Oi, meus amores. Sei que tô sumida. Fiquei muito doente depois que cheguei de viagem e ainda tô mal. Na quarta fui dispensada do trabalho e não conseguia nem olhar pro celular. Então tô me esforçando ao máximo para trazer esse capítulo hoje para vocês.
Então votem e comentem muito, tá?
Desculpem o sumiço.
Beijos ♥️
(...)
Marcela estava começando a ficar irritada porque a namorada não atendia a porcaria do telefone. Tentou ligar mais um par de vezes, mas novamente só chamou e ninguém atendeu. Não era possível, de verdade. E não era a única que estava preocupada, todo mundo ali estava.
E odiava se sentir impotente, sem saber o que fazer. Não sabia se deixava o aeroporto e ia até a casa dela para saber se estava tudo bem ou se simplesmente esperava ali plantada por alguma notícia. Droga, queria matar Gizelly. E aquela não era a primeira vez que queria arrebentar ela. Estava morrendo de preocupação.
- Será que aconteceu alguma coisa? Ela não é de ficar muito tempo fora de área - foi Rafa quem falou depois de alguns segundos em silêncio. As pessoas já se encaminhavam para o corredor que levava até o avião.
- Eu não vou sem ela - a professora avisou, prestes a sair correndo dali.
- A gente está sem tempo - Ivy revirou os olhos, irritada. Aonde será que a amiga tinha se metido? - Já é a última chamada.
Se não fosse nada, Marcela jurava que iria xingar a morena quando a visse, mas para isso acontecer primeiro ela precisava chegar. Olhava a todo instante para o vidro de onde as pessoas caminhavam à procura de seus voos, e foi nessa hora que viu a estudante correndo com uma mochila nas costas, como se a vida dependesse daquilo. Destrambelhada, esbarrava no máximo de pessoas que conseguia.
- Última chamada para o voo - um funcionário próximo avisou. - Encerraremos a tolerância.
- Ela chegou - Má disse em um misto de alívio e chateação. - Finalmente.
Gizelly passou como furacão pela roleta, apresentando os comprovantes para o responsável pela passagem dos passageiros. Em segundos ela chegou até onde estavam esperando sem um pingo de paciência.
- Gente, desculpa. Eu peguei um engarrafamento horrososo no caminho - a estudante chegou pegando na mão da namorada. - Vamos, senão a gente perde o voo.
- Você é impressionante - Ivy fez uma careta. - A gente quase perdeu o voo por sua causa.
- Eu sei, eu sei - e fez uma careta. - Vamos logo.
E ninguém falou mais nada, mas a expressão no rosto de Marcela já dizia muito por todo mundo. Enquanto passavam pelo corredor até a entrada da aeronave, Gi olhou para a namorada pelo menos umas cinco vezes, mas ela não retornou o olhar. Estava de cara fechada, provavelmente muito chateada.
- Muito chateada? - Elas entraram no avião. Marcela não respondeu.
Procuraram em silêncio os assentos que estavam registrados na passagem, então depois de sentarem e colocarem o cinto de segurança, Gi perguntou de novo:
- Vai ficar sem falar comigo mesmo?
- Eu deveria falar? Porque eu tentei falar com você várias vezes e você não atendeu a porcaria do celular. E não foi só eu que liguei.
Certo, realmente merecia esse tipo de tratamento, mas ainda assim Gizelly não conseguiu evitar em dar um suspiro longo. Marcela ergueu uma sobrancelha, sem entender.
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Santuário
ParanormalEstudar os Santuários Marítimos do Brasil sempre foi um sonho que Marcela, professora universitária da UFRJ, sonhava em fazer desde que decidiu seguir carreira no ramo da biologia marinha. Mal sabia ela que o verdadeiro santuário estava bem mais pr...