E vamos de capítulo novo?
Como vocês estão se sentindo em relação a fic e aos personagens? Me contem que eu quero saber ♥️
Beijinhos e até sexta, bebês 🥰
(...)
O tempo fresco da noite combinava perfeitamente com o bom humor de Gizelly. Tinham acabado de sair de um show que, desde o início, tinha tudo para dar errado. Marcela a princípio iria com o ex namorado tóxico e acabou sendo salva pela melhor amiga, que no final delegou a tarefa para outra pessoa.
Desde o início queria ir com ela, deixou claro. Gostava da companhia de Marcela, dos gostos dela, de compartilhar as coisas com ela. Mas tinha orgulho o suficiente acumulado para perceber que não era não importante para ela como ela era para si.
Não era como se fossem apaixonadas, longe isso. Apenas curtiam uma a outra, e na maioria das vezes quando insistia muito até vê-la ceder, o que estava acontecendo com muito mais frequência. Estavam se aproximando com mais facilidade, ela iniciava os momentos, não fugia do clima que surgia quando estavam juntas e no final sempre acabavam se beijando.
E por isso, ao sair do carro no dia do show, mudou de ideia sobre ir direto para casa. Rodeou o automóvel e bateu de leve no vidro do carro. Assim que ela baixou, se inclinou e a beijou na boca. Naquele momento, percebeu que nunca se cansaria de fazer aquilo. Beijar Marcela era como uma droga da melhor qualidade.
Então, como sempre acontecia, ela só deu a partida com o carro quando passou pela portaria do condomínio. Sob a luz de um céu claro de lua cheia, caminhou pelo imenso caminho que levava até o bloco cinco, que era o que morava. Pensava sobre tudo que havia acontecido, na briga de dentro da casa de show, em como estava se sentindo satisfeita por ter batido em Daniel e em como queria ter feito muito mais.
Assim que virou a primeira esquina, se assustou ao ver sua mãe parada com uma das mãos no bolso. Ela fumava um cigarro e, pela expressão corporal, deixava claro que a estava esperando. Franziu as sobrancelhas, afinal era algo estranho vê-la fora de casa tão tarde, já era quase meia noite.
- Mãe? - Anunciou sua chegada.
- Oi, minha filha - ela tragou o cigarro devagar e soltou a fumaça, sem deixar de olhar para a filha. - Como foi o show?
- Foi divertido - Gizelly ainda estava cautelosa. - O que a senhora faz aqui embaixo?
Dona Márcia apesar de ter tudo que sempre quis na palma das mãos, era muito humilde e sensata em todas as decisões que tomava. Com os cabelos com luzes em mechas douradas, vestido de grife e sapatos mais caros que um carro, a mãe de Gizelly tratava todo mundo bem, sem deixar o dinheiro e o poder nunca subir a cabeça. Diferente de seu pai.
- Saí com uma amiga hoje, fomos em um restaurante. Quando cheguei do Uber, tinha acabado de entrar quando você chegou de carro. Quem é a loira?
Como há muito não se sentia, Gizelly engoliu a seco diante da mãe. Foi pega totalmente de surpresa, não esperava que ela a abordaria tão diretamente sobre aquilo, logo ela que havia decidido bloquear qualquer tipo de assunto relacionado a sua sexualidade. Nem ela e nem o pai gostava de tocar no assunto e, para eles, era só uma fase passageira. Rafa de alguma forma havia se tornado sua amiga mesmo quando ainda eram namoradas, isso na cabeça deles. Quem Gizelly era para mudar isso?
Por todos esses contras que se sentiu acuada como uma adolescente, sem saber o que fazer e o que responder. Reprimiu um suspiro e abriu a boca um par de vezes para responder, contudo nada saiu. Estava nervosa.
- Eu não vou contar para o seu pai - ela anunciou, tragando mais uma vez esperando pela resposta.
- Pensei que a senhora não queria saber sobre as pessoas que eu fico - a maior saída sempre era dar a volta sobre o assunto.
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Santuário
ParanormaalEstudar os Santuários Marítimos do Brasil sempre foi um sonho que Marcela, professora universitária da UFRJ, sonhava em fazer desde que decidiu seguir carreira no ramo da biologia marinha. Mal sabia ela que o verdadeiro santuário estava bem mais pr...