117 - Especial de Natal - Pierre Gasly

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"Você é a razão pela qual acredito na magia

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"Você é a razão pela qual acredito na magia."

***

A cidade estava mais radiante do que eu poderia imaginar. Paris, conhecida por sua beleza inconfundível, se transformava a cada esquina. O ar gelado de dezembro parecia mais doce naquela noite, e eu não conseguia parar de sorrir. Estávamos no meio da Avenida Champs-Élysées, cercados por luzes cintilantes que se estendiam por quilômetros, emoldurando a rua mais famosa da cidade, enquanto o som de músicas natalinas ecoava suavemente pelo ar.

Pierre segurava minha mão com firmeza, e seu toque era tudo o que eu precisava para sentir que o mundo ao nosso redor poderia desaparecer e nada mais importaria.

— Você está pronta? — ele me perguntou com aquele sorriso travesso, os olhos brilhando com a mesma luz das decorações que iluminavam a rua.

— Pronta para quê? — perguntei, sentindo o entusiasmo na minha voz. Sabia que, com ele, qualquer coisa poderia ser mágica.

— Para ver a verdadeira magia de Paris — ele respondeu, já me puxando suavemente para a calçada, onde uma barraca de crepes estava montada. O cheiro da massa sendo assada no ferro quente se misturava ao aroma doce do chocolate e do caramelo. Não resisti e deixei que ele escolhesse para nós dois. Pierre sempre tinha essa capacidade de me surpreender com os detalhes mais simples, como saber exatamente o que eu iria querer, sem sequer perguntar.

— Eu sabia que você ia escolher o de chocolate com bananas — brinquei quando ele me entregou o crepe, meu favorito.

— Eu te conheço bem demais — ele riu, a voz suave e reconfortante. — Eu te prometi que esse Natal seria especial, e aqui estamos. Paris, a cidade do amor, da magia... e dos melhores crepes.

Nos sentamos em um banco próximo, o crepe quentinho entre as nossas mãos, compartilhando risadas e momentos de silêncio confortável enquanto observávamos as pessoas ao nosso redor. O vento frio não parecia importar, pois o calor da sua companhia era tudo o que eu precisava para me sentir bem.

Depois de saborear o crepe, Pierre me conduziu até uma pista de patinação no gelo montada na frente do Hôtel de Ville. As luzes da cidade refletiam no gelo, criando um cenário que parecia saído de um conto de fadas. Ele sorriu e estendeu a mão para mim, um convite silencioso para que eu o seguisse.

— Eu nunca soube patinar tão bem — confessei, um pouco nervosa, sabendo que ele sempre fora mais confiante e ágil que eu.

— Não se preocupe, eu te seguro — disse ele, com uma piscadela.

De mãos dadas, fomos deslizando, com Pierre me ajudando a manter o equilíbrio enquanto nós dois ríamos das nossas tentativas desajeitadas de realizar movimentos mais elegantes. Eu estava começando a me sentir mais à vontade quando ele me puxou para mais perto, e nossos rostos estavam tão próximos que pude sentir o calor da respiração dele no meu pescoço.

O som das lâmpadas piscando ao redor e a sensação do frio no rosto, misturados à sensação de estar ali com ele, criavam um ambiente irrepetível.

— Eu nunca pensei que patinar no gelo fosse tão divertido — admiti, e ele sorriu, como se tivesse apenas esperado por essa confissão.

— A diversão é ter você comigo — ele respondeu, com um sorriso genuíno que fez meu coração bater mais rápido. Em um momento, a pista de patinação desapareceu, e só existiam ele e eu. A cidade à nossa volta, com suas luzes e sons, se tornava um pano de fundo distante, como se estivéssemos os dois em um mundo só nosso.

Quando a noite começou a cair de verdade, Pierre me pegou pela mão mais uma vez, dessa vez mais firme, e me conduziu por ruas iluminadas até chegarmos à nossa última parada: a Torre Eiffel.

Eu sabia que Paris tinha mil formas de encantar, mas nenhuma delas superava a experiência de estar ali com ele, sob a torre mais famosa do mundo, enquanto a iluminação da cidade se espalhava pelo céu escuro. Pierre me olhou com os olhos brilhando sob a luz dourada da Torre Eiffel, e o mundo pareceu parar por um instante.

— Essa vista é incrível, não é? — ele perguntou, a voz um pouco mais baixa, como se quisesse fazer aquele momento durar para sempre.

— É ainda mais incrível porque estou aqui com você — eu respondi, sentindo o peso das palavras, como se o significado delas fosse muito mais do que simples frase.

Pierre sorriu de um jeito doce, como se tivesse esperado toda a sua vida por aquele momento.

— Eu costumava imaginar o Natal em Paris, mas nunca imaginei que ele seria tão perfeito quanto hoje.

Eu me virei para olhar a Torre Eiffel mais uma vez, vendo as luzes piscando suavemente, criando uma atmosfera de sonho. O frio estava mais intenso, mas a sensação de calor que Pierre transmitia a cada gesto me envolvia de uma forma inexplicável. O inverno parisiense nunca me pareceu tão acolhedor.

— Você transformou o meu Natal — ele continuou, as palavras ficando mais sinceras e emotivas. — Nunca imaginei que algo assim fosse possível. Paris já é mágica, mas com você, se tornou ainda mais.

As palavras dele me tocaram profundamente. Ali, sob a Torre Eiffel iluminada, com a cidade ao nosso redor, percebi que talvez Paris fosse realmente o lugar onde as histórias de amor aconteciam. Mas mais do que isso, eu sabia que a verdadeira magia não estava na cidade. Ela estava em nós dois, naquele momento, construindo uma memória inesquecível.

Enquanto ele falava, a neve começou a cair delicadamente ao nosso redor. Os flocos dançavam no ar e tocavam minha pele com uma leveza que parecia de outro mundo. A neve parecia trazer um toque de suavidade, como se tudo fosse mais puro, mais bonito e mais verdadeiro ali.

Pierre me puxou para perto, e sem palavras, ele me beijou. O beijo era doce, cálido, e ao mesmo tempo, tinha a urgência de alguém que sabia que aquele momento era único. Eu fechei os olhos, absorvendo o toque dos seus lábios, sentindo o calor da sua pele no frio da noite, e a neve começando a cair mais intensamente, como se o céu também estivesse compartilhando da nossa felicidade.

O beijo durou um longo tempo, e quando nos separamos, eu respirei fundo, sentindo uma paz profunda dentro de mim. O momento não precisava de mais nada. Nós dois, sob a neve, com Paris ao nosso redor, sabíamos que aquele seria o Natal mais inesquecível das nossas vidas.

Pierre, com o sorriso mais sincero, sussurrou contra os meus lábios:

— Eu te amo. E isso... isso é o que torna tudo tão especial.

Eu não precisei responder com palavras. O mundo ao nosso redor, o Natal em Paris, e o nosso amor já falavam por nós.

Enquanto a neve continuava a cair suavemente, nós nos abraçamos, o coração batendo forte, e, pela primeira vez, tudo parecia certo. Eu estava exatamente onde deveria estar, com ele, em Paris, na cidade onde a magia nunca morre.

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⏰ Última atualização: a day ago ⏰

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