"confusão"

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Narrado por Helena.

E quando se vê, os meses voam ! Não conseguia acreditar que aquela coisinha tão pequenininha que nasceu de mim já dava altas risadas e já sabia identificar quem era quem de seus rostos favoritos,  já até sabe ficar sentado sozinho, seis meses do grande amor das nossas vidas...

H: cadê a mamãe ? ( Apareço em seu campo de visão e ele gargalha, uma risada gostosa e cheia de sinceridade, era como se aquela brincadeira fosse a coisa mais engraçada do mundo inteiro) Gostos da mamãe !! ( Pulo na cama onde ele está sentadinho e o beijo e ele rir )

O: quanta risada gostosa! ( Aparece na porta do quarto que estava aberta ) Estávamos escutando lá de baixo!  ( Ao vê sua avó ele bate palminhas) Ohh minha vida ! ( Vem até ele que feliz estende os bracinho e rio )

H: É assim filho? Me abandona tão fácil? ( Mamãe e eu rimos e ele rir porque riamos também)

O: é o príncipe da vovó! ( Dá vários beijinhos nele ) Como pode hein ? A cara de Bento ! ( Rio revoltada mas já conformada )

H: não toca nessa assunto, estou trabalhando isso na terapia! ( Brinco e rimos )

O: O café da tarde tá pronto, vamos comer? ( Breno não perdeu a inteligência e a atenção em tudo e viu que mamãe havia posto um brinco e logo foi cotucar)  Aiii...

H: não pode filho ! ( Oriento e ele me olha e olha para o brinco)

O: a vovó furou hoje de manhã, tá dolorido... ( O explica e aos poucos vemos seu bico ser criado e em segundos o choro começa e ele se joga para meu colo quando me aproximo ) Ohh amor, não fica assim...( Dolorosa, por isso que ele as vezes, quase sempre, era muito mimado )

H: não chora filho! ( Falo paciente e ele chorava com a cabeça em meu ombro, parecia que ele até tinha apanhado, chorava em um dengo e desgosto) Não pode pegar porque a vovó furou hoje, dói nela !! ( Lhe dou a chupeta mas ele não quer )

O: pode pegar meu amor... ( Como sempre mamãe faz isso )

H: não mamãe, não pode ! Ele não pode causar dor nas pessoas só porque ele quer !

Digo firme e minha mãe não contesta , até porquê eu que sou a mãe dele, ela sempre aceita bem minhas ordens a ele, não vou dizer que ela nunca vai contra, mas na maioria das vezes ela sempre segue tudo certinho. Desviamos as escadas e Breno chorava mais, ele já estendia quando levava bronca.

Lu: o que aconteceu? ( Largando a xícara preocupado )

H: Recebeu um não !

Lu: por que você disse não a ele ? ( Doloroso ao ver ele chorando e o pega e o dengoso de meu filho o abraça) Calma vovô... ( Lhe dava carinho)

N: faz esse pirralho calar a boca Helena! ( Desce as escadas brava)

H: chama meu filho de pirralho de novo que eu quebro tua cara ! ( Digo brava )

N: não aguento mais esse menino mimado, porque não procura logo uma casa pra você ?

H: não se preocupe, Bento e eu já começamos a conversar sobre isso ! ( Digo brava e pego Breno novamente com cuidado para lhe dá o peito )

O: não, não... Por Deus Lena, não faz isso , para com isso Nay !! ( Vejo o rosto desesperado de minha mãe e de meu pai )

Lu: não precisam ir embora, e para de falar assim do Breno Nayara, eu já te disse que não tolero isso ! ( Bravo ) Por Deus Helena, não saiam daqui, não tirem o nosso netinho da gente! ( Choroso )

H: Ohh pai, não tá tendo como ficar, não guenta mais essa menina! ( Aponto para Nayara e vou pra cozinha e sento em uma cadeira enquanto meu filho mama seu têtê)

O: ela não vai mais dizer absolutamente nada!! ( Mamãe dizia brava) Eu não admito Nayara, está me escutando? ( Brava )

N: vocês querem que eles vivam o resto da vida aqui ? ( Debochada começa a cortar o bolo )

Lu: não é de sua conta, a casa é de Helena e do Bento também, eles quem dividem tudo com a gente! antes era só a Helena que dividia as contas com a gente, daí o Bento chegou e também fez questão de começar a ajudar !

N: eu também ajudo !

O: mentira ! ( Brava ) Eu não quero mais ouvir você dizendo absolutamente nada com o Breno e você Helena muito menos com essa ideia de sair daqui ! ( Chorosa ) Eu não consigo ficar longe de meu netinho... ( Senti pena de minha mãe, ela nunca chorava e não gosto de ver ela chorando, Breno e ela são muito apegados )

H: não chora mamãe... ( Vejo a dor e a tristeza em seus olhos, apenas pela possibilidade, era um amor incondicional que ela tinha pelo meu filho, esse era um dos motivos que prendia eu e Bento aqui, principalmente o Bento, já que o nosso filho não tinha essa amor da mãe de Bento)

B: boa tarde... ( Chegou e em rapidez Breno larga meu peito sentando e procurando a voz do seu papai )  O que houve sogra ? ( Preocupado mas a atenção foi voltada pra Breno que se esperneia querendo o pai ) Calma amor... ( Rindo deixa umas sacolas na mesa e retira o Blase de seu corpo o pondo na cadeira e o pega )

H: calma filho, que desespero! ( Digo e acabou rindo e sorrio ao ver meu bebê abraçando o papai dele )

B: oi meu amor... ( Me dá um beijo rápido ) O que houve Oli? Não gosto de te ver chorando... ( Vai até ela e a abraça e ela abraça ele )

O: não vão embora daqui... Por favor, eu não sei viver sem meu netinho sempre pertinho de mim... ( Olha dolorosa nos olhos de Bento que me olha doloroso por ela ) Por favor meu filho... Deixem ele ficar maiorzinho...

B: não fique assim... A gente não vai! ( Ela respira aliviada abraçada com Breno e Bento, resolvendo assim momentaneamente a confusão)

H: Breno não !

Digo quando caladinho e desconfiado ele novamente tenta pegar o brinco de mamãe , acabamos rindo quando ele me olha com bico e bravo esconde a face no pescoço do seu papai. Aí, aí... Esses Breno !

....

Continua....

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