Capítulo 14 - Assassino.

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Ao entrarem no quarto onde Dulce estava, os amigos foram de encontro a ela que encontrava-se deitada, com o soro em um dos braços e as mãos pousadas em sua barriga, estava de olhos fechados, mas não dormia. Quando percebeu que não estava só ali, abriu os olhos e o sorriso.

Dulce: estão aqui - com a voz um pouco fraca.

Maite: sim candy, estamos aqui, sim. - contendo as lágrimas, aquilo não seria nada fácil.

Dulce: sim.

Olhou para a porta e se surpreendeu com quem estava parado ali.

Dulce: pode entrar Chris...

Assim ele o fez, entrou e ficou perto de Anahí que mal o olhava.

Depois de alguns minutos em pleno silêncio, a doutora começou a conversar com a ruiva, os amigos e christopher - afastado dos outros - a olhava com tensão e preocupação.

Médica: minha querida, como se sente?

Dulce: um pouco sonolenta, meu corpo está mole, mas acho que estou bem.

Médica: é normal, consequência da anestesia... Precisamos conversar. - Dulce assentiu.

Dulce: que aconteceu comigo? - preocupada. - estamos bem, não estamos?

Médica: você está bem, minha querida! - falou tranquilamente.

Dulce: então?

Médica: Prometa-me que vai ficar calma sim?!

Dulce: está me deixando preocupada doutora, o que houve?

Olhou para os amigos, as meninas já tinham o rosto molhado pelas lágrimas garotos a cabeça baixa. Isso fez com que ela se preocupasse mais.

Médica: minha querida, antes de tudo quero dizer-lhe que não é para você desistir, sei que é muito triste, mas temos que aceitar o que Deus nos reserva...

Dulce: pelo amor de Deus, me digam o que está acontecendo. - gritou, já chorando.

Maite segurou em sua mão e passou-lhe forças...

Médica: você perdeu seu bebê - falou calma.

Dulce nada falou, apenas chorou, sim chorou muito. Como isso ia acontecer? os amigos a abraçaram e passaram força. Christopher continuava longe, apenas observava tudo, a médica lhes deixou os dando privacidade.

Dulce: por que tinha que acontecer justo comigo - mirando o chão, falava mais para si, do que pra os outros - ela era minha filha, minha menina, não podia ter acontecido, não podia. - levantou o olhar e mirou diretamente  Christopher. - assassino! - agora gritava. Levantou, mas não deu conta de permanecer em pé, Poncho a segurou e a deitou novamente. - você matou sua filha! você me matou! - o acusou, Poncho tentava a segurar firme, mas ela não se acalmava.

Christopher: esse bebê não era meu! - gritou.

Christian: não grita com ela, já não basta o que a causou?

...

Naquele quarto não se ouvia uma única palavra, estava tudo no mais profundo silêncio. Cada um em seu lugar, Poncho e Annie estavam sentados em um sofá que tinha ali, Christian e Maite estavam abraçados perto de uma janela, Christopher estava de pé próximo a porta e Dulce... essa estava deitada na cama, chorava muito, seu bebê, sua pequena Alexandra não estava mais ali.  Alguns minutos depois a médica entra outra vez no quarto e ao ver que estavam mais calmos anuncia que ia explicar tudo o que acontecera, Dulce não olhava a médica, estava com o olhar fixo na parede branca, antes de explicar o procedimento que fizera em Dulce e os cuidados que devia tomar, Poncho se pronuncia.

Poncho: Saia Christopher, sua presença não é bem vinda aqui. - agora estava de pé, ao lado da cama de Dulce.

Christopher nada falou, abriu a porta e saiu, deixando os amigos ali, após a saída a médica continuou a falar.

Médica: Dulce, você deu entrada no hospital com hemorragia, hemorragia essa que conseguimos conter depois de muito custo, quando fomos fazer os exames rotineiros para saber como o bebê estava, vimos que seu coraçãozinho não estava batendo, depois de mais alguns exames constatamos que o feto já não tinha vida , então fizemos em você uma cesária.

Dulce nada falou, na verdade nem estava ouvindo as palavras dela, suas lágrimas caiam por seu rosto queimando, pareciam fogo. Sentia uma grande dor que não pensara em passar algum dia em sua vida, seu mundo havia desmoronado de vez, não sabia como ia seguir em frente, foi tirada de seus pensamentos pela medica.

Médica: terá alta amanhã. Preciso saber onde ficará, porque pelo que me foi repassado está morando sozinha, e em seu estado tem que estar com alguém, pelo menos nessas próximas duas semanas.

Maite: não se preocupe doutora, - se aproximando - ela ficará em minha casa, assim poderemos cuidar dela.

Médica: fico mais tranqüila, vou deixá-los conversarem mais um pouco, mais tarde volto... Com licença.

Maite segurou em uma das mãos da amiga e sussurrou um “estamos contigo”, ficaram mais um pouco e depois foram embora, não podiam ficar com ela, pois a mesma precisava descansar. O dia fora cansativo, o enfermeiro aplicou um sedativo e Dulce dormiu durante toda a noite.

Na manhã seguinte Maite e Christian foram pegá-la e a levaram para seu apartamento, deixaram-na lá e depois seguiram para a Televisa, pois teriam que gravar o vídeo clip.

Dulce ficou na companhia da mãe de Christian dona Oliva.
Ela - Dulce - estava no quarto de hospedes, dona Oliva entra e pergunta se ela está precisando de algo:

Dulce: sim, dona Oliva. Preciso muito de sua ajuda, e peço que me ajude, sim?!

Oliva: minha querida está sentindo alguma dor? - sentando-se ao lado dela.

Dulce: não, quero que a senhora me ajude a ir embora.

Oliva: claro que não, isso é um absurdo - assustada - estou aqui para cuidar de você...

Dulce: e eu agradeço muito, mas dona Oliva, quero ir embora... preciso ir embora.

Oliva: Dulce, minha filha, você acabou de chegar do hospital, está passando por um momento muito difícil e ainda quer ficar sozinha? Sinto muito, mas não poderei te ajudar.

Dulce: não ficarei sozinha, isso eu garanto,e se... A senhora gosta tanto de mim como diz gostar... - apelou - me ajuda a ir embora...

Oliva: e se eu ajudar, para a onde você vai? E com quem?

A Dor Desse Amor - VONDY - Repostada.Onde histórias criam vida. Descubra agora