Meu Deus, consegui vir. Está tudo muito bagunçado na minha vida, eu odeio ficar tanto tempo sem vir. Me desculpem mesmo.
Segunda eu entro de férias em um dos dois trabalhos, então vou ficar mais tranquila por um mês kkkk
PS DO CAPÍTULO: O pai da Gizelly é fictício, okay?
Então vamos?
(...)
Nunca peça favor aos seus pais se você esconde algo deles.
Era pouco mais de duas horas da tarde quando Gizelly ouviu um estouro do lado de fora do carro e por algum motivo perdeu um pouco do controle do volante. Estava quase saindo da Barra para entrar na Linha Amarela quando isso aconteceu e por pouco não bateu no carro da frente. Felizmente conseguiu jogar o carro para o acostamento e freou até que ele parasse.
Com um suspiro, olhou para o relógio de pulso antes de soltar o cinto de segurança e enfim abrir a porta do carro para verificar o que diabos tinha acontecido. O dia estava quente e o sol fazia com que um vapor tremeluzente saísse do asfalto fumegante.
Ao rodear o veículo, constatou que a roda traseira da esquerda havia furado e consequentemente estourado. Irritada, passou a mão no rosto e imediatamente ligou para o seu pai, que foi a primeira pessoa que acabou vindo a sua cabeça.
Se ela soubesse as coisas que iria acontecer mais para frente, não teria ligado para ele. Preferiria ficar plantada o dia inteiro no sol esperando por uma ajuda divina a ter que passar pelo que estava por vir.
Como ele estava no Centro, foi enviado primeiro o reboque que ele pediu, mesmo que apenas uma troca de pneu resolvesse o problema facilmente, mas estava muito atrasada para a aula e não quis ficar para ver como seria o andamento da solução do problema.
Já precisou ficar mais de meia hora esperando que alguém chegasse e pegasse a chave do seu carro, por isso pegou o Uber mais perto e correu para a faculdade. Se chegasse atrasada, Marcela ia comê-la viva. Porque agora era assim, não podia fazer nada que ela reclamava com a seguinte jogada na cara: ninguém mandou você puxar matéria do sétimo período.
Era um saco.
No final do dia, voltou de carona com ela e se beijaram duas vezes antes de chegar a portaria de seu condomínio. Quando estava passando pelas ruas desertas do lado de dentro, acabou vendo um carro muito familiar entrar pelo portão principal de veículos e passar ao seu lado em uma velocidade tão mínima que mais um pouco parava. Foi então que aconteceu, o carro parou ao seu lado e automaticamente o vidro desceu devagar a seguir, causando-lhe um choque na mesma hora.
Era seu pai... e a única coisa que passou por sua cabeça foi a seguinte palavra: Fodeu.
(...)
Para que servem os filhos, se não para estar ao lado dos pais desde o momento do nascimento até os últimos dias de suas vidas?
Era assim que Gabriel pensava.
Seu grande sonho sempre foi ser pai, algo que tinha em mente desde jovem. Criar e educar uma criança de acordo com seus princípios, fazer dela uma pessoa justa e honesta, trabalhadora. Foi por isso que um dos dias mais felizes da sua vida foi quando Márcia descobriu que estava grávida, mesmo ambos tendo sido pegos desprevenidos. Ainda namoravam na época, mas se casaram logo depois.
A princípio queria um menino, como a maioria dos pais. Queria levá-lo para jogar bola, passear de carro, ensinar coisas para ele de homem. Queria que ele fosse sua melhor companhia em jogos de futebol, a falar sobre carros e política. Tinha certeza que ele seria um excelente membro da direita, dando orgulho ao seu pai.
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Santuário
ParanormalEstudar os Santuários Marítimos do Brasil sempre foi um sonho que Marcela, professora universitária da UFRJ, sonhava em fazer desde que decidiu seguir carreira no ramo da biologia marinha. Mal sabia ela que o verdadeiro santuário estava bem mais pr...