capítulo-12

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Sam:

7:35. Pi! pi! pi!

- Filha !! Acho que você perdeu a aula. - ouço minha mãe me chamando e me sacudindo.
- Que...que horas são...? - pergunto sonolenta.
- já vai dar 7:40. Tô saindo pra trabalhar, seu café está dentro do microondas. Vá no centro e compre comida pro almoço, hoje tenho muitas consultas e vou comer no consultório.

Eu mal abri os olhos e voltei a dormir. Desde a hora que a mãe do Ranz ligou eu só consegui pegar no sono as 5:20, nem ouvi o despertador tocar e nem a buzina do ônibus.

13:15.

Acordo e vou direto pro banheiro me higienizar, tomar banho, escovar os dentes e arrumar o cabelo. Depois disso me visto pego dinheiro, meu celular é vou direto a um self service almoçar, meu estômago já está doendo de fome.

Acho que Depois que comer vou a casa do Ranz saber com Mayson se ele ficou bem.






Assim que terminei meu almoço, paguei, comprei um picolé e chamei um táxi.

- Rua das cerejeiras por favor!

Quando cheguei a casa dele, avistei Mayson na frente da garagem limpando o carro e assim que ele me percebeu abriu um sorriso amistoso e me chamou até ele. Fui correndo, o comprimentei e perguntei o que estava fazendo. Depois de conversar um pouco mudei o assunto para Ranz.

- E então? Ele passou muito mal ontem? - pergunto temendo a resposta.
- Creio que não tenha sido algo bom, mas já está bem, o médico aplicou soro e recomendou alguns remédios. Ele está melhor não se preocupe.
- ainda bem... - respiro aliviada.

Ouço então o barulho de um carro estacionando na frente da casa, e depois dona Marisa desce dele e logo me avista.

Ai meu deus, ela deve estar chateada por eu ter feito o filho dela passar mal....

- Samanta! - ela me abraça sorridente.
- Oi... - falo envergonhada - desculpa pelo camarão, eu realmente não fazia idéia...
- venha! Vamos conversar lá dentro - ela comprimenta Mayson com a cabeça - Podemos aproveitar e tomar um chazinho.

Ela me leva direto pra cozinha e eu me sento em um dos banquinhos do balcão, e enquanto isso ela procura as coisas pra fazer o chá. E eu fico pensando em mil formas de me desculpar. O chá fica no fogo e ela logo se vira para mim pra conversar.

- por que não foi à escola hoje meu bem? - ela se senta na minha frente.
- Eu não consegui durmir direito depois que a senhora me ligou e acabei perdendo o horário... - falo tentando evitar contato visual com ela.
- Eu tenho que te agradecer por ontem!

Oi?! Me agradecer por fazer o Ranz passar mal? Hein?!

- Ontem, pela primeira vez em anos eu recebi carinho do meu filho. Eu podia sentir uma certa felicidade no coração dele e não sabia o motivo, assim que você me disse sobre o aniversário que fizeram pra ele fiquei tão feliz. Isso fez tão bem ao meu filho... obrigada, desde que apareceu só tem o ajudado.

- Mas ele acabou passando mal... - eu digo desanimada - não acho que tenha feito tanto bem assim.

- Isso é o de menos, dor física a gente cura com remédios. Não há remédio no mundo que possa curar o coração dele Sam, e isso que fizeram por ele trouxe uma pontinha de esperança... Você me entende agora?

Apenas Um ToqueOnde histórias criam vida. Descubra agora