19 de novembro; 2024
AMÉLIA MARTINEZA ansiedade estava palpável no ar. Hoje era o dia do grande jogo, e a expectativa era ainda maior porque minha família estaria na plateia. Desde que comecei a jogar, sempre sonhei em tê-los me apoiando de perto, e finalmente esse dia havia chegado. O ginásio estava vibrante, cheio de torcedores e a energia era contagiante. O calor humano, os gritos de incentivo e a música tocando ao fundo tornavam o ambiente eletricamente emocionante.
Enquanto me aquecia, olhei para a arquibancada e consegui identificar meus avós e minha irmã. Eles estavam lá, com sorrisos radiantes e cartazes feitos à mão. Meu coração se aqueceu ao vê-los. Lembrava-me de todas as vezes que joguei em casa, esperando o dia em que eles estariam realmente presentes para ver a minha evolução. Esse momento finalmente chegara.
— Vamos lá, Amélia! Você consegue! — gritou minha irmã, balançando um cartaz que dizia "Go, Amélia!" em letras coloridas.
Senti um impulso de motivação e, ao mesmo tempo, um frio na barriga. Era importante para mim não apenas jogar bem, mas também mostrar a eles o quanto eu havia trabalhado duro. A presença deles me dava força, mas também aumentava a pressão. Eu queria fazer valer a pena.
Quando o jogo começou, o nervosismo se dissipou e a adrenalina tomou conta. Cada ponto que marcávamos era acompanhado de gritos e aplausos da torcida, e eu podia sentir a energia pulsando pelo ginásio. A partida estava carregada de expectativa, pois era um duelo entre Prosecco Doc Imoco Conegliano e Savino Del Bene Scandicci, duas equipes altamente competitivas.
O primeiro set começou com um saque poderoso do time adversário, mas estávamos prontas. Eu e Gabi nos posicionamos, nossa sintonia afiada. O primeiro ponto foi conquistado por nós, e a torcida explodiu em celebração. Olhei para a arquibancada e vi minha família vibrando, o que me encheu de alegria. Eles eram minha base, e eu estava determinada a mostrar a eles o meu melhor.
À medida que o jogo avançava, a partida se tornava cada vez mais intensa. A equipe de Scandicci era forte, com jogadoras habilidosas que atacavam com precisão e bloqueavam com força. Cada ponto se transformava em uma verdadeira batalha, e a tensão aumentava. Nós respondíamos à altura, defendendo e atacando com determinação. Gabi era uma verdadeira força ao meu lado, distribuindo passes perfeitos e se comunicando comigo de forma quase telepática.
— Amélia, vai! — Gabi gritou em um momento crucial, e eu sabia que ela estava contando comigo para a próxima jogada. Ouvindo sua voz, senti um novo impulso. Respirei fundo, levantei-me e fiz um movimento decidido, saltando para atacar. O golpe foi preciso e poderoso, e a bola cortou o ar como uma flecha, caindo no chão do lado adversário. O som do ponto conquistado ecoou pelo ginásio, e os gritos de alegria explodiram.
O primeiro set terminou em um clima de euforia, mas eu sabia que a batalha estava longe de acabar. O time adversário não desistiria facilmente. No segundo set, a pressão aumentou. A equipe de Scandicci fez algumas jogadas impressionantes, e em um momento, vi a vantagem que tínhamos se esvaindo. enquanto a partida estava acirrada e cada ponto era disputado com intensidade, senti uma dor aguda no joelho. Era uma lembrança incômoda de todas as lesões e sacrifícios acumulados ao longo dos anos. Tentei ignorar, manter o foco e me concentrar nas jogadas, mas, em alguns movimentos, a dor se intensificava, tornando cada pulo e cada corrida uma batalha à parte. Mas não podia deixar isso me desanimar. Lembrei-me de todas as horas de treino, das dores, das lágrimas e das vitórias que haviam me trazido até aqui. Nós éramos um time, e cada jogadora era essencial para o sucesso.
Olhei para Gabi durante um momento de pausa, e ela pareceu perceber meu desconforto. Deu-me um aceno discreto e um olhar de apoio, como se dissesse: "Estamos juntas nisso." Aquela troca silenciosa de forças foi o empurrão que eu precisava para superar a dor e seguir em frente. Cada jogada era um desafio físico e emocional, mas desistir não era uma opção. Afinal, eu sabia que estava lutando não só por mim, mas por todo o time e por todos aqueles que acreditavam em mim.
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Missão impossível
FanfictionAmélie Martinez, uma jovem jogadora de vôlei talentosa, recentemente medalhista de ouro nas Olimpíadas, encontra-se diante de uma importante decisão em sua carreira: escolher o clube onde continuará a brilhar. Ela opta pelo renomado Imoco Conegliano...