18- Você é Insuportável

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Tá difícil de escrever, minha irmã tá passando uns dias com meu sobrinho de 3 anos aqui em casa. Mas estamos dentro do prazo, por enquanto hahahaha

Boa sorte gente, vocês vão precisar para este capítulo !!

(...)

A

té a porta do elevador abrir, Gizelly pensou que havia se passado uma eternidade e meia. O silêncio emburrado continuava firme e forte quando saíram juntas e foram até a porta do primeiro apartamento do nono andar, o 901. Marcela abriu a porta e entrou primeiro, sem cortesia alguma com a visita.

- Onde ela está? - Gi estava levemente tonta, mas não se importou.

Olhou em volta procurando pela tartaruga no primeiro cômodo e sorriu ao ver o quão arrumada era a casa da loira. Havia apenas um sofá na sala de frente para uma TV presa em um painel de madeira preta. Logo atrás havia uma pequena adega com várias bebidas que pareciam terem sido esquecidas ali há anos. Como Marcela não respondeu sua pergunta, a seguiu até a cozinha, mais uma vez sorrindo com a decoração simples, mas sofisticada.

Foi nesse momento que viu a tartaruga embaixo da mesa de jantar, mastigando um pedaço de cenoura crua.

- Meu Deus! Que linda!

Totalmente encantada, com os olhos brilhando, deixou para trás a Gizelly responsável e trouxe de volta a aluna imprudência com alma de criança irritante. Correu até lá e se sentou embaixo da mesa também, as pernas cruzadas.

- Oi, Natasha - disse com um sorriso enorme. - Como você aguenta a sua dona insuportável?

Marcela revirou os olhos. Estava com a lateral do corpo encostada no batente da porta da cozinhar, observando-a conversar animadamente com a tartaruga que tanto amava. A cena em outro momento faria dissipar toda sua raiva, mas não hoje. Estava irredutível.

- Vou chamar um Uber para você - anunciou.

- Já está me expulsando? - Ela saiu debaixo da mesa e voltou a ficar em pé

- Não, mas eu acho que já está na hora de você ir para casa.

Em silêncio, Gizelly foi se aproximando devagar. Sabia que ela estava bastante brava ainda, mas não queria que isso continuasse. Por algum motivo, a bebida ainda estava aumentando o efeito, talvez por ter sentado. Ao chegar perto, jogou a toalha, desistindo de ficar chateada com ela.

- Até quando vai ficar chateada? Desfaz essa cara, você fica mais linda sorrindo.

Sem querer, Marcela acabou sorrindo com isso, mas virou o rosto para tentar se recompor. Então voltou a olha-la.

- O que eu faço com você, Gizelly?

- Você pode me beijar.

- Não é justo você me dizer isso quando eu estou bêbada.

- Eu sempre digo algo assim para te provocar. Qual a diferença agora? - Se aproximou um pouco mais.

- A diferença é que eu quero muito repetir tudo que aconteceu naquele bendito vestiário e estar bêbada só piora tudo.

- Por isso você tá me expulsando? - Deu mais um passo para frente.

Marcela recuou um para trás, depois outro, a cada passo dado por ela. Quando se viu, estava encostada na parede do corredor.

- Eu não quero ir embora, Marcela. O que você vai fazer?

- Você não sabe o ódio que eu tenho de você.

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