3- Mais Uma Coincidência

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Oiiiii, voltei. Fico feliz que estejam gostando da história. Amanhã responderei aos comentários daqui e do último de Espelho.

Boa leituraaaa ♥️

(...)

Para a idade que tinha, Gizelly gostava da vida que levava. Trabalhava no AquaRio, onde o pai era diretor geral. Não tinha uma tarefa fixa, geralmente fazia de pouco um tudo e recebia um dinheirinho legal no final do mês. Dava para pagar seus caprichos, não tinha nada do que reclamar.

Em outubro faria 22 anos, seus pais ficaram muito orgulhosos por conseguir passar na UFRJ, embora tenha sido a quarta tentativa. Enquanto isso, aproveitou o tempo para fazer cursos técnicos de informática e administração, o que ajudava muito no trabalho.

Infelizmente não teria mais muito tempo para ficar lá, exceto os finais de semana, mas seus pais já deixaram claro que ajudariam com o que precisasse, incluindo um trocado por mês para gastar como quisesse.

Estava tudo como sempre deveria estar, até conhecer a mulher de cabelos loiros e olhos castanhos. Havia se descoberto lésbica com seus 15 anos e namorou uma garota da escola por quatro anos, Rafaella. Hoje eram apenas melhores amigas, mas o relacionamento havia sido intenso e um tanto conturbado. Seus pais não aceitaram muito bem e isso acabou atrapalhando muito, porém no fim acabaram achando melhor manter somente a amizade.

Depois disso, saiu com algumas garotas, mas nada sério. Seus pais foram obrigados a aceitar e agora agiam numa boa. E realmente estava tudo tranquilo até sem querer esbarrar em Marcela. Nunca havia visto uma mulher tão linda e simpática como ela. Normalmente não conversava com os visitantes do aquário, mas algo a prendeu a ela, não sabia o que. Queria ficar e ajuda-la com a pesquisa, o que acabou acendendo uma fagulha em sua alma.

Era fascinada por pessoas inteligentes e por aqueles que eram amantes da biologia marinha, onde decidiu iniciar sua carreira, até porque o aquário ajudaria muito nisso. Amava tudo no mar, os animais, as plantas, tudo. E saber que ela sabia muito mais do que mostrava só fez com que se sentisse ainda mais interessada nela.

Mas não era de sair flertando assim, jamais faria uma investida se não tivesse certeza sobre a sexualidade da pessia. Pelo amor de Poseidon, não era possível ser coisa da sua cabeça as olhadas ocasionais para seu corpo enquanto conversavam. E as trocas de olhares e sorrisos demorados?

Tentar não custaria nada.

E, por Poseidon, ainda bem que tentou. Que beijo maravilhoso! Todo seu corpo reagiu prontamente aos toques dela, como se há muito precisasse exatamente disso para viver. Ela sugou tudo, seu fôlego, a quietude de seus batimentos cardíacos.

Não foi só isso que fez com que o encontro inesperado fosse muito bom. Tinha gostado dela e queria vê-la de novo, tinha um milhão de coisas para perguntar sobre biologia marinha, já que ela trabalhava diretamente com isso, embora não soubesse exatamente em que ramo.

No sábado e no domingo não a encontrou lá no aquário, então achou que realmente seria bem difícil se verem novamente. Talvez ela não quisesse, embora tivesse alegado que queria que respondesse algumas perguntas para ela.

O jeito era deixar isso para lá, mesmo que a cena do beijo não saísse da sua cabeça. Não que fosse lamentar pelo resto da vida, mas seria realmente uma pena se não se encontrasse outra vez.

Logo a segunda-feira chegou e junto com ela o primeiro dia de aula na faculdade. Não podia faltar e estava até bastante ansiosa, por isso chegou um pouco antes da primeira aula, que começava exatamente as dezoito horas.

A aula era Complementos da Matemática e simplesmente odiou a matéria. Não suportava números, era um saco. Infelizmente era uma provação da qual teria que passar, pelo menos a primeira aula foi somente apresentação dos alunos e da matéria. Então quando acabou, lanchou na cantina e foi atrás de saber onde seria a próxima aula.

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