41 - a jacuzzi

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12 de novembro; 2024
AMÉLIA MARTINEZ

A noite estava começando a se instalar, e o aroma do jantar preenchia o chalé, criando uma atmosfera acolhedora. Eu estava na cozinha, concentrada no ponto da massa que estava cozinhando. A panela borbulhava suavemente, e o cheiro da água quente era quase terapêutico. Meus pensamentos dançavam entre a receita e os momentos que passei ao lado de Gabi mais cedo, um sorriso involuntário surgindo em meu rosto.

— Amélia, eu ralo o queijo aqui? — Anna perguntou, segurando um potinho pequeno de parmesão com um sorriso travesso. Ela parecia estar se divertindo tanto quanto eu, e o brilho em seus olhos refletia a alegria que a noite prometia.

Eu estava tão absorta na tarefa que demorei um pouco para responder. O vapor que subia da panela me fazia sentir que estava no caminho certo, mas Anna, impaciente como sempre, decidiu apressar as coisas.

— Oh, minha querida! Você me responde logo, porque se eu quisesse falar sozinha, eu usava droga! — ela exclamou, em um tom exagerado que fez com que eu soltasse uma gargalhada.

— Que isso, Anna! — eu ri, o som da minha risada misturando-se ao tilintar das panelas. — Sim, pode ralar aí.

Com um movimento ágil, Anna se aproximou da mesa e começou a ralar o queijo, os sons do ralador ecoando no ambiente. Eu voltei a me concentrar na massa, mexendo-a delicadamente para garantir que não grudasse. O cheiro da mistura de água e sal se intensificava, e eu já podia imaginar a refeição deliciosa que estava prestes a preparar.

Nesse momento, a porta da cozinha se abriu, e Marina entrou, sua energia vibrante iluminando o espaço.

— Quem vai usar drogas aqui? — ela perguntou, com uma expressão de falsa indignação, mas um sorriso malicioso nos lábios.

— Ou melhor, quem já usa! — Belle apareceu logo atrás de Marina, a expressão dela revelando que ela estava sempre pronta para uma boa piada.

As duas se juntaram a nós, rindo da situação. Mariana se apoiou na bancada, observando Anna com o queijo, enquanto Belle pegava uma cenoura e começava a cortar em palitinhos, criando uma pequena salada improvisada.

— O que vocês estão aprontando? — zhu ting perguntou, arqueando uma sobrancelha.

— Apenas tentando não deixar a Anna em estado de ebriedade com tanto queijo! — eu brinquei, rindo mais uma vez.

— É verdade, esse queijo é quase uma droga! — Anna interveio, rindo enquanto continuava a ralar, parecendo cada vez mais determinada a transformar o queijo em uma montanha.

— Eu prefiro que ela fique alta de carboidratos! — Belle comentou, cortando a cenoura com habilidade. — Isso sim é uma viagem!

A cozinha estava cheia de risadas e a energia leve de boas conversas, cada uma de nós contribuindo para o clima descontraído da noite. O cheiro do jantar estava se intensificando, e a ideia de compartilhar aquela refeição com as minhas amigas me fazia sentir bem. Momentos como esse eram os que eu mais valorizava, onde as pequenas coisas se tornavam grandes lembranças.

— Ok, ok, a massa está quase pronta! — eu anunciei, mudando de assunto enquanto retirava a panela do fogo. — Vamos nos concentrar no jantar, e deixar as drogas para depois!

Mais risadas ecoaram enquanto eu escorria a massa, e, ao olhar para as minhas amigas, percebi que não havia lugar melhor para estar. Ali, na cozinha do chalé, rodeada de pessoas que amava, eu sentia que o mundo lá fora poderia esperar. A noite ainda estava apenas começando, e eu sabia que mais risadas e histórias estavam por vir.

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