A moça do necrotério.

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Algumas horas depois

Melina

Rich fez a doação. Bruno está inconsciente no momento. Mesmo que os médicos digam que só pode um por vez estamos todos na mesma sala. Até mesmo Rich.

– como soube...? - Cristian pergunta ao seu amigo.

– bem...meio que eu conheço o Bruno de outras épocas...e eu meio que estava na balada também. - ele dá de ombros.

– de qualquer forma obrigada. - sorrio pro homem.

– e então...porque você não pode fazer a doação? A médica avisou. - Hestia me encara e Cristian passa o braço pelos meus ombros.

– bem...eu estou grávida. - sorrio levemente.

Andrea arregala os olhos e Hestia bate palminhas. Enquanto Rich encara Cristian com um olhar de cumplicidade.

– céus! Vocês não perdem tempo. - Hestia comenta.

– não mesmo. Você viu o pescoço dela? Olha aquele chupão ali. - Andrea dá uma risada.

– sério...você...não...ia esperar eu acordar pra me contar também? - essa voz.

Bruno. Nos corremos até sua cama. O homem me encara e sorri.

– desculpa. Achei que não iria acordar hoje. - Seguro suas mãos.

– de qualquer forma...você me deve um...aumento. E também eu vou ser tio. Então não irei ficar bravo. - Rich se aproxima dele devagar.

– nos vemos poucas vezes e em todas elas você parece machucado. - arqueio as sombracelhas em curiosidade.

– você realmente é surpreendente. - Bruno revira os olhos. - estão sentindo esse fedor...

Ok. Eu não sei nada sobre essa relação mas vai ser engraçado dá pra sentir. E juntos agora teremos mais um membro pra família.

~

Encaro a tela do computador. Consegui encontrar a casa onde Brendow estava ficando. Pra minha sorte ela estava vazia. Cristian me encara.

– não se esforce tanto. - dou um meio sorriso.

– isso não é esforço. Eu estou legal meu bem. - senha...qual a senha?

– você vai acabar me matando. - ele beija o topo da minha cabeça.

– acho que sei qual pode ser. - quando eu era pequena descobri uma coisa.

Brendow não gostava de nada ecerto...gatos. Ele tinha um gato. Se chamava Pluma. E quando o gato morreu ele ficou bem triste. No fim seus únicos laços humanos eram com um gato.

– pluma. - acertei. Bingo.

Vamos lá...transações bancárias. Conta...onde está você? De acordo com o que vi ele estava no México. A casa fixa fica lá. Transações de dinheiro pra conta do México. Então provavelmente deve haver um cofre naquela casa.

– México. Parece que vamos viajar! - comemoro.

– os dedos não vão...apodrecer né? - ele comenta.

– onde você os colocou? - arregalo meus olhos.

– bem...meio que eu coloquei naquela caixa branca do hospital que tinha gelo e escondi debaixo da cama do Bruno.

– Cristian! - berro e ele começa a rir.

– era um lugar seguro. - respiro fundo.

– ok...vamos até a casa e pegar o dinheiro no cofre o mais rápido que for possível. - tamborilo o dedo pela mesa. E me viro pra ele.

– já disse que você fica sexy dando ordens né? - ele se aproxima e beija minha testa.

– já. - dou uma risada encarando seus olhos verdes.

– daqui pra frente seremos três. - ele abaixa a mão alisando minha barriga.

– é. Dá pra imaginar? De sem família saímos para montarmos a nossa própria. - ele beija meus lábios.

É um beijo calmo. Sua língua quente apenas acompanhado o ritmo dado por mim. Ele deixa uma mordida no meu lábio inferior e depois beija meu pescoço.

– Mel. A droga mais viciante.

Ele sussurra na minha orelha e me sinto aquecer. Meu coração acelera.

– você cumpriu sua promessa no fim das contas. - comento distraidamente.

– claro. Eu te sequestrei...conta como fuga? - ele arqueia as sombracelhas.

– acho que sim.

Nois dois rimos e ele volta a me beijar. Podemos ficar tranquilos agora. A nossa história está ficando cada vez mais emocionante. E se tiver obstáculos estamos dispostos a enfrentá-los.

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Votem! Bjss