Oii, meus amores. Como estão? Estou com saudades.
Então, vou ter que diminuir a frequência de postagens porque tá complicado para mim. Vai ficar terça e sexta, tá?
Caso eu consiga escrever mais, eu posto mais.
Espero que entendam ♥️
Beijos e até terça
(...)
- Por que não? - Gizelly continuava com o biquinho persuasivo.
- Porque você é maluca - a loira fez uma careta. - E sai logo com esse carro, você sabe que aqui é perigoso demais.
- Não, sem trato, sem carona.
- Você não pode estar falando sério.
- Nunca falei tão sério na minha vida - a aluna desligou o motor do carro. Marcela não acreditou, bufando.
- Não me faça me arrepender de ter aceitado namorar com você - cruzou os braços, séria.
- Eu que deveria me arrepender, você é chata. Não aceita nem uma brincadeirinha, gente velha me nervoso as vezes.
- Ah, como você ter a mentalidade de um bebê não fosse irritante, né?
- Você está me chamando de bebê?! - Gizelly estava colocando o cinto, parou na metade do caminho. - Bebê, Marcela? Bebê seu cu.
- Só isso justifica o seu comportamento.
- O que custa você aceitar?
- O que custa você sair com a porcaria do carro daqui antes que sejamos assaltadas?
Gizelly também bufou, contrariada, e ligou de novo o motor. No segundo seguinte estava saindo com o carro da vaga, seguindo rumo a rua. Nenhuma palavra foi dita pelos próximos cinco minutos. A morena continuava emburrada, dirigindo em silêncio e prestando atenção no tráfego tranquilo da cidade.
Ao lado, Marcela só queria que o som estivesse tocando alguma coisa qualquer para distrai-la. Ao invés disso, o silêncio era absoluto. Vez ou outra se pegava olhando para a aluna pelo canto dos olhos. Ela continuava emburrada e fingia que era uma motorista responsável, olhando pelo retrovisor a cada segundo.
- Ei... - a chamou depois de um tempo, mas não obteve resposta. A morena a ignorou. - Não vai falar comigo?
- Bebês não falam.
Marcela revirou os olhos.
- Me desculpa por ter te chamado de bebê - disse mais baixo do que gostaria.
- Ah, não foi nada - o tom de voz era irônico. - Você dizer que se arrepende de ter aceitado namorar comigo já foi o suficiente.
- Eu não disse que me arrependo. Disse para você não fazer com que eu me arrependa, é diferente.
- Vai se desculpar por ser uma chata também? - Gizelly estava com a carranca enorme, mas não a olhou ao dizer.
- Eu não sou chata.
O carro parou em um sinal vermelho, já estavam quase na Barra. Do lado de fora, um vento moderado balançava as folhas das árvores ao redor. Não tinha muitos carros na pista devido ao horário. Com um suspiro, a morena se virou para encarar a namorada.
- Prova que não é chata aceitando a brincadeira.
Marcela ficou alguns segundos em silêncio antes de responder.
- Você quer mesmo isso, né? - O sinal mudou para a coloração verde e então Gi deu a partida. - Se eu aceitar, não pode envolver nada que tenha a ver com o meu trabalho.
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Santuário
ParanormalEstudar os Santuários Marítimos do Brasil sempre foi um sonho que Marcela, professora universitária da UFRJ, sonhava em fazer desde que decidiu seguir carreira no ramo da biologia marinha. Mal sabia ela que o verdadeiro santuário estava bem mais pr...