Cheguei!!
Cedo hoje porque não vou ter tempo durante o dia.
Teremos mais 3 capítulos além desse. Boa leitura a todos ❤️
(...)
S
e perguntassem quantas vezes tinha ligado para Marcela depois que ela saiu da faculdade, Gizelly não saberia responder. A primeira ligação foi para saber que horas ela chegaria mais ou menos, pois queria correr na praia assim que o sol caísse, mas queria chegar antes dela.
Só que Marcela não atendeu a ligação e nem as outras. Primeiro acabou achando que ela estava ocupada, mas conforme as horas foram passando, acabou ficando extremamente preocupada com a falta de sinal. Isso só fez com que lembrasse também de como era no passado e acabou sentindo na pele como ela deveria ter se sentido em outras vezes que havia sido uma idiota completa.
Quando ela abriu a porta, foi impossível esconder a expressão de preocupada. Rapidamente se levantou do sofá ao perguntar onde ela esteve e caminhou até a porta. Foi então que percebeu algo muito estranho e franziu as sobrancelhas em um sinal claro de confusão.
- O que é isso no seu pescoço?
A loira gelou com a pergunta e não respondeu nada por vários e vários segundos, o que fez com que Gizelly achasse ainda mais estranho.
- Não vai responder? - Voltou a perguntar, mas Marcela não respondeu novamente. - Marcela, porra? O que é isso no seu pescoço? O que aconteceu?
Se tinha uma coisa que Marcela era realmente muito ruim era em mentir. Não conseguia olhar nos olhos da pessoa, não conseguia falar normalmente algo que não tinha acontecido, simplesmente não conseguia enganar quem gostava. A soma disso tudo fez com que somente começasse a trabalhar em possíveis respostas que não viesse a causar um escândalo total naquele apartamento.
Só que a cada segundo que passava sem responder, a morena ficava ainda mais irritada.
Gizelly observou atentamente cada detalhe que pudesse responder sua pergunta no lugar da namorada, que insistia em se manter quieta. O pescoço alvo estava roxo dos dois lados, como se alguém tivesse... Não. Desceu seus olhos do pescoço para os ombros, o busto, a barriga coberta por uma camiseta listrada e acabou se deparando com uma coisa que talvez nem ela estivesse percebendo.
As mãos estavam trêmulas.
E o pensamento que teve acabou voltando outra vez. As marcas no pescoço pareciam de enforcamento. A pele dela era muito branquinha e qualquer tipo de contato bruto fazia com que ficasse roxo em pouco tempo.
Toda a sua irritação acabou se esvaindo e dando lugar a uma carga absurda de preocupação. Estava ligeiramente perto e conseguia sentir o cheiro de tequila. Ela tinha bebido...
Sem saber muito o que fazer, a puxou levemente pelo braço e fechou a porta da sala.
- Eu fui sequestrada - Marcela achou melhor soltar do que contar outra história que viesse a possivelmente piorar toda a situação.
Sabia que mesmo assim teria muito o que explicar. Como falaria que foi sequestrada pelo próprio sogro? Como falaria que foi abordada em alta velocidade por homens fortemente armados e levada para um lugar isolado. Como falar que foi o pai dela que a enforcou?
Todas essas perguntas repetiam em sua mente, principalmente quando as sobrancelhas negras arquearam de espanto ao ouvir suas palavras.
- Você o quê?! - Gizelly exclamou e passou as mãos nos cabelos ondulados. - Pelo amor de Deus, Marcela. Como foi isso?
VOCÊ ESTÁ LENDO
Santuário
ParanormalEstudar os Santuários Marítimos do Brasil sempre foi um sonho que Marcela, professora universitária da UFRJ, sonhava em fazer desde que decidiu seguir carreira no ramo da biologia marinha. Mal sabia ela que o verdadeiro santuário estava bem mais pr...