1- Quer Ajuda?

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E aqui estamos de novo com mais um projeto! Nem tô acreditando, mas tô amando demais escrever essa história, que tem tudo para ser um de meus melhores enredos!

Tomara que gostem, sinceramente. Espero muita interação entre a gente nesse novo caminho a seguir ♥️

Beijos e até o próximo 🥰

(...)

Ser professor tinha vários significados para a sociedade. Era ser o exemplo para os alunos, era ser a imparcialidade para qualquer assunto preferido, era ser o detentor principal do conhecimento a ser passado. Dentre outras um milhão de coisas que pesavam sobre os ombros de todos os docentes do mundo

Marcela se importava muito com isso, com a forma que seus alunos a viam na sala de aula. Já lecionou para adolescentes por três anos e simplesmente odiou. Era um saco ter que lidar com tanta imaturidade, não tinha paciência e era exaustivo. Tinha dias que tudo que queria fazer ao chegar em casa era gritar com a cara enterrada no travesseiro. Naquela época pensava que ensinar biologia havia sido a pior decisão da sua vida.

Por isso decidiu voltar para o meio acadêmico. Acabou fazendo mestrado em biologia marinha e seguia a mesma linha agora com doutorado. Aos 32 anos tinha uma carreira sólida de quatro anos sendo professora universitária na Universidade Federal do Rio de Janeiro. Com mais de trinta títulos, seu currículo acadêmico era muito invejado.

Apesar de gostar muito do que fazia, a vida de lecionar e estudar era realmente muito cansativa. Embora as pesquisas nunca parassem, Marcela estava feliz por finalmente poder começar sua dissertação de doutorado. Era a parte mais aguardada, gostava de se perder nas pesquisas.

Durante semanas vários temas foram descartados e no fim acabou ficando com um que ainda havia sido muito pouco estudado no Brasil. Decidiu sobre observar o comportamento dos animais em cativeiro, porém o local escolhido foi o novo aquário do Rio, o AquaRio. A ideia era ver até onde o enorme público que visitava o novo ponto turístico poderia interferir no comportamento natural dos animais.

Esteve tão ansiosa com a reunião com o diretor geral do aquário que mal dormiu na noite anterior ao dia. Felizmente deu tudo certo e ele assinou a autorização para o estudo, afinal a UFRJ era muito bem aceita e eles não tinham nada a temer, pois a empresa possuía o celo de sustentabilidade da marinha.

Ainda era recesso de meio de ano, por isso teve algum tempo para ajeitar as coisas em casa. Morava na Barra da Tijuca, em um bairro completamente oposto ao que ficava a universidade. A Ilha do Fundão era longe para muitos alunos e professores, mas no fim valia a pena cada segundo passado naquele lugar.

Era uma quarta-feira, dia 29 de julho, quando acordou às oito da manhã pronta para o primeiro dia de pesquisa. Levantou da cama rapidamente e logo fez a higiene matinal, estava animada demais, mal conseguiu dormir de tanta ansiedade. Odiava sofrer com isso, mas aprendeu a conviver depois de um tempo e parou de ir ao psicólogo quando saiu da adolescência.

Não aguentava mais ver a cara da psicóloga e muito menos ouvi-la falando toda hora a mesma coisa em todas as sessões. Brigou com os pais e os convenceu de que não iria mais, porém acabou voltando para as consultas quando começou a dar aula para os benditos adolescentes, mas com outro profissional. Nessa época a ansiedade era o menor de seus problemas.

Embora quisesse chegar logo, dirigiu com calma pelas ruas da capital do Rio de Janeiro e logo estava chegando ao centro da cidade, onde o antigo conjunto de armazéns abandonados foram reconstruídos como um novo ponto turístico, somando com o aquário e também a nova roda gigante logo atrás, que era uma fortuna para usar.

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