Missão impossível

12 - novos começos.

14 de outubro; 2024
AMÉLIA MARTINEZ

O sol brilhava forte pela janela do meu apartamento naquela manhã, iluminando o espaço com uma luz dourada. Eu acordei com uma sensação de excitação e ansiedade, sabendo que o dia seria especial. Hoje, o time do Imoco Conegliano se prepararia para o próximo jogo, que aconteceria em três dias, e isso significava treinos intensos e foco total. Eu amo essa adrenalina

Após uma rápida rotina matinal que incluía um café da manhã leve e uma série de alongamentos, peguei minha mochila e me dirigi ao ginásio. No caminho, não consegui evitar que meu pensamento vagasse para Gabi. A conexão que estávamos formando era inegável, e eu estava ansiosa para ver como isso se desenvolveria no treino de hoje.

Chegando ao ginásio, encontrei as meninas já se aquecendo. Gabi estava lá, como sempre, coordenando algumas jogadoras e dando dicas. A energia estava alta, e eu me sentia animada ao ver a equipe unida, focada e determinada.

— Bom dia, Amélie! — Gabi me cumprimentou, seu sorriso iluminando meu dia. — Pronta para mais um treino?

— eu nasci pronta!— respondi, tentando esconder o nervosismo enquanto me juntava ao grupo. A atmosfera estava cheia de risadas e conversas, mas também havia uma expectativa palpável no ar.

O treino começou com exercícios de aquecimento e fundamentos. Daniele nos dirigia, observando cuidadosamente cada movimento. O foco principal do dia era trabalhar em estratégias específicas para o próximo jogo, e isso significava que precisávamos estar em sintonia como nunca.

Enquanto praticávamos, percebi que Gabi frequentemente me olhava, não apenas para me dar instruções, mas também para me encorajar. Havia algo reconfortante em sua presença, e eu me sentia mais confiante ao jogar ao seu lado.

Após algumas horas de treino intenso, Daniele decidiu que era hora de uma pausa. As meninas se reuniram em pequenos grupos, e eu aproveitei para me aproximar de Gabi.

— Você realmente parece estar no seu elemento hoje. Como você consegue manter essa energia? — perguntei, admirada.

Ela riu levemente, balançando a cabeça. — É só a paixão pelo jogo. Mas, honestamente, é muito mais fácil quando estou jogando com uma equipe que se importa. Você se integrou muito bem, Amélie. É ótimo ter você aqui.

Senti meu rosto esquentar com o elogio, mas antes que eu pudesse responder, Marco chamou a atenção de todos novamente.

— Vamos voltar ao trabalho, meninas! — ele gritou, e todos voltaram rapidamente à quadra.

O treino continuou com simulações de jogo, onde eu pude aplicar as estratégias que havíamos discutido. A cada jogada, sentia que estava melhorando, e o apoio de Gabi me motivava ainda mais. Ela sempre estava ao meu lado, pronta para me oferecer conselhos e incentivos.

Quando o treino finalmente chegou ao fim, eu estava exausta, mas satisfeita. O time se reuniu em um círculo, e Daniele elogiou a todos pelo esforço.

— Estamos no caminho certo! Agora, vamos manter esse foco até o dia do jogo. Não esqueçam de se hidratar e descansar — ele disse, antes de nos liberar.

Com o treino encerrado, minhas pernas doíam e a cabeça pulsava levemente, o cansaço acumulando-se em cada parte do meu corpo. Mas havia algo mais que eu precisava encarar: a mudança para os apartamentos do Imoco Conegliano. Era um alívio pensar que logo teria um novo espaço, mais próximo de tudo, mas ao mesmo tempo o processo inteiro de mudança só adicionava mais peso a um dia já esgotante.

O caminhão da mudança estava previsto para chegar ainda hoje, com todos os meus pertences. Os móveis também chegariam logo depois. Isso significava que, em vez de me jogar na cama e dormir por horas, teria que lidar com caixas, empilhá-las no canto, desencaixotar tudo mais tarde. Só de imaginar, já me sentia mais cansada. Cada minuto parecia se arrastar, e o silêncio no vestiário era quebrado apenas pelo som do meu próprio suspiro.