Nem demorei, vai! Esse livro 2 não vai ser muito grande, pra gente conseguir terminar todas as histórias sz
Vejo vocês no próximo!
(...)
Por mais que Gizelly fizesse de tudo para que Marcela não ficasse mais chateada, parecia que qualquer resquício de brasa era o suficiente para inciar um incêndio. Não estavam bem, por mais que tentasse contornar tudo.
Ela, como sua esposa, não deveria entender que estava em busca de seus sonhos? Estava trabalhando com o que mais gostava, inclusive sabia que, se tivesse a oportunidade, ela estaria embarcada em alto mar por quinze dias cuidando de espécies marinhas ameaçadas de extinção.
É lógico que sentia falta dos filhos e dela. Ao mesmo tempo em que sentia estar no lugar certo, que sempre almejou, também achava que tudo estava errado. Constantemente se pegava olhando fotos deles e das amigas, dos sobrinhos e afilhados.
Agora ela veio com essa ideia de supervisora nova, de babá e também de uma empregada. Marcela querendo pagar por serviços domésticos? Essa era novidade!
Faltava dois dias para embarcar, os dias em casa passavam muito rápido. Por isso preparou uma noite especial para as crianças. Quando Marcela chegou em casa, estavam esperando-na para jogarem vídeo game e comerem bobeiras juntos.
Reparou no sorriso dela assim que entrou na sala e pendurou a bolsa no gancho ao lado da porta. Os cabelos estavam soltos, com os óculos de grau no topo da cabeça, sobre os fios dourados.
- Surpresa, mamãe! Mamãe Gi decretou sexta-feira dia de vídeo game! - Pérola saltou animada do sofá e correu até a mãe.
- Surpesa!
Gizelly sorriu também, principalmente com a cena das duas se abraçando. Os olhos de Marcela buscaram os seus, estavam leves, por incrível que pareça. Dylan logo se juntou a eles.
- Vem, mamãe Gi. Falta você!
Com um suspiro aliviado, caminhou até eles e se juntou ao aconchegante abraço coletivo. A risada deles era como música para seus ouvidos.
- Vocês poderiam ter me contado! - Má fez cócegas nos dois e deu um selinho na esposa. - Eu teria trazido alguma coisa a mais para a gente comer.
- Aí não seria surpresa, mamãe.
Sobre a mesa de centro tinha um pouco de tudo: pipoca salgada, pipoca doce, salgadinhos, suco, pastel. Gizelly tinha feito um banquete completo de besteiras, do jeito que eles gostavam.
Passaram horas jogando Mario Kart, enquanto Dylan pulava de um lado para o outro no sofá. Marcela gargalhava com as caretas de Pérola toda vez que o carro da princesa Peach caía em alguma armadilha. Gizelly era boa, mas nunca conseguia passar a esposa, porque sempre escorregava em alguma casca de banana pelo caminho.
- Mamãe, para de jogar o casco de tartaruga em miiiiim! - Pérola gritou e ficou de pé com o controle na mão. Marcela riu alto. - Você rouba!
- Eu não estou roubando, faz parte do jogo.
- Mamãe, Gi, solta esse casco nela! A senhora é muito mole! Por isso ela tá ganhando a gente!
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Santuário
ParanormalEstudar os Santuários Marítimos do Brasil sempre foi um sonho que Marcela, professora universitária da UFRJ, sonhava em fazer desde que decidiu seguir carreira no ramo da biologia marinha. Mal sabia ela que o verdadeiro santuário estava bem mais pr...