio que não tenho opção caso você não tenha notado lindinho. - meu tom é sarcástico.

– deve ser. - ele pucha meu rosto e deixa um beijo na minha testa.

Por algum motivo maluco o toque é familiar. Quase natural...? Isso é possível. E assim ele se afasta indo em direção a saída e eu encaro suas costas.

O resto do pessoal começa a se movimentar e ficar em frente a saída.

– eu não vou fugir com quientas pessoas me olhando! - grito e os homens sorriem doces.

Aposto que a vontade deles é me dá um tiro. Só pra economizar o trabalho. Mas não vou falar isso pois não sou idiota. Melhor 1 Coelho preso do que 1 Coelho morto.

Caminho até a cozinha. No relógio marca 00:00. Onde aquele homem vai a essa hora? Vejo uma senhora de cerca de 50 anos. Ela prepara algo na cozinha. Quando se vira me encara nos olhos e eu sorrio. Ela é a primeira a fazer isso.

– e então... - tamborilo o dedo pela mesa que parece custar mais do que minha vida.

E olha que no mercado negro eu valho muito. Já que eu não fumo. Mas o coração já deve tar debilitado tadinho. Depois de todo esse show. Ele deve estar fraquinho...fraquinho.

~

Votem! Bjss.

A moça do necrotério. Onde histórias criam vida. Descubra agora