47- Que Droga, Marcela...

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SÓ PORQUE TO SURTANDO COM O REENCONTRO DE HOJE! ESCREVI CORRENDO E TROUXE!

Espero que gostem do capítulo ♥️

(...)

- Ai, pai, você vai brigar comigo de novo? - Gizelly revirou os olhos, não aguentava mais.

- Gizelly, senta aqui.

O jogo que passava na televisão era entre Fluminense e Palmeiras. Seu pai era tricolor carioca roxo, o que era um saco, já que o time conseguia ser mais chato que seu próprio pai. Contrariada, foi até o sofá e se sentou ao lado dele.

Por dentro estava nervosa, agoniada com menção a loira. Sua mãe tinha contado. Não estava acreditando nisso e se sentia ainda mais idiota por ter acreditado nela. Agora tudo fazia sentido, Marcela tinha pedido licença por causa de seu pai, por causa de alguma ameaça. Só podia ser isso, não havia outra explicação.

Estava tão nervosa que as pernas começaram a sacudir sozinhas depois que se sentou.

- A filha da vizinha, Flayslane, viu você chegando no carro de uma mulher loira ontem.

- A Flay? - Gi ergueu as sobrancelhas, surpresa. Ah, não! - O que aquela puta tem a ver com a minha vida?

- Olha a boca.

- Olha a boca nada, pai - se levantou, irritada. Estava farta de todo mundo tomar conta da sua vida, de ficar batendo com a língua nos dentes toda vez que acontecia algo. - Essas merdas não podem me ver fazendo nada e já contam? Ah, estou de saco cheio disso. Está cada vez mais insuportável morar aqui.

- Gizelly, eu já falei para você sentar - o tom de voz do pai se tornou mais irritado.

- Eu não quero sentar!

- Você vai discutir comigo, Gizelly? Tem certeza? - Ele também se levantou.

A morena deu um passo para trás, cautelosa. Não respondeu, apenas voltou a se sentar em silêncio. Ele fez o mesmo, se sentando ao seu lado. O silêncio se estendeu por alguns segundos, a morena não ousou abrir a boca mais até que ele o fizesse primeiro.

- Você sabe que não tolero que percam a paciência comigo. Estou aqui para te ajudar.

- Estou vendo, dando ouvidos para o que essas vagabundas fofocam.

- Ivy quem te trouxe, né? Ela é a mesma de ontem?

- É - dessa vez mentiu. Achava melhor assim.

Será que Ivy aceitaria pintar o cabelo de loiro? A possibilidade a fez querer rir de nervoso, não era possível que tivesse chegado a esse ponto. Estava preocupada demais com o desaparecimento de Marcela e ainda tinha que lidar com o pai surtando por causa de duas fofoqueiras.

Por outro lado estava feliz por a mãe não ter aberto o bico. Se sentiria muito decepcionada se ela tivesse contado sua confissão. Estava arrependida por ter contado, mas agora só restava confiar e, claro, torcer para que ela não contasse nada.

- Eu não sabia que você vinha de carona. Pensei que viesse de ônibus.

- A Ivy mora perto, então costumo vir com ela.

Alguns segundos de silêncio, exceto pela narração do jogo no canal aberto, a sala estava com um tom esverdeado por causa do gramado do Maracanã. Gizelly não sabia se ele tinha caído na mentira, mas tentou desvendar o olhar que a fitava. Ele parecia estar pensando, mas Gi não fazia a mínima ideia do quê. Até que ele começou a falar:

- Embora eu ache que você não tenha maturidade e responsabilidade suficientes, eu vou te dar um carro.

A morena piscou, sem entender.

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