O sol do fim de tarde entrava pela janela do apartamento de Natália, tingindo o espaço com tons quentes e dourados. Sentadas no sofá, Sofia e Natália estavam lado a lado, mas o peso das decisões que tomaram nas últimas semanas parecia agora mais leve, como se a presença uma da outra fosse um bálsamo para todas as incertezas.
Natália olhava para Sofia, que parecia absorta, contemplando o que estava por vir. Os dias anteriores tinham sido de idas e vindas emocionais, de inseguranças, de um certo medo do desconhecido, mas agora havia ali uma nova decisão que iluminava o horizonte: elas iriam para Portugal juntas. Sofia a acompanharia.
— Você realmente vai comigo? — murmurou Natália, como se ainda precisasse de uma confirmação, mesmo sabendo que a resposta já era um “sim” sólido.
Sofia sorriu, seu rosto iluminado por uma mistura de expectativa e ternura.
— Claro que vou. Achei que já estivesse bem claro, mas, se você precisar ouvir de novo, eu repito mil vezes, — disse, entrelaçando seus dedos nos de Natália. — Eu escolhi estar com você, onde quer que você esteja.
Natália deixou escapar um suspiro, entre o alívio e a alegria. Durante semanas, ela havia carregado o peso da decisão sozinha, achando que talvez sua jornada significasse um afastamento inevitável de Sofia. Porém, agora, com Sofia ali, ao seu lado, tudo parecia mais certo, mais concreto.
— Sabe... eu pensei que, talvez, fosse egoísmo da minha parte querer tanto essa novela e, ao mesmo tempo, ter medo de que isso nos afastasse. É tudo tão novo, e pensar em perder você... — Natália desviou o olhar, tentando organizar as palavras, mas logo sentiu a mão de Sofia tocando seu rosto, guiando seu olhar de volta.
— Não se culpe, Nat. Você tem que seguir seus sonhos, e isso faz parte de quem você é. E, de alguma forma, faz parte de quem nós somos agora, — Sofia a tranquilizou, passando o polegar levemente pela bochecha de Natália. — Eu quero estar com você em tudo isso, viver tudo ao seu lado. E essa experiência vai ser nossa, tanto sua quanto minha.
O peso das palavras de Sofia fazia os olhos de Natália brilharem de emoção. Era difícil para ela acreditar que alguém pudesse amá-la com tanta intensidade, a ponto de deixar tudo para trás e se aventurar em um novo país. Aquilo era amor na sua forma mais pura, e ela sabia o quanto precisava valorizar cada segundo.
— Então, você sabe o que isso significa, né? — Natália sorriu, brincando um pouco para quebrar o clima emocional que se instalara. — Que a gente vai precisar arrumar tudo, pensar em uma nova rotina, começar a planejar essa temporada. E, bem... — ela hesitou, mas decidiu continuar —, também significa que nossos planos de casamento e... bem, o bebê, vão ser um pouquinho adiados, mas só por enquanto.
Sofia riu levemente, apertando a mão de Natália de volta.
— Nossa família pode esperar um pouco. Portugal é só o começo. Mas vou te dizer uma coisa, Nat... — Ela se inclinou para sussurrar no ouvido da namorada. — Eu ainda quero tudo isso com você, cada pedacinho dos nossos sonhos. E, por mim, a gente faz um filho onde quer que estivermos.
Natália corou, sentindo um arrepio que ia da nuca até a ponta dos pés. Ela adorava a forma como Sofia sempre tornava o futuro delas tão real, tão possível. Era como se, ao lado dela, nada fosse impossível.
— Você realmente acha que a gente vai conseguir passar por isso tudo juntas, sem perder o que a gente tem? — perguntou Natália, sua voz carregada de uma vulnerabilidade rara.
— Acho, sim. Não, eu sei. Sei que a gente vai. — Sofia passou o polegar suavemente pelos lábios de Natália antes de deixá-los se encontrarem em um beijo, profundo e cheio de promessas.
Elas ficaram ali por alguns minutos, imersas no momento. O silêncio era confortável, entrecortado apenas pelo som das respirações tranquilas e pelo leve bater do relógio na parede. Era como se estivessem suspensas, num espaço que era só delas.
Quando se separaram, Natália começou a rir, de forma leve, como quem finalmente tira um peso das costas.
— Tá, então temos muito o que fazer. Eu vou precisar organizar todos os documentos, acertar as datas, ver sobre a casa onde vamos ficar... E você precisa avisar a sua família, Sofia! — ela disse, divertida.
Sofia a observou, encantada com a maneira como Natália se jogava em tudo, mesmo que fosse apenas organizando uma mudança. Era assim que ela sempre fora, prática e determinada.
— Deixa tudo comigo. Eu já conversei com minha mãe e minha irmã, e elas sabem que Portugal vai ser nosso lar temporário. Já estão até pensando em visitas, na verdade — disse Sofia, sorrindo. — Ah, e sobre onde vamos morar... já pensou que é tipo o nosso teste para uma futura casa? Tipo, a casa “de verdade”?
Natália riu e revirou os olhos, mas seu sorriso mostrava o quanto gostava de ouvir Sofia falando sobre uma vida em conjunto.
— A gente vai se sair bem. Quer dizer, temos muito a aprender, mas acho que estamos no caminho certo, — ela respondeu, apertando Sofia em um abraço que dizia tudo o que as palavras não conseguiam expressar.
Assim, em meio a sonhos e planos, elas seguiram o resto da tarde, animadas com cada detalhe. Conforme o sol se punha, a despedida da cidade já parecia iminente, mas agora havia mais uma certeza de que Portugal seria uma nova jornada, não uma separação.
Mais tarde, ao se acomodarem no quarto para dormir, Natália não resistiu em provocar um pouco mais.
— Então, Sofia, espero que você esteja pronta para aguentar as madrugadas enquanto eu estiver ensaiando. Vai ter muita leitura de roteiro e estudo de personagem, — brincou, em um tom desafiador.
Sofia se aproximou, segurando-a pela cintura e puxando-a para perto.
— Só se você estiver pronta para me aguentar te acompanhando em todas as leituras, — respondeu Sofia, beijando-a com intensidade.
O beijo foi longo, cheio de carinho e de um certo alívio que só quem passou por dias tensos de incertezas sabe sentir. Era um beijo que selava não apenas a noite, mas o futuro que estavam começando a construir juntas.
Quando o beijo terminou, as duas se encararam em um silêncio que dizia tudo. Naquele instante, Natália sentiu que o amor de Sofia era seu porto seguro. Ela sabia que teriam desafios, que cada etapa em Portugal traria novas descobertas, mas agora estavam juntas, e isso fazia toda a diferença.
Elas adormeceram abraçadas, o calor dos corpos aquecendo o frio da noite, enquanto os primeiros raios do dia seguinte despontavam no horizonte.
Era o recomeço delas, e estavam prontas para enfrentar o mundo.
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E vai ter elas juntinhas em Portugal sim!!
Sobre o caso que eu comentei com vcs... piorou...a pessoa agora me ignora... A pessoa está sendo seca...e eu nem ligo mt mas...como não tínhamos nada....acho que era eu que estava no lugar errado mesmo!!
(Fazer oq né vamos continuar vivendo)
Não esqueçam de comentar o que estão achando da fic e de deixar a estrelinha!!
Até mais!! Vcs me ajudam dms!! ❤️
