MelinaJá se passaram alguns dias e descobri pouca coisa. Estou ficando sem esperanças de um dia sair daqui. Endrea é Bruno viraram algum tipo de amigos estranhos barra seguranças.
– vamos sair amanhã. - diz Cristian sentado do seu lado da mesa.
Faz algum tempo que estou em silêncio. Nossas conversas tem sido rápidas.
– sério? Pra onde? Não tem medo que eu chame a polícia? - ele me encara.
– o lugar que vamos não tem polícia. É um jantar de negócios. - ele tamborila o dedo na mesa.
– não tem medo que eu comece a gritar que nem maluca? - questiono
– você não vai fazer isso. Mas se fizer...adorarei te calar. - olho pra baixo.
Isso tem muitos sentidos. Ele vai me bater ou...
– já disse. Não vou te machucar. São apenas alguns negociantes e contrabandistas. Não queria ir sozinho e você precisa sair de casa...mas se não...
– eu vou! - o interrompo imediatamente.
– ótimo. Deixarei um vestido na sua cama quando eu chegar mais tarde. Se precisar de ajuda para se arrumar pode pedir a Olivia. Apesar da idade ela arasava corações antigamente. - ele sorri galanteador.
– eu não sou tão velha! - a senhora grita atrás dele dando um tapa de leve em seus ombros.
Percebi que eles tem um tipo de relação como mãe e filho? Mas não pode ser mãe dele. Ele não a chama assim.
– você escutou? - ele rir.
Termino de comer animada. Eu vou finalmente sair daqui. Essa é minha chance. Devo partir.
~
Já de noite vejo uma silhueta surgir em meu quarto. Cristian ele chegou. A uma caixa grande em suas mãos.
– eu acho que você vai gostar. - ele comenta descontraído. Me entregando o presente.
– valeu. - abro a caixa que é quase maior do que eu.
Um vestido preto longo com decote nas costas em V, a uma abertura na lateral que imagino ficar divina no corpo. Há também um salto da Saint laurent. E um colar prateado.
– não precisa usar tudo. - ele começa mas eu me levanto.
Quando me dou conta de que acabei abraçando ele me afasto. Cristian me encara perdido.
– eu gostei. De verdade... - sorrio desajeitada.
– que bom. - ele se recompoz.
– é o meu estilo. - dou uma piscadela.
– deve ser. - Cristian passa a mão sobre suas calças. Como se elas estivessem pregando.
Vejo seu rosto pálido tomar cor. E ao mesmo tempo o vejo fechar a cara. Um misto de humor.
– por que está tão... - paro de falar quando noto algo.
O pijama. Eu o a-b-r-a-c-e-i. Ele provavelmente sentiu o meu piercing no peito. Ele com certeza sentiu por que está me encarando abismado.
– não haja como se eu fosse uma prostituta! - arqueio minhas sombracelha pro homem.
– não era isso. Só fiquei surpreso. - ele para de me encarar e fita o chão.
– é completamente normal alguém ter um piercing no peito. Você já deve ter visto muitas mulheres. - Cristian volta a me olhar e dessa vez sério.
– já disse não era isso. - ele volta a passar a mão sobre as calças.
– então o quê? Não haja como um virgem. - zombo.
– N-ã-o. É. Isso. - ele se aproxima mas muda de ideia derrepente. - eu não sou virgem aliás.
Cristian sai do quarto rapidamente e eu encaro a porta. Ele simplesmente fugiu de mim. Se não é porque fugiu então? Quer dizer...eu não fiquei com muitos caras mas a maioria só tem curiosidade...mesmo.
Eles não fogem. Eles não ficam bravos? Vou atrás dele. Ele não pode me deixar com vergonha e me sequestrar ao mesmo tempo. Isso já é demais!.
– Cristian! - grito e o homem me encara.
Ele está sentando em sua cama. Seus pés se movem rapidamente. Ele ficou ansioso. Porque?
– só...vai dormir Melina. - Seu tom de voz ficou melancólico.
– não. Me diga então porque fugiu! - reviro os olhos.
– vai. Dormir. - ele pede. Como se lhe custasse a calma.
Ele não manda em mim. Não vou sair daqui enquanto ele não explicar. Ninguém me olha assim. Ninguém.
~
Votem! Bjss.
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A moça do necrotério.
Roman d'amourAqui vocês irão encontrar a história de uma garota que trabalha em um necrotério. Em um dia entediante um corpo lhe chama a atenção. Seria esse o início da história de amor? Ou o final..? Os Neville uma máfia que contrabandea armas. OS Bryon uma fa...