13- Você Está Confiante Demais

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Vim mais cedo hoje porque vocês merecem hahahah

Espero que gostem do capítulo viu? Beijoooos

(...)

Depois de dar a aula da tarde, que era uma disciplina do sétimo período, Marcela recebeu uma mensagem de Thelma chamando-a para lanchar antes das aulas da noite. Como havia um intervalo de uma hora entre os turnos, aceitou o convite e se encontrou com a amiga em frente ao departamento de biologia do campus de saúde.

Thelma não dava aula para o curso de biologia marinha, mas ministrava aulas de anatomia para os cursos de odontologia, educação física e dança, em horários diferentes. Seus caminhos se cruzaram na fila do bandejão, há dois anos, e desde então acabaram se aproximando. Gostava da companhia dela e, quando não estavam atoladas de compromissos acadêmicos, saíam vez ou outra para beber uma cerveja.

Assim que se encontrou com ela, a abraçou apertado e avisou que deixaria as coisas no departamento para que pudessem ir. Então, agora sem nada para carregar, foram juntas para o bloco A, onde ficava o refeitório principal do campus.

- Guilherme falou que você me procurou um dia desses, por que não me mandou mensagem?

- Eu estava com pressa, mas não era nada de mais. É raro conseguirmos nos ver - Thelma deu de ombros ao ajeitar a bolsa sobre os ombros.

- Aí você ficou com saudade e veio me procurar, entendi.

Ambas riram com isso e logo chegaram ao refeitório, que era composto por uma pequena quantidade de mesas e cadeiras que Marcela simplesmente odiava pelo fato de serem pregadas ao chão. Odiava sentar sem espaço para as pernas, mas ainda assim decidiram ficar por lá mesmo.

Ao redor das mesas havia dois restaurantes self service a quilo. Geralmente um era frequentado pelos professores e o outro pelos alunos, por causa da diferença absurda de preço. Marcela sempre descartava os dois e ia ao bandejão, onde pagava 8,75 por uma refeição completa, com direito a suco e ainda sobremesa. Economizar faz bem a alma.

- O quê você vai comer? - A professora de anatomia perguntou.

- Eu já almocei. Acho que vou ficar com o pavê ali da confeitaria.

- Eu te acompanho então, também não estou com vontade de comida.

De frente para os restaurantes dentro do prédio, havia uma loja minúscula de doces. Marcela escolheu um pavê de chocolate branco e uma bomba de chocolate. Estava louca para comer doce desde cedo e queria que a glicose simples aliviasse toda o estresse que estava passando.

Mas foi somente se virar com as guloseimas na mão que se deparou com Gizelly na mesa do canto, mais próximo do restaurante caro. Mesmo que ela não a tenha visto, seu corpo retesou automaticamente. Ela estava com três livros sobre a mesa, sentada de frente para Ivy estudando para a prova de daqui a pouco.

- Tudo bem? - Thelma tentou procurar o que estava olhando, mas o refeitório estava cheio.

- Tudo. Vamos sentar.

Sua intenção era sentar de costas para as alunas, mas Thelma fez o favor de ter a mesma ideia, então acabou se sentando de frente para Gizelly, a quatro mesas de distância. Embora várias pessoas estivessem sentadas entre as duas, de onde estava sentada conseguia vê-la pelo canto dos olhos.

- Me conta como está sendo a sua pesquisa?

Marcela abriu o pote de pavê e enfiou a colher, tirando um pedaço mediano. Falou antes de levá-lo a boca:

- Estou progredindo bem. Acabei de montar um questionário.

Thelma comia um brigadeiro enorme e ouvia atentamente a amiga. A todo instante dezenas de alunos passavam pelo corredor, indo para as salas, procurando algum lugar para comer e se sentarem. Esse horário só não era mais movimentado que a hora do almoço, mas ainda assim o falatório chegava a ser insuportável, mas Marcela não ligava muito. Era bom ficar no meio da muvuca de vez em quando.

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