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Melina

Consegui movimentar o dinheiro da minha antiga conta, as empresas fantasmas que Brendow não conseguiu o acesso. Deve dar para pagar o avião e os meus homens.

Encaro a mulher a minha frente, seus fios são claros. Olhos verdes, aparência jovial. O homem ao seu lado tem cabelos ruivos e olhos castanhos claro.

– eu queria agradecer por terem me salvado. - dou um pequeno sorriso.

Resolvi entrar em contato e nos encontramos em um parque.

– não precisa agradecer. Eu apenas sinto que não tenhamos encontrado o seu namorado. - arqueio as sombracelhas pra mulher.

– meu nome é Melina. - penso um pouco...eu não comentei sobre Cristian. Quem são eles..?

Olho mais longe. Onde Bruno e Andrea me esperam.

– Emma. - a mulher de cabelo claro coloca as mãos sobre a minha.

Esse nome...esse nome é familiar. Onde eu ouvi?...?

– James. - o homem ruivo me dá um sorriso acolhedor.

– am...me desculpem...eu estou atrasada para um compromisso. - pucho minhas mãos rapidamente.

– a gente não queria te assustar. Faz tempo que temos procurado por vocês. - minhas sombracelhas se unem.

– o quê...? - mordo os lábios.

– somos agentes do FBI, investigamos crimes involvendo narcotraficantes. Nois dois sabemos dos negócios dos Bryon e os Neville. E também sabemos que...o Cristian foi levado. - me sento devagar. Droga.

– como sabem disso tudo? - tamborilo o dedo pela mesa.

Se eles forem um problema terei que me livrar deles...nada vai me impedir de encontrar o Cristian. Nem policiais.

– porque eu sou a mãe do Cristian. - meu chão se abre.

– você está mentindo. A mãe dele morreu de câncer quando ele tinha 8 anos. - me levanto virando minhas costas pros dois. Dou um aceno de cabeça e Andrea corre em minha direção junto a Bruno.

– foi isso que o Santiago contou? - a mulher ladra atrás de mim.

Emma segura meu braço.

– eu não morri. Fui obrigada a me retirar. Quando Santiago disse que sabia sobre o meu duplo emprego e que eu estava tentando derrubá-lo Ele tentou me matar. Eu não tive escolha a não ser fingir uma morte.

Sinto a raiva borbulhar em todo o meu corpo. Meus pés se movem sozinho. Quando me dou conta acabei de dar um tapa no rosto de Emma.

– você é uma vaca. Você fugiu por medo? Se tudo isso que diz é verdade porque...porque não levou Cristian? O deixou sofrendo com aquele monstro? - digo em um tom autoritário.

– eu não...eu não achei que ele fosse machucar o Cristian. Ele era seu filho. - reviro meus olhos.

– não. Você achou que deixar uma criança sozinha com um cara sádico era melhor do que protegê-lo. Protegê-lo mesmo que isso custasse a sua vida! - a mulher me encara atordoada.

– você não entenderia. Eu voltei agora...eu vou prender o Santiago. E finalmente poderei ser uma mãe presente. O meu emprego...o meu cargo...eu posso proteger ele agora. Ele não vai ficar na cadeia. - ela diz como se fosse óbvio.

– eu entendo. Eu entendo bem. Meus pais morreram pela mão daquele verme. Eu vi seus corpos no chão da casa que eu chamava de lar. Naquela época eu daria tudo. Tudo para estar morta com eles. Se você tivesse levado o Cristian ele não se importaria. Ele não ia ligar. - meus olhos começam a lacrimejar. - a troco de quê? Prender o Santiago? Ele vale mais do que o Cristian?

– se você pudesse faria igual. Não seja hipócrita. Você queria se vingar. Eu sei de tudo. - Emma despeja.

– sim. Eu adoraria enfiar uma bala na cabeça dele. E eu vou fazer isso, mas não só por vingança também por amor. Eu estive aqui e vou permancer mesmo que eu morra, não vou fugir e abandoná-lo essa é a nossa diferença.- me viro e dessa vez Emma não me impede.

Se ela quiser me prender terá que ser mais convincente. Se Cristian quiser perdoá-la eu não me oponho. Mas pra isso devo. Salvá-lo primeiro.

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Votem! Bjss.

A moça do necrotério. Onde histórias criam vida. Descubra agora