38- Você Não é Minha Aluna

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Como agradecimento por toda a repercussão que o capítulo anterior causou, que resultou uma divulgação maior da história, e também por todos que voltaram e estão voltando os capítulos para voltarem, trago esse capítulo de presente para vocês.

Espero que gostem, porque eu nem escrevi final de semana e escrevi hoje hahahaha beijos e até terça ♥️

(...)

Marcela não queria fazer, não queria. Na carta de sua mão tinha escrito "beijo de língua". Seu coração gelou naquele exato momento e foi difícil de disfarçar, mas estava com tanta raiva que queria recusar. Tudo piorou quando leu a palavra dela, porque se conhecia perfeitamente. Conhecia o suficiente para saber que, mesmo com raiva, beijar o pescoço dela lhe daria vontade de fazer bem mais que isso. Estava se odiando, porém... Jogo é jogo.

Odiava a cara que ela estava fazendo ao mostrar a carta, mas sabia que ela também estava nervosa, também a conhecia. As meninas as olhavam querendo saber o que tinha na carta de Marcela, mas não falou, só jogou o objeto na mesa e se aproximou da morena. Gizelly a esperava em silêncio, mas a loira queria mesmo era que as cartas fossem "soco na cara", porque queria tanto matar Gizelly que não dava para escrever se tentasse.

A morena também jogou a carta na mesa e esperou enquanto ela se aproximava. Marcela chegou perto o suficiente para sentir o hábito dela bater contra sua boca, seus olhos se encontraram, seu coração deu um solavanco violento, então virou a cabeça para o lado, liberando o pescoço. Engoliu a seco. A mão de Marcela foi a primeira coisa a tocar sua pele, apoiando na cintura e apertando o local com firmeza. Nervosa, mordeu o lado interno do lábio inferior para ninguém perceber, então o nariz dela roçou de leve a pele exposta do pescoço. Reprimiu um suspiro, mas já estava arrepiada, até que ela beijou.

- Eita porra - Mari falou, erguendo as sobrancelhas.

Mas Marcela não quis parar, não ia parar ali. Por isso beijou o pescoço de Gizelly como se fosse a boca dela, por alguns segundos, devagar, passando a língua, por último mordeu. Tudo isso enquanto mantinha a mão firme na cintura dela, segurando com vontade e se controlando para não puxá-la para mais perto. E ela estremecia em seus braços.

Com isso, se afastou e voltou para o lugar. As meninas começaram a algazarra, zoando e rindo, mas Marcela estava abalada e isso era um inferno. Gizelly também não estava melhor, sentou calada e permaneceu calada até que Ivy a cutucou e ela riu, falando algo que não prestou atenção.

- Vou girar - disse, se controlando para a voz não sair trêmula. Quando a garrafa parou, anunciou: - Bianca em Mari.

- Não mesmo - a chef de cozinha disse, bêbada. - Não mesmo.

- Ah, você vai sim - Marcela pegou uma carta, irritada. - Toma.

Bianca já gargalhava quando pegou a própria. Mariana a odiava com todas as forças, mas riu ainda mais quando leu o conteúdo.

- Morder - avisou a ela, um sorriso filho da puta para irrita-la.

- Não vai morder nada - Mari olhou a própria carta e leu: - Lábio. Não.

As meninas riram sem parar, inclusive Marcela, que dizia que "pimenta nos cu dos outros é refresco". A dona da casa nem se importava, apenas ria quando se aproximou de Mari, que nem levantou da cadeira. Apoiou as mãos na coxa dela e aproximou o rosto para bem pertinho.

- Não vou morder forte - falou, rindo.

- Eu soco a sua cara. Anda logo.

- Queria morder também - Rafa disse e as meninas riram.

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