Ooooi. To pensando seriamente em voltar a postar todo dia, porém revesando entre essa e Transatlântico. Me dizem o que vocês acham?
Espero que gostem do capítulo.
Amanhã volto em Transatlântico então.
Beijoooooos e boa leitura ♥️
(...)
Durante a semana, Marcela acabou se vendo muito atolada com tarefas acadêmicas, então não tinha muito tempo para ficar pensando em como Gizelly mexia consigo. Isso era bom, queria tirar esses pensamentos da cabeça da uma vez por todas.
Na terça, a aula de Biologia I correu bem e aproveitou para falar de novo sobre a data da prova e também de um trabalho enorme que valeria como nota complementar. Gostava de passar trabalho, só odiava ter que corrigi-los, então pediu para que fosse em trio.
Só foi então que notou que a morena se havia se aproximado bastante de uma garota alta de cabelos lisos e negros, Ivy Barbosa. Tentava não prestar muita atenção na interação das duas, mas as vezes era impossível. Desde quando elas haviam se aproximado tão rápido daquela forma? Gizelly até mudou de lugar, sentando mais próximo da parede, para ficar mais perto da garota.
Constantemente conseguia ouvir a risada das duas enquanto estava de costas desenhando alguma coisa no quadro para melhor compreensão dos alunos, mas sempre utilizando o projetor para a maioria da aula. Preferia trabalhar dessa forma, alternando entre os dois, dava mais dinamismo.
Um milhão de vezes repetiu para si mesma que aquilo que estava sentindo não era ciúme da menina. Estava feliz por ela ter arrumado uma amizade, afinal sempre a via sozinha pelos cantos da faculdade. Ela merecia ter pessoas por perto, a personalidade dela pedia por isso.
Então finalmente o sábado chegou e precisou adiantar as coisas em casa antes de ir para o aquário dar continuidade em sua pesquisa. Então faxinou tudo enquanto The Beatles tocava em um volume considerável. Quando terminou tudo, almoçou rapidinho e saiu de carro.
O dia correu até mais tranquilo do que imaginava. Conseguiu fazer bastante anotações, mas parte da sua mente se perguntava onde é que Gizelly estava. Não queria chegar perguntando por ela para algum funcionário, seria estranho, então seria bem difícil a garota a encontrar no meio de tanta gente estranha. Era quase quatro da tarde quando seu celular tocou de repente. Franzindo as sobrancelhas, atendeu mesmo sem saber quem é.
- Pensei que você tivesse dito que iria passar o dia comigo, prof - Marcela sorriu ao reconhecer a voz do outro lado da linha.
- Como conseguiu meu número pessoal?
- Esqueceu que eu sou filha do diretor?
- Não acredito que fuçou meus dados, Gizelly.
- Eu não tenho culpa se você não usa o número que tá no grupo da turma - de alguma forma, Marcela conseguiu visualiza-la revirando os olhos, mesmo sem poder vê-la. - Onde você está?
- Você é uma criança mimada, sabia disso? Estou nos primeiros aquários.
- Não sai daí - ela ignorou sua pergunta, como sempre. - Já, já eu chego.
Mesmo sabendo que precisava ter total atenção a pesquisa, acabou sorrindo com o simples fato de a garota estar chegando. Vez em quando se pegava pensando em como estava gostando da companhia dela, mesmo sem as papas na língua e o descaramento natural. De certa forma Gizelly havia colorido seu mundo e estava gostado disso.
Pouco mais de cinco minutos depois ela chegou, esbanjando sensualidade com um shortinho jeans e uma camisa duas vezes maior que o próprio corpo, nos pés um par de botas de couro sem saltos. Marcela sorriu de leve ao abraça-la enquanto tentava segurar o iPad com uma das mãos.
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Santuário
ParanormalEstudar os Santuários Marítimos do Brasil sempre foi um sonho que Marcela, professora universitária da UFRJ, sonhava em fazer desde que decidiu seguir carreira no ramo da biologia marinha. Mal sabia ela que o verdadeiro santuário estava bem mais pr...