O Retorno Ao Brasil

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Depois de uma viagem intensa e cheia de momentos inesquecíveis pela Europa, Sofia e Natália finalmente estavam a caminho de casa. O voo de volta ao Brasil estava tranquilo, mas o cansaço da aventura começava a pesar em ambas. Natália, exausta, dormiu quase o voo todo, sua cabeça encostada na janela do avião. Sofia, por outro lado, aproveitava cada segundo restante da viagem, observando o horizonte pela janela, perdida em pensamentos sobre os dias incríveis que passaram juntas.

Enquanto Natália dormia profundamente, Sofia assistia a filmes e olhava fotos da viagem em seu celular. Relembrava cada momento, cada risada, cada toque sutil que compartilhara com Natália. Havia uma calma reconfortante em vê-la dormir tão tranquilamente ao seu lado, como se todos os seus problemas e preocupações tivessem ficado para trás, pelo menos por um momento.

Quando o avião começou sua descida, Sofia tocou de leve o ombro de Natália.

— Nat, chegamos — sussurrou, um sorriso suave iluminando seu rosto.

Natália piscou, sonolenta, e sorriu de volta, ainda um pouco desorientada.

— Eu não via a hora de voltar pra casa.
— murmurou, se espreguiçando.

Depois de desembarcarem e pegarem suas malas, as duas trocaram um abraço apertado no saguão do aeroporto.

— Vou sentir falta de você, mozão — disse Sofia, encostando a cabeça no ombro de Natália por um instante. — Mas a gente se vê logo, né?

— Claro que sim — respondeu Natália, sorrindo. — Eu te mando uma mensagem mais tarde, tá? Preciso de um banho quente e uma cama agora.

— Eu também — Sofia riu. — Vou descansar um pouco. Até mais tarde, Nat.

Cada uma seguiu seu caminho: Sofia pegou um táxi para seu apartamento, enquanto Natália foi para o hotel onde estava hospedada temporariamente até encontrar um apartamento definitivo. No carro, Sofia não conseguia parar de pensar nos últimos dias. A viagem havia sido mais do que apenas uma pausa do trabalho; foi um verdadeiro mergulho em sua relação com Natália, uma oportunidade de se conhecerem mais profundamente e de construir lembranças inesquecíveis.

Assim que chegou em casa, Sofia sentiu o peso do cansaço tomar conta de seu corpo. Ela jogou as malas no chão da sala e seguiu diretamente para o banheiro. Ligou o chuveiro e deixou a água quente cair sobre seus ombros, relaxando cada músculo tenso.

— Finalmente em casa — murmurou, fechando os olhos e aproveitando o momento.

Depois do banho, Sofia se enrolou em um roupão macio e foi para a sala, onde se jogou no sofá. Decidiu abrir algumas das encomendas que haviam chegado durante sua ausência, mas logo se sentiu exausta demais para continuar.

— Acho que preciso de um cochilo — pensou, mas antes que pudesse adormecer, seu celular vibrou com uma notificação de chamada de vídeo.

— Oi, Nat! — Sofia atendeu, tentando soar mais animada do que realmente estava. Natália estava deitada na cama de seu hotel, os cabelos ainda molhados do banho, com uma expressão igualmente cansada.

— Oi, Sofi. Só queria ver como você está — disse Natália, um sorriso suave nos lábios. — Chegou bem?

— Cheguei sim, mas estou tão cansada — Sofia admitiu, passando a mão pelos cabelos. — Acho que vou dormir o resto do dia.

— Eu também — Natália riu suavemente. — Mas não queria deixar de falar com você antes. Essa viagem foi… incrível, Sofi.

— Foi mesmo — Sofia concordou, seu coração aquecendo ao ver o brilho nos olhos de Natália. — Mal posso esperar para a gente se ver de novo.

— Também não — Natália respondeu, seus olhos fechando lentamente de cansaço. — Mas agora… acho que o sono está me vencendo…

Sofia sorriu ao ver Natália tentando lutar contra o sono.

— Tá bom, mozão, vai descansar — sussurrou. — A gente se fala amanhã, ok?

— Sim… até amanhã… — Natália murmurou, já meio adormecida.

Mas antes que Sofia pudesse se despedir, seus olhos também começaram a pesar. Ela se recostou no sofá, ainda segurando o telefone. As duas, exaustas da viagem e da intensidade dos últimos dias, adormeceram em silêncio, cada uma em seu canto, mas conectadas por aquela chamada de vídeo, como se a distância entre elas não existisse.

Enquanto a cidade se acalmava e a noite caía sobre o Brasil, o sono as envolveu, levando consigo todas as memórias e sentimentos acumulados durante a viagem. Não havia palavras necessárias; o silêncio entre elas falava por si, um testemunho de tudo o que compartilharam e do que ainda estava por vir. E assim, sob o manto da noite, elas dormiram, descansando para as próximas aventuras que o destino lhes reservava.
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