Capítulo 49 - Quanto Mel.

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Duas semanas passaram voando.

Dulce completara seu sexto mês de gestação e estava muito ansiosa para a chegada de Lara. Christopher era o puro nervosismo e felicidade, não deixava Dulce sequer lavar um copo.  Contava os dias para poder ver o rostinho da filha.

Era um domingo e os quatro amigos se reuniam na casa Poncho e Annie.

Dulce não largava o afilhado - que a cada dia estava mais lindo e fofo.

Dulce: dinda eu sou muito bonitinho e  dorminhoco - afinava a voz.

Poncho: puxou ao pai aqui. - gabou-se.

Christopher: mas o amamos mesmo assim e ele é saudável, isso já é um ganho.

Poncho: estamos torcendo para Lara não ter essa sua cara de bola.

Dulce: minha filha vai ser tão linda quanto o pai. - sorriu apaixonada para Christopher.

Christopher: quero que ela tenha seus olhos - beijando-a.

Anahí: quanto mel. Estão babando no meu neném. - o pegando com cuidado.

Christopher: não liga, amor. Annie está ressentida porque faz tempo que não tem um momento a sós com o Poncho. - deu de ombros.

Anahí bufou, mas logo caiu na gargalhada assentindo.

Dulce: se quiserem Chris e eu podemos tomar conta do Miguel para que possam ter um tempo para vocês. 

Christopher: sim, e seria um pequeno treino.

Poncho animou-se com a ideia.

Anahí: não sei. Miguel é muito pequeno para ficarmos distantes.

Poncho: amor, Dulce e Christopher são padrinhos do bebê.  Depois de nós quem cuidaria tão bem dele?

Christopher: bom argumento.

Dulce: se a Annie não sente-se confortável não a pressionem. Deve ser ruim afastar-se do seu bebê. Mesmo que seja por hora.

Anahí: obrigada.

Poncho: nosso esquilo está tão maduro.

Dulce: não enche - rindo  enquanto Poncho bagunçava seu cabelo.

Não demorou para que o Casal se despedissem dos amigos e do afilhado  e seguir então até a casa em que estava a família de Dulce. Ela insistia constantemente em vê-los, Christopher achava que tinha a ver com a gravidez.

Ela contava a mãe sobre a nova babá quando de repente gritou e tocou a barriga.

Christopher: querida, o que foi? - prontamente a seu lado.

Dulce: não sei, Chris. Está doendo. - choramingou assustada.

Christopher: onde está doendo? - aflito.

Dulce: aqui - colocando a mão dele na barriga.

Christopher: vou levar você ao hospital. - pegando a chave do carro que estava na bolsa dela.

Dulce: não, é só uma dor.

Blanca: filha, ouça o Christopher.

Dulce: não é nada demais!

Blanca: Christopher, coloque-a no quarto, assim ela fica mais a confortável. Vocês devem ter o número do médico dela, ligue e veja o que aconselha.

Christopher fez conforme a sogra o orientou. A colocou nos braços e seguiu até o andar de cima - Blanca ia o guiando - a levou até o quarto dos sogros e a deitou com cuidado. Blanca afagava o cabelo de Dulce que tentava disfarçar a dor, pois não queria assustar ainda mais os dois.

Imediatamente Christopher  ligou para Marina - médica de Dulce - que gentilmente foi até  a casa dos saviñón.

Marina: boa noite. - entrando no quarto junto a Claudia.

Christopher: olá, Marina. Que bom que veio - a cumprimentou.

Marina: o que aconteu? - indo em direção a Dulce.

Christopher: estávamos conversando e de repente ela sentiu uma dor no pé da barriga.

Marina: vamos ver, Christopher, se importa de nos deixar  a sós?

Christopher: mas eu quero ficar com ela.

Marina: você terá todo o tempo do mundo para ficar com ela, agora por favor, deixe-me ver como estar sua esposa e filha.

Christopher nada falou, foi até a esposa, depositou um beijo em sua testa em seguida saiu do quarto deixando a médica e a sogra com Dulce. Na sala encontrou Fernando de um lado para o outro, estava tão aflito quanto ele.

Fernando: como minha filha está?

Christopher: Marina ia começar a examiná-la agora. Que droga não me deixaram ficar!!

Fernando: é normal. Acalme-se!!

Christopher: me preocupo porque não é a primeira vez que ela passa por isso, teve o outro bebê. E se ela...

Fernando: e se ela nada!! vamos pensar positivo. Você vai ver, daqui a pouco a medica vai vir dizer que ela está bem.

Christopher:sim.

Meia hora passou e nada de informação.

Christopher: não dá mais, vou subir e descobri o motivo dessa demora.

Blanca e marina vinham descendo as escadas.

Blanca: não precisa, aqui estamos. - falou tranquilamente.

Christopher: e a Dul?

Blanca: está descansando.

Christopher: Ai meu Deus, teve alguma complicação?

Marina: não se preocupe, sua mulher é muito forte e saudável.

Christopher: e por que ela sentiu aquela dor?

Marina: é normal, as mulheres grávidas sentem essas dores e alguns desconfortos.

Fernando: eu avisei. Tenho experiência.

Christopher: nunca vi a Dulce reclamar de dor, principalmente na barriga.

Marina: Christopher, entenda uma coisa: tem uma criança crescendo na barriga dela. É normal que uma vez ou outra sinta um incomodo ou mesmo uma dorzinha como a que acabou de acontecer. O bebê precisa de espaço e acaba por provocar isso.

Christopher: jura, Marina?

Blanca: Chris,  - rindo do excesso do genro - ela está bem, você também deveria ficar.

Marina: juro, sim. - riu também - bom, eu já estou indo, qualquer coisa me ligue.

Christopher: obrigado e desculpa meu surto.

Marina: tudo bem. Cuide bem das duas.

Christopher: Com certeza. - garantiu.

A Dor Desse Amor - VONDY - Repostada.Onde histórias criam vida. Descubra agora