Oooooi, olha quem voltou?
E aí, preparados?
Boa leitura ♥️
(...)
Tudo que Marcela queria era conseguir tirar do peito toda a angústia que estava sentindo. Sentia ciúmes da Rafa, muito, mas não era isso que mais a incomodava. Não era ela estar com Rafaella, elas eram melhores amigas e sabia que em um momento como aquele, as pessoas precisavam de alguém para conversar.
A única coisa que a deixou chateada mesmo, além de toda a situação em si que se sucedeu, foi ela não ter enviado uma mensagem dizendo que estava bem. Não precisava falar se foi para casa ou não, como ela realmente havia dito, não tinham nada, não precisavam contar tudo o que faziam uma para outra.
"Com certeza elas estão conversando, amiga. Não fica chateada não. Eu só mandei a foto porque você estava preocupada"
Bianca muita das vezes era somente uma safada rica que gostava de brincar com os sentimentos das garotinhas indefesas, normalmente alguma saía com o coração partido porque ela preferia seguir solteira a ter que se apegar e manter algo sério com quem quer que fosse. Por esse mesmo motivo que tiveram tantas transas casuais, relacionamentos de uma semana inteira sem envolvimento sentimental e continuavam gostando uma da outra sem risco de se apaixonarem.
Apesar disso tudo, a morena era uma excelente amiga, acima de qualquer coisa. Acabou sorrindo com a resposta dela. E digitou de volta:
"Não estão mais ficando?"
"Rafa e eu? Todo dia se deixar, mas você sabe que eu não me apaixono"
Alessia se aconchegou mais em seu corpo, arrancando-lhe um sorriso. Fez um carinho de leve na cabeleira escura e voltou a digitar para a amiga.
"Cuidado, vai acabar pagando com a língua"
"Sai fora, maluca"
Marcela gargalhou, mas se calou na mesma hora quando percebeu que Alessia se mexeu na cama, incomodada com o barulho. Então se despediu da amiga também e deixou o celular embaixo do travesseiro. Dormiu abraçadinha com a sobrinha e pensando em Gizelly.
(...)
Por mais que tivesse tentado ao máximo não fazer barraco na casa dos outros, Gizelly não tinha sangue de barata. Estava tudo ocorrendo bem, até demais, gostou de toda a família de Marcela. Eles eram muito hospitaleiros e também muito simpáticos. O mais introvertido era Enzo, mas aos poucos ele foi se soltando. Chegaram a trocar algumas palavras e riram juntos em alguns momentos.
Mas só foi a ex chegar para tudo começar a desandar. Não sabia de onde ela havia saído e nem para onde ia, a única coisa que tinha certeza era que não foi nem um pouco com a cara dela. Não era obrigada a lidar com esse tipo de coisa, ser afrontada daquela forma. Estava nítido que ela percebeu que estavam juntas, ela e Marcela, e por isso agiu de modo tão hostil.
Estava morrendo de ciúmes de Marcela. Não tinha como comparar... Droga, a cena do abraço não saía da sua cabeça. A loira não queria o contato, estava estranha, fria, aérea, mas quando abraçou Carolina, os segundos a mais se tornaram uma realidade para Gizelly. Estava com raiva disso, com raiva por perceber que algo muito errado havia acontecido e que ainda mexia com Marcela.
Irritada, pegou o celular enquanto dirigia pelas ruas do centro e ligou para a única pessoa que podia distrai-la naquele momento. A outra pessoa estava com Mari, então não tinha condições, não tiraria a amiga do encontro. A ligação chamou uma, duas, três vezes, até que ela atendeu, o som saiu do rádio do carro, via bluetooth.
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Santuário
ParanormalEstudar os Santuários Marítimos do Brasil sempre foi um sonho que Marcela, professora universitária da UFRJ, sonhava em fazer desde que decidiu seguir carreira no ramo da biologia marinha. Mal sabia ela que o verdadeiro santuário estava bem mais pr...