19- Não Era Obrigada

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Gente, primeiramente me desculpem, o app tá bugado e postou os capítulos sem meu consentimento 🙄

Estamos de volta e talvez com maratona. Beijoooos

(...)

A temperatura na cidade do Rio de Janeiro não estava tão boa quanto os cariocas gostariam. Havia sol, quase todos os dias, mas era setembro e embora o inverno estivesse quase na porta indo embora, o ar glacial ainda estava presente nas noites e inícios de manhã. Para o carioca, 24 graus já era o suficiente para tirar o casaco do guarda roupa, as vezes mais que isso. Além de tudo, geralmente ele tinha um total de roupas de frio suficiente para ter que usar o mesmo casaco por dias, já que se lavasse, não daria tempo de secar para o dia seguinte.

E aquela manhã havia nascido tão fria quanto as outras, contudo o sol forte entrava pela janela causando um contraste térmico agradável. Era 8 da manhã quando Marcela abriu os olhos, se incomodando com a claridade do espaço. Quando se moveu com o intuito de se levantar sentiu uma pontada na cabeça, acusando uma leve ressaca em alguém que não estava mais acostumada a ficar virando doses de tequila para depois misturar com outra bebida.

Só então se lembrou que Natasha não era a única companhia da casa, por isso voltou a fechar os olhos para tentar fugir da realidade que havia se metido. Aos poucos seus sentidos foram despertando, mais lentos que a própria amiga de apartamento, e sentiu algo a apertar na altura das costelas.

Estava deitada de lado, o braço de Gizelly sobre seu corpo, a abraçando enquanto dormia de conchinha. Suspirou ao sentir o calor do corpo dela e os seios macios contra as suas costas.

De madrugada, logo após terminarem de transar, deitaram para dormir. Gizelly estava aconchegada com a cabeça em seu peito. Quando estava quase dormindo, a ouviu chamar:

- Marcela?

- Hmm?

A voz de Gizelly já estava sonolenta.

- Você estava com ciúmes da Ivy, né?

Mesmo quase perdendo a luta contra o sono, Marcela se concentrou para responder, mal sabendo que seria sua última palavra antes de finalmente apagar.

- Talvez.

Agora se lembrando disso, não sabia aonde enfiar a cara. Ainda vivia um ridículo dilema sobre querer algo e não poder, e fazer sexo com ela duas vezes seguidas não ajudou em nada. Sentia muito desejo e até gostava dela, mas não era um sentimento forte suficiente para fazer com que arriscasse tudo por causa de um romance que talvez não desse futuro.

Os desejos sexuais poderiam ser supridos de outra forma, por outras pessoas.

Mesmo assim não queria magoá-la. Muito pelo contrário, descobriu que essa era a última coisa que queria na vida. Por isso precisava pensar muito bem antes de dizer qualquer coisa para ela.

Pouco mais de cinco minutos depois, Gi também abriu os olhos devagar. Demorou um pouco para se situar, mas primeira coisa que sentiu foi a sensação de estar em um lugar diferente do qual costumava a dormir. Também percebeu que estava colada ao corpo de alguém e respirou fundo antes de se afastar para o travesseiro ao lado.

Marcela não se mexeu, ainda deveria estar dormindo. Ainda embaixo da coberta, fitou o teto por alguns segundos e só então olhou em volta. Estavam em uma cama box enorme de casal, ao lado de um guarda roupa de madeira escura. Fora isso, não havia muito mais para olhar, exceto por uma poltrona em um canto com uma mesinha cheia de livros. As paredes tinham cores neutras e, como não se lembrava da direção ao sair do elevador, o barulho dos carros indicava que a janela ficava na direção da rua.

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