✶ Capítulo cinquenta ✶

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A luz da manhã entrava pela sacada amornando o quarto, enquanto ao longe, o ranger dos cascos de navios atracando e partindo do porto preenchia o ambiente com uma tranquilidade ilusória

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A luz da manhã entrava pela sacada amornando o quarto, enquanto ao longe, o ranger dos cascos de navios atracando e partindo do porto preenchia o ambiente com uma tranquilidade ilusória.

Loren deslizou a mão pela cama, e por um breve momento, sentiu-se desorientada. O leito lhe era estranho, mas o perfume de Don ainda permanecia nos lençóis, como se ele estivesse ali, mas, ao se virar, encontrou o espaço vazio ao seu lado.

As memórias da noite anterior invadiram sua mente em fragmentos vívidos: os toques ardentes, os suspiros roucos, a sensação da boca dele a explorando de forma tão íntima. Mas não era apenas o desejo que ainda latejava em seu corpo, algo profundo dentro de Loren havia despertado. Sua magia, agora pulsava com uma força nova e indomável, como se a conexão entre eles tivesse liberado um poder adormecido em seu interior. Ela podia sentir correndo por suas veias, tão intensa que fazia sua pele inteira formigar.

Loren sentia-se viva de uma maneira completamente nova.

De repente, ouviu vozes acaloradas vindas do quarto ao lado. A curiosidade e a preocupação se misturaram, ela precisava ir até lá. Caminhou lentamente pelo corredor, os pés descalços tocando suavemente o chão frio. Logo percebeu que a discussão vinha do quarto onde Ryan estava hospedado. A garota aproximou-se da porta entreaberta, esforçando-se para captar o que era dito. A voz grave de Don, era inconfundível.

— Anda logo, me mostre a pedra.

— Não tem nada na minha pedra — Ryan resmungou, a voz ainda arrastada pelo sono.

— Não a sua pedra, idiota. A pedra dela!

Loren, à espreita, sentiu um redemoinho de emoções agitar-se em seu peito, sendo alimentadas pela tensão na voz dele. Ela empurrou a porta com cuidado, revelando a cena à sua frente.

Ryan estava deitado na cama, com uma garota agarrada a cada lado, os braços delas enroscados ao redor do corpo dele, enquanto sorrisos sonolentos brincavam em seus lábios.

Diante da cama, de pé, estava o príncipe — vestindo apenas suas calças pretas. Suas costas largas, cobertas por cicatrizes, estavam expostas à luz suave do amanhecer. Loren reconheceu cada marca com uma intimidade desconcertante.

Ryan, ao vê-la, arregalou os olhos em choque, como se a presença da sacerdotisa finalmente o tivesse tirado de seu torpor. As garotas, ainda agarradas a ele, despertaram, se entreolhando confusas, enquanto o mago saltava da cama de forma desajeitada, lutando para se desvencilhar dos braços delas e pegar as calças jogadas no chão.

Em um gesto instintivo, Loren levou as mãos aos olhos, seu rosto queimou de vergonha ao tentar evitar a visão do mago completamente nu, uma visão que, honestamente, era fascinante — contornos bem definidos delineavam seu corpo de uma maneira irresistível, arranhões causados por mãos femininas marcavam sua peitoral descendo para o abdômen, e que abdômen, esculpido propositalmente para se tornar o caminho à perdição.

A Torre Invertida - Volume IOnde histórias criam vida. Descubra agora