A pedidos, estou de volta, mas só volto na sexta feira agora.
E vamos para mais um capítulo!!!!
(...)
Por mais que tentasse manter às rédeas da situação, no fim acabava fisgada por Gizelly de alguma forma. Agora estava louca de curiosidade para saber o que ela e sua mãe tinham conversado, como haviam de encontrado, queria saber de tudo. Nem uma, nem outra, quiseram falar. Custou a dormir de tanto tempo que passou pensando sobre o assunto. Quando acordou, tinha uma mensagem dela:
"Se você não está tão chateada, me deixa dormir na sua casa hoje e eu te conto tudo que você quiser"
Se fosse uma pessoa agressiva, bateria em Gizelly toda vez que ela usasse uma situação qualquer para benefício próprio. Ela era boa nisso, muito boa. Infelizmente para ela, era ainda melhor em dizer não - bom, pelo menos na maioria das vezes. Por isso digitou antes de se levantar:
"Nem pensar"
Se ela respondeu, não viu. Passou a manhã inteira ocupada corrigindo os trabalhos do dia anterior, afinal não queria que acumulasse com os que passaria hoje. Somente depois de almoçar que saiu, não antes de fazer um carinho em Natasha e deixar um pouco de comida reserva para aguentar até a hora que chegasse.
A aula de terça-feira foi bem tranquila, nada que a professora pudesse reclamar. Na mente ainda passava inúmeras possibilidades de conversas que Gizelly poderia ter tido com a mãe e isso a estava enlouquecendo profundamente. Tentava, muito, mas não conseguia parar de pensar no assunto.
Com a saída de sexta, acabou se aproximando um pouco de Ivy. Nada muito exagerado, apenas algo que a fizesse dar um boa noite ao invés esperar que ela desse para poder responder depois. E, assim que ela entrou na sala junto com Gizelly, perguntou se a mãe dela estava de sentindo melhor. Com isso, acabou se tocando que, mesmo sentindo ciúmes da morena com Gizelly, havia gostado dela de alguma forma.
Quando a aula acabou, encontrou Gizelly na portaria esperando, já que as terças a última aula dela era do Guilherme. Como sempre ela reclamando muito que não conseguia entender nada e que muito provavelmente iria para a prova final se continuasse daquela forma.
- Eu posso te ensinar a matéria - se pegou dizendo, o que surpreendeu e muito a aluna.
- Você não está falando sério.
Marcela apenas deu de ombros, dando um sorriso quando a estudante começou a comemorar em silêncio. No fundo, bem no fundo, ainda estava chateada pelas coisas que ela havia dito, mas superficialmente não conseguia tratá-la mal. Sabia que ela havia pensado bastante sobre o que aconteceu e que continuava pensando mesmo depois de fazerem as pazes.
De alguma forma era como se a conhecesse desde sempre, como se tivessem se conhecido em outras vidas. Isso causava-lhe uma sensação esquisita, mas Marcela toda vez que a via, sentia voltade de dizer "Saudade", não "Oi". Era como se cada encontro fosse um reencontro e cada reencontro fosse uma lembrança do que viveram em outras vidas. Era como um reencontro de almas.
Por Deus, estava divagando demais. Revirando os olhos, ligou o som em uma rádio qualquer e passou para a próxima estação quando um pagode começou a tocar. Passou pelo sertanejo também e deixou em uma que tocava música pop internacional. Mas, como sempre incoveniente, Gizelly voltou para a rádio anterior e deixou no sertanejo.
- Sério, Gizelly?
A morena deu de ombros, reproduzindo o que a loira tinha feito e falado na noite anterior.
- Eu gosto.
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Santuário
ParanormalEstudar os Santuários Marítimos do Brasil sempre foi um sonho que Marcela, professora universitária da UFRJ, sonhava em fazer desde que decidiu seguir carreira no ramo da biologia marinha. Mal sabia ela que o verdadeiro santuário estava bem mais pr...